Foto: Andressa Anholete/ AFP
Um processo irregular
A maneira pela qual se tenta destituir Dilma Rousseff não nega suas graves acusações contra a oposição brasileira
no El País
O caos institucional que o Brasil está afundado, cuja máxima expressão é o irregular processo de impeachment contra sua presidenta, Dilma Rousseff, está colocando o país nas últimas horas em uma incerteza inconcebível na maior democracia sul-americana. E não contribui precisamente para negar as graves acusações feitas por Rousseff e seus colaboradores mais próximos, que culpam a oposição de ter forçado até além do aceitável em uma democracia os limites do Estado para afastar do poder a presidenta em uma espécie de golpe constitucional.
Na quarta-feira estava prevista uma votação no Senado –por decisão pessoal de seu presidente– para ratificar o impeachment contra Rousseff, mas o Governo entrou com um recurso na terça-feira. Trata-se do toque final na confusão gerada desde que Waldir Maranhão, acusado de corrupção e desde quinta-feira presidente da Câmara dos Deputados –onde, sob outro presidente, afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal, já se havia votado a favor da destituição–, ordenou na segunda-feira anular todo o processo. Mas o presidente do Senado, Renan Calheiros, recusou-se a obedecê-lo e prometeu seguir em frente com a votação. Horas mais tarde, Maranhão se retratou e deixou o caminho livre à votação.
Enquanto o Brasil afunda na recessão, a oposição usou o Congresso para transformar uma acusação de caráter político –uma má gestão do orçamento– num processo previsto para casos penais. As sucessivas investigações não conseguiram provar a participação da presidenta na corrupção que afeta o seu partido, mas o abandono de vários de seus parceiros de Governo a colocaram numa situação muito difícil.
Essa crise institucional coloca dúvidas mais do que razoáveis sobre a legitimidade que teria um novo presidente depois de um processo tão pouco habitual. O Brasil não pode se permitir semelhante espetáculo. O dano causado é incalculável.
Leopoldo Pereira
11/05/2016 - 18h21
KKKKKKKKKKKK os EUA financiaram os golpes e as ditaduras fascistas na América Latina. Nem sabem o que é o comunismo KKKKKKKKKKKKK
Hartuik Moreira
11/05/2016 - 19h46
Jumeto, o Brasil não é parlamentarista.Eis o motivo do golpe.
Diego Rodriguez
11/05/2016 - 16h25
Mas tem q impeachar ela pq o brazil é parlamentarista e ela ta impopular……
Júnior Antunes
11/05/2016 - 16h04
Instalação concluída. Enjoy your golpe
Calebe
11/05/2016 - 15h56
Esse Gilmar Mendes está perdendo tempo no STF, ele tem é que ganhar na loteria, o cara tem uma sorte inacreditável, e o outro processo com o Dias “Mendes” Toffoli.