Após golpe contra Dilma, Venezuela retira embaixador do Brasil: “Houve uma canalhada contra a democracia”

Foto: Francisco Batista/ Presidencia de Venezuela

Após a aplicação, pelo Senado, do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, a Venezuela decidiu retirar do Brasil o seu embaixador. O presidente Nicolas Maduro pediu, na sexta-feira, que Alberto Castellar retornasse a Caracas.

Maduro se referiu ao golpe como “dolorosa página da história do Brasil”.

“Quiseram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve o Brasil”, resumiu o presidente venezuelano.

Maduro fez questão, também, de enaltecer que o golpe no Brasil não deve ser encarado como um fenômeno político isolado, mas como parte da política do imperialismo para a América Latina. Desta forma, destacou a importância de que todos os países da região reflitam sobre o que aconteceu.

“Vejam, não acreditem os colegas presidentes ou primeiros-ministros que por serem de partidos de centro-direita, da direita, estão isentos de que o vírus do golpismo tome outra vez a América Latina e com o vírus do golpismo venham as grandes convulsões sociais outra vez. Não, não podemos retroceder na história”, afirmou.

Nas palavras dele, houve “uma canalhada contra ela, contra a sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro”.

 

 

 

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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