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O Senado e a dimensão burlesca do golpe

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil por Jeferson Miola O pedido de impeachment defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno. Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face […]

6 comentários
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Janaína Paschoal falam na Comissão do Impeachment

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

por Jeferson Miola

O pedido de impeachment defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno.

Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face da Terra capaz de aceitar como válida para a deposição de uma Presidente eleita por 54.501.118 votos uma denúncia tão desqualificada apresentada daquela maneira tresloucada.

O pedido de impeachment é um lixo que carece de fundamento jurídico e de razoabilidade intelectual. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos.

É impossível conter o sentimento de vergonha alheia causado por Miguel Reale e Janaína Paschoal: são seres burlescos que causam vergonha nos demais seres humanos que pertencem à espécie humana como eles.

Miguel Reale Jr representa a ressurreição, no século 21, da índole udenista e reacionária da classe dominante que derrubou Jango em 1964 e que hoje se veste de PSDB, PMDB, DEM etc para promover novo golpe contra o Estado Democrático de Direito no Brasil.

Reale Jr. carrega esta índole golpista no DNA, traz de família – a conspiração e o golpismo são da natureza da burguesia, que sempre conspira para eliminar a “ameaça” representada por governos populares e progressistas.

Reale herdou o Júnior no sobrenome por ser filho de Miguel Reale, um jurista que, na biografia descrita pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil [CPDOC] da Fundação Getúlio Vargas, “ainda na época de estudante filiou-se à Ação Integralista Brasileira, organização política de inspiração fascista fundada por Plínio Salgado …. e veio a tornar-se um dos mais destacados teóricos do movimento integralista”. Nos anos posteriores, foi dirigente do PSP e integrante do governo paulista de Adhemar de Barros, ferrenho opositor de Getúlio Vargas e criador do bordão “rouba mas faz”.

O CPDOC/FGV menciona ainda que “em 1964, [Miguel Reale] cumpriu importante papel nas articulações que levaram à deposição do presidente João Goulart e à implantação da ditadura militar no país. Nos anos seguintes, foi colaborador do regime militar, principalmente na elaboração da Emenda Constitucional de 1969” – na verdade, foi um dos redatores dos Atos Institucionais que aprofundaram o terror da ditadura civil-militar.

Janaína Paschoal não tem ancestrais conhecidos na política nacional. Além do estrelato na notoriedade por causa do impeachment sem crime de responsabilidade, ganhou fama de jurista de causas vergonhosas na atuação como advogada de defesa de Douglas Kirchner, fanático religioso e procurador do Ministério Público Federal que foi demitido do serviço público pela prática de agressão e tortura física e psicológica contra a própria esposa.

Apesar da pantomima espalhafatosa, Janaína Paschoal não é um ponto fora da curva. Ela é a imagem fiel do golpe, é o símbolo lapidar dos golpistas; ela é, enfim, a perfeita síntese dos 367 bandidos que na “assembléia geral de bandidos comandados por um bandido chamado Eduardo Cunha” do 17 de abril expuseram o Brasil ao ridículo perante o mundo.

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Comentários

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Maat

01/05/2016 - 02h20

O autor do texto ñ se referiu ao outro autor da denúncia sr golpista Hélio Bicudo, por que? Foi esquecimento ou delicadeza, por ser um senhor de 80 anos? Ele também é responsável por tudo isto q o Brasil está passando, estamos num estado de golpe. Eita Brasil condescendente com traidores da pátria.

E outra, vamos deixar de hipocrisia, com esse papinho do Drauzio Varela de ter se envergonhado de ser brasileiro diante daquela cena dantesca, será q ali naquele meio ñ estaria o candidato o qual ele votou? Ali estava a representação de parte da sociedade brasileira, golpistas, machistas, racistas, misóginos, ladrões.

O meu candidato ñ estava ali naquele meio, porque se tivesse e tivesse sido golpista o mesmo ia ouvir por longo tempo muito desaforos meus.
Eu ñ tive nem vergonha alheia achei foi bom, pois agora ficamos sabendo quem está do lado do Brasil e aí já sabemos q são nossos inimigos, temos mais chances de ganhar essa guerra, tudo ficou às claras, sinto que o trigo está se libertando do joio. É o Brasil fazendo a sua travessia, juntamente com todos aqueles brasileiros que o ama.

Fabiana

01/05/2016 - 01h22

O “ancestral” dela é seu orientador acadêmico, Reale velha figura da política, que a deixou transloucada , confusa e com as ideias destorcidas.

IANQUE PATIFE

30/04/2016 - 22h09

A “Coxinha Possuída” é patética !!

kkkkkkkkkkkkkkkkk

TOATOA

30/04/2016 - 10h43

Depois de ver aquele espetáculo dantesco da Dra. Janaína, fiquei pensando se ela havia tomado “Cortisona” ou “RIVOTRIL”…

maria nadiê Rodrigues

30/04/2016 - 09h04

É tudo uma vergonha. Acabo de ler artigo de Dr. Dráusio Varella se dizendo envergonhado por ser brasileiro, depois daquele espetáculo indecoroso do 17p.p. Só não se junta a ele quem tem nas veias sangue de barata, de golpista, de quem não raciocina, ou dos que só enxergam a vida pelo sentimento do ódio.
Lamentáveis, e iguais, as cenas da Mulher da Cobra explicando-se aos senadores sobre seu papel no processo de impeachment de Dilma. Chegou a gritar com o senador Capiberibe quando este lhe perguntou sobre a defesa dela em relação ao procurador que espanca mulher de cipó, e que a deixava em cárcere privado. Sem argumentos, começa a dizer, aos gritos, que não aceita falar sobre a vida de seus clientes, e quando é instada a ter educação, diz que vai ao banheiro, desrespeitando toda a mesa. A sujeita se impõe além dos limites, e, até certo ponto, tem conseguido visibilidade. para quê? O tempo dirá.

    AZ Botelho Paiva

    30/04/2016 - 22h46

    Quando ela começou a falar sobre o envio do nosso dinheiro para outros países, para que ela pudesse preparar a sua argumentação, ela foi cortada com toda a grosseria que se possa imaginar. E os petistas gritavam como desvairados tentando evitar que ela trouxesse mais informações sobre o assunto, e dizendo que aquele tema estava fora da pauta, que eles queriam somente saber sobre as pedaladas, e os Quando você vem com esta conversa sem nexo, e desrespeitosa “Lamentáveis, e iguais, as cenas da Mulher da Cobra explicando-se aos senadores sobre seu papel no processo de impeachment de Dilma.”, comete dois desatinos. O primeiro deles é não saber respeitar uma profissional com o cabedal profissional que possui a Dra. Janaína Paschoal. E o segundo é jogar por terra um trabalho de educação para que se de respeito as mulheres. A todas as mulheres, indistintamente. Já cansei de ouvir que a Presidente Dilma é desrespeitada, por ser mulher. E que isto não é justo, pois todos somos iguais perante a lei. E porque você desrespeita a Dra. Janaína, chamando-a de mulher da cobra? E mais ao final do seu texto, adjetivando-a como “A sujeita”? Ao que se sabe ela é mulher, tanto quanto a Dilma. E se as mulheres merecem respeito, porque esta seletividade, se ambas são mulheres? Em seguida você, com muita parcialidade posta isto: “Chegou a gritar com o senador Capiberibe quando este lhe perguntou sobre a defesa dela em relação ao procurador que espanca mulher de cipó, e que a deixava em cárcere privado.” Aqui eu disse que a você foi parcial porque: “Se ela foi agredida porque tentou falar do nosso dinheiro enviado a outros países, porque ele poderia falar sobre um dos clientes dela que nem político é?” Mas ainda assim ela, sem citar nomes, acabou explicando que o cliente dela nunca agrediu fisicamente a mulher dele. E que quem a agrediu foi a própria tia da sua esposa que era pastora. E que este fato ocorreu bem antes dele tomar posse no Ministério Público. E deixou claro que o rapaz foi prejudicado, porque fez uma acusação contra o Lula. E você diz também que: “….e quando é instada a ter educação, diz que vai ao banheiro, desrespeitando toda a mesa.” Oras, você vir falar em educação, e que ela desrespeitou a mesa, quando foi ao banheiro?” E em que momento você conseguiu ver um petista que teve educação para com ela? Se você precisar de um mal educado, pode solicitar a colaboração de qualquer um daqueles petistas que se manifestaram. Pois eles estão apitos a cumprirem este papel de mal educados em qualquer lugar, e com qualquer tempo. Demonstraram ser profissionais na arte da má educação. Ah, e quando o Presidente da mesa foi ao banheiro, ele também desrespeitou a mesa? Ah para oh!!!


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