Foto: Mídia NINJA
Na página de Jean Wyllys no Facebook
“O golpe também representa um atentado contra as liberdades civis e os direitos humanos, sobretudo os direitos de minorias historicamente estigmatizadas e discriminadas. O atentado contra essas liberdades já está em curso e goza do aceite da maioria da população, mesmo na esquerda, e precisamos reconhecer isto. Há uma parte da esquerda que quer restringir essa luta à luta de classes. Não é apenas o combate à injustiça social; é também o combate à discriminação, à violência de gênero, à discriminação contra as pessoas LGBT e as pessoas negras; aos adeptos das religiões de matriz-africana; se quisermos travar essa luta, nós teremos que convencer os nossos companheiros de que essa também é uma luta importante a se travar.
Quando o ex-presidente Lula entregou a faixa presidencial à presidenta Dilma, ele disse que se sentia honrado de ter feito um governo que permitiu que os brasileiros pobres pudessem comer e comprar carne. É um discurso emblemático porque dá conta dos limites do lulopetismo. O que Lula fez não foi pouco porque minha família e eu, que vivemos na extrema miséria e passamos fome, nós sabemos o quanto essas políticas do lulopetismo foram importantes, mas ao mesmo tempo essa frase revela os limites dessa política porque nós temos que pensar o impacto ecológico de se criar o gado para se comer e ter carne todo o dia, por exemplo.
A nova política de esquerda terá que pensar numa justiça sócio-ambiental, de espaços de convivência e sociabilidade entre pessoas diferentes num novo mundo e em uma nova perspectiva. E esse desafio é nosso!”, afirmou o deputado Jean Wyllys durante a conversa aberta feita pelo PSOL Rio de Janeiro na ABI com as presenças do Chico Alencar, do Glauber Braga e do Marcelo Freixo.
Assista à integra do evento aqui: