Foto: Portal Vermelho
Golpistas tentam agredir manifestantes com barras de ferro e paus
Há semanas que os defensores do golpe ocupam uma calçada em plena avenida Paulista, uma das principais do país, com barracas, cartazes e faixas que pedem, entre outros absurdos, o “extermínio do PT” e o “fim do comunismo no Brasil”. Parece só coincidência, mas o discurso é exatamente igual ao da Marcha da Família com Deus de 1964, que insuflou a ditadura militar de mais de 20 anos.
Uma das principais propostas impulsionadas pela Fiesp é a precarização da CLT, ou seja, um ataque direto contra os trabalhadores. Mas ainda assim os golpistas avançaram com sangue nos olhos sobre quem defende a ampliação de direitos para defender a majestade do pato inflável.
Ironicamente apelidado logo em seguida de “Batalha do Patinho”, o conflito aconteceu porque a manifestação em defesa da democracia que começou no vão livre do Masp caminhou até a frente da Fiesp. Ao chegar lá os manifestantes foram recebidos com extrema violência por cerca de 15 pessoas que permanecem abrigadas no acampamento do golpe. Eles avançavam gritando “meu partido é o Brasil” ou “já ganharam o pão com mortadela?”, “seus assalariados da CUT”. O que os golpistas não sabiam é que a manifestação foi convocada por meio das redes sociais por cidadãos não necessariamente ligados aos movimentos sociais, mas conscientes da gravidade do quadro político nacional.
Entre os defensores da democracia estavam jovens, idosos e até famílias inteiras com crianças, brancos, negros, LGBT’s, representantes de torcidas organizadas, e claro, militantes de movimentos sociais, entidades estudantis, sindicatos e partidos políticos de esquerda.
Depois gritar muitas palavras de ordem, os manifestantes seguiram uma quadra mais, de forma pacífica, exatamente como chegaram, e encerram o ato. O recado foi dado: o golpe não vai avançar sem resistência popular. Em frente à Fiesp, os golpistas continuaram ameaçando quem ousasse chegar perto com as mesmas barras de ferro, paus e canos velhos.