Após a aplicação, pelo Senado, do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, a Venezuela decidiu retirar do Brasil o seu embaixador. O presidente Nicolas Maduro pediu, na sexta-feira, que Alberto Castellar retornasse a Caracas.
Maduro se referiu ao golpe como “dolorosa página da história do Brasil”.
“Quiseram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve o Brasil”, resumiu o presidente venezuelano.
Maduro fez questão, também, de enaltecer que o golpe no Brasil não deve ser encarado como um fenômeno político isolado, mas como parte da política do imperialismo para a América Latina. Desta forma, destacou a importância de que todos os países da região reflitam sobre o que aconteceu.
“Vejam, não acreditem os colegas presidentes ou primeiros-ministros que por serem de partidos de centro-direita, da direita, estão isentos de que o vírus do golpismo tome outra vez a América Latina e com o vírus do golpismo venham as grandes convulsões sociais outra vez. Não, não podemos retroceder na história”, afirmou.
Nas palavras dele, houve “uma canalhada contra ela, contra a sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro”.