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(Foto: Show no Acampamento antigolpe em Brasília, 14/04/2016. Crédito foto: Flickr do Mídia Ninja).
Análise Diária de Conjuntura – 15/04/2016
Às vésperas da votação que pode ou não consumar mais um golpe de Estado no Brasil, maior país da América Latina, as informações seguem truncadas sobre o resultado. A grande imprensa amanheceu cantando vitória, anunciando que o impeachment já teria os 342 votos necessários à sua aprovação. Entretanto, o cenário permanece extramemente instável.
Segundo o Mapa da Democracia, um balanço feito por gente contra o impeachment, a situação está muito difícil para o governo: já há 333 deputados confirmados em favor do golpe, contra 140 deputados contra o golpe. E 39 indecisos. Os golpistas precisam de apenas mais 9 deputados, enquanto os legalistas precisam de 32. [/s2If]
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O Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada quinta-feira à noite, lavou as mãos. O que não é de todo mal, pois uma solução judicial não interessa tanto nesse momento. A derrota ou vitória do golpe precisa ser política. Derrotar o golpe apenas no STF não poria fim à crise. E uma vitória do golpe na Câmara, nos termos em que a coisa aconteceu, através de um relatório onde não se aponta nenhum crime de responsabilidade, num processo conduzido por um sujeito como Eduardo Cunha, mau caráter, autoritário e símbolo do que existe de mais corrupto e negativo na política brasileira, seria uma derrota moral incomensurável para a direita brasileira.
Movimentos sociais iniciaram, nesta sexta-feira, protestos mais nervosos do que em qualquer momento anterior, promovendo paralisações de toda ordem em várias partes do país.
Embora sempre seja bom ver que o povo se mobiliza para defender a democracia, o recrudescimento da tensão, somado ao tipo de gente que pensa em usurpar, sem passar pelo crivo do sufrágio universal, o poder da república, indica tempos sombrios à nossa frente, independente do resultado.
Quando uma sociedade experimenta uma cisão política tão profunda, sempre haverá o risco de confrontos físicos, e, horror dos horrores, de guerra civil.
A esta altura, já podemos elaborar alguns cenários do Brasil pós-golpe.
Teremos um governo Temer fraco, sem legitimidade, de um lado, e um campo progressista mais fortalecido – ironicamente – do que jamais esteve nos últimos 13 anos de governos do PT.
Para compensar a falta de apoio na sociedade, em especial junto à classe trabalhadora, sindicatos e movimentos sociais, o governo Temer terá de ser um governo submisso aos interesses mais egoístas do empresariado.
E terá de ser um governo truculento – esse é o maior receio de todos os que estão lutando contra o golpe: PMDB e PSDB rasgarão sua fantasia liberal e serão cúmplices pela instalação de um regime de força, uma nova ditadura?
Os governos Lula/Dilma foram efetivamente liberais em termos da liberdade de expressão. Mais que liberais: financiaram as mídias tradicionais, mesmo estas já agindo, inclusive confessadamente, como partido político.
Um governo Temer será democrático? Seria indesculpável ingenuidade achar que sim, achar que haverá qualquer apoio à diversidade de opiniões.
Só não precisamos ser tão pessimistas porque, independente do que aconteça, já surgiu na sociedade um grupo suficientemente numeroso e qualificado de cidadãos dispostos a lutar para a restauração da ordem democrática. A maioria da população, por sua vez, não ficará ao lado de um governo corrupto, autoritário e usurpador.
Entretanto, tudo isso são apenas especulações.
A democracia ainda pode ser salva até domingo. [/s2If]
James Stewart
15/04/2016 - 19h38
A Seara apoia a Globo e anuncia nela seus produtos.
Abril é mês de boicotar a Seara:
https://goo.gl/J4euTj
Timoteo Batalha
15/04/2016 - 15h06
O grito do Ipiranga de Dom Pedro I, a primeira grande farsa da libertação brasileira!! A independência do algoz Portugal, feita sob as luzes teatrais refletidas do lago poético…sem povo! A Proclamação da República, outra “revolução” conveniente ao orgulho de uns poucos endinheirados…e o Brasil seguiu República de bananas, pois o povo NÃO ESTAVA LÁ! Grupelhos espancaram, torturaram e mataram o inicio de nossa (o povo brasileiro) conscientização…deu-se a partir de 1964…e quando o agora Povo Brasileiro começava a cortar as cordas, correntes e fios do pau-de-arara, então criaram outro teatro – a redemocratização pacífica – e iludiram o Povo Brasileiro com a trama da Constituição Cidadã em 1988…O Povo, voltou a ser povo! Com Lula e Dilma, o povo brasileiro voltou a respirar…ganhar lugar e ser reconhecido…disposto a esquecer seus algozes…no entanto, no segundo mandato de DILMA ROUSSEFF – democraticamente eleita pelo povo – mais uma vez fazem o povo cair, com soberba rasteira, com a mentira, com o engano. Então vem a hora, e agora é, em que o povo brasileiro VERDADEIRAMENTE há de se libertar !!! Já oferecemos o perdão e a anistia a nossos algozes – TODOS ELES: imprensa, militares, políticos, defensores de interesses de impérios – não devemos mais perdão a ninguém !!! Voltaremos a ser O Povo Brasileiro dos morros, dos valados, das esquinas, das escolas, dos hospitais…dos becos sem saída!!! Dessa vez, UM POVO SÓ!!! Sempre tentamos nos acomodar com a pecha de povo pacífico, e elegendo representantes fizemos nossas propostas e negociamos nossas perdas!! Diante de nós, agora, resta a Libertação! VAMOS NOS LIBERTAR !!!!!
Francisco Luiz Valadares Peixo
15/04/2016 - 15h29
VAMOS REALMENTE NOS LIBERTAR, REINVENTAR O BRASIL, TRANSFORMAR ESTA NAÇÃO REALMENTE EM UMA NAÇÃO PARTINDO TUDO DA VONTADE POPULAR E NÃO SATISFAZENDO INTERESSES DE POUCOS QUE LEVAM O POVO APENAS A REFERENDAR O QUE JÁ FOI DECIDIDO. É O POVO É QUE PASSARÁ A DECIDIR. BASTA!. NOVAS INSTITUIÇÕES, NOVAS LEIS, NOVOS PARTIDOS, NOVO CONGRESSO, NOVOS GOVERNANTES.
Nelia
15/04/2016 - 14h40
Mesmo que nós, democratas, vençamos essa etapa, não creio que a Democracia estará de todo salva. A luta terá que continuar bem intensa e sem republicanismos para consolidação da Democracia e dos direitos sociais alcançados até aqui.
AZ Botelho Paiva
16/04/2016 - 17h54
Pode contar comigo, mas somente em junho, que é quando eu volto das minhas merecidas férias em Paris. Combinado?