Em novembro deste ano, será realizada uma conferência mundial contra a guerra, a exploração e os trabalhos precários. O palco escolhido para o evento é a cidade de Mumbai, na Índia – um dos países com maior número de trabalhadores que sofrem com regimes análogos à escravidão. Os organizadores da conferência enviaram ao presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, uma carta de apoio à luta contra o golpe no Brasil. Leia, abaixo, o documento:
Querido camarada Freitas,
Nós recebemos a cópia da carta de solidariedade “Não ao golpe! Estados Unidos, tirem suas mãos do Brasil”, que foi enviada a você por sindicalistas e líderes sindicais americanos. Nós queremos dizer que concordamos integralmente com o que está dito nessa carta.
Nós, que organizaremos em novembro deste ano uma conferência mundial em Mumbai contra a exploração, a guerra e os trabalhos precários, saudamos a iniciativa adotada por esses sindicalistas americanos, e gostaríamos que vocês soubessem que vamos apoiar e difundir essa carta por todo mundo, convocando todos aqueles que estão engajados na preparação da conferência de Mumbai.
Como está escrito na conclusão dessa carta de solidariedade, “nós estamos ao lado dos trabalhadores brasileiros e de suas organizações de classe nesta luta decisiva pela democracia e por seus direitos. Por favor, transmita nossa solidariedade a todos os filiados e apoiadores, que estão resistindo a esse golpe e lutando para defender e expandir os direitos democráticos e trabalhistas.
N. Vsudevan
Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, recebeu dezenas de milhares de pessoas em mobilização contra o golpe, neste domingo (17)
Confira, a seguir, a versão original do texto, em inglês:
Dear comrade Freitas,
We have received a copy of the solidarity letter “No to the coup! US
hand off Brazil!” which was sent to you by American trade unionists
and trade union leaders. We wish to tell you that we fully agree with
what is expressed in that letter.
We, who are organising in November 2016 a World conference in Mumbai
against exploitation, war and precarious labour, salute the
initiative taken by those American trade unionists, and we wish you to
know that we will for support of that letter worldwide and circulate
it call to all those who are associated to the preparation of the
Mumbai conference.
As it is written in the conclusion of the solidarity letter, “we are
on the side of the Brazilian workers and their class organisations in
this decisive fight for democracy and labour rights. Please convey our
solidarity to all your members and supporters, who are resisting this
coup and fighting to defend and expand their democratic and labour
rights.
N. Vsudevan