Foto: Mídia NINJA
62% dos brasileiros acham que solução para crise é saída de Dilma e Temer e realização de novas eleições
O IBOPE Inteligência foi para as ruas, entre os dias 14 e 18 de abril, perguntar aos brasileiros qual a melhor forma para superar a crise política do país. A maioria (62%) acha que a solução passa pela saída da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, do governo e pela realização de novas eleições. Há também um quarto da população (25%) que é a favor da permanência de Dilma e 8% que acham que um governo de Temer resolveria a situação.
Entre os que afirmam ter votado em Dilma em 2014, 45% apoiam sua continuidade no governo e 44% preferem novas eleições. Por outro lado, 77% dos que dizem ter votado em Aécio acreditam que a solução para a crise política é a saída de Dilma e Temer, com novas eleições.
Potencial de voto
Foram testados sete nomes para uma eventual eleição para presidente.
Marina Silva (Rede) tem, hoje, um potencial de voto de 39% dos eleitores brasileiros: 12% dizem que votariam nela com certeza e 27% declaram que poderiam votar. Dos 12% que certamente votariam nela, 6% são seus eleitores exclusivos, ou seja, votariam só nela, o que caracteriza um voto exclusivo.
Aécio Neves (PSDB) tem 32% de potencial (11% votariam com certeza no candidato e 21% poderiam votar) e eleitorado exclusivo de 5%.
Lula (PT) possui potencial de voto de 31% (19% votariam com certeza – o maior dentre todos os nomes pesquisados- e 12% poderiam votar) e tem também o maior eleitorado exclusivo: 14%.
José Serra (PSDB) tem 28% de potencial (7% votariam com certeza e 21% poderiam votar) e um voto exclusivo de 2%.
Geraldo Alckmin (PSDB) possui potencial de voto de 24% (6% votariam com certeza e 18% poderiam votar), com 1% de voto exclusivo, assim como Ciro Gomes (PDT), que tem 19% de potencial (4% votariam com certeza e 15% poderiam votar).
Pela primeira vez na pesquisa, Jair Bolsonaro (PSC) tem 11% de potencial (5% votariam com certeza e 6% poderiam votar), com 4% de voto exclusivo.
Nenhum candidato conseguiu aumentar seu potencial de voto nos últimos meses. Marina chegou a ter 56% de potencial de voto em 2014, valor que caiu para 41% em fevereiro deste ano e agora tem 39%.
Aécio tinha 51% de potencial de voto em 2014 e viu esse percentual cair para 40% em fevereiro de 2016 até chegar a 32% neste mês.
Lula chegou a ter 58% de potencial de voto em 2014, valor que declinou para 34% no início deste ano. Agora, tem 31%
José Serra tinha 32% de potencial de voto em outubro de 2015 e manteve esse valor até fevereiro de 2016. Neste mês recua para 28%.
Geraldo Alckmin tinha 29% de potencial em outubro do ano passado e registrou 30% em fevereiro, caindo para 24% em abril.
Ciro Gomes tinha 20% de potencial de voto em outubro, passou para 19% em fevereiro e agora tem 19%.
Rejeição – O ex-presidente Lula é quem tem a maior quantidade de voto exclusivo, mas também é, dentre esses nomes, o que tem a maior rejeição dos entrevistados: 65% não votariam nele de jeito nenhum para presidente. O segundo mais rejeitado é José Serra, com 54%, seguido de Geraldo Alckmin e Aécio Neves, ambos com 53%, Marina (46%) Ciro Gomes (45%) e Bolsonaro (34%).
O deputado do PSC é o que tem a menor rejeição, mas também é o mais desconhecido do eleitorado: 54% não o conhecem.
Os resultados aqui mencionados refletem a opinião da população neste momento e podem mudar ao longo do tempo de acordo com os fatos políticos que surgem, bem como o desempenho e nível de conhecimento dos possíveis candidatos.
Sobre a pesquisa
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 142 municípios, entre os dias 14 e 18 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
YorkshireTea
26/04/2016 - 12h25
Golpe travestido de eleições fora de hora é tão golpe quanto travestido de “impeachment”. Não interessa o figurino. Um golpe é um golpe é um golpe!
Luiz Felipe Martins
26/04/2016 - 08h54
Obviamente a solução é a volta da CPMF, hehe