Foto: Câmara dos Deputados
CONGRESSO EM NOTAS
No.28, 15/04/2016
STF. Ainda que o Supremo tenha lavado as mãos quanto às irregularidades no procedimento dó impeachment da Presidenta Dilma na Câmara, a sinalização, que consta em ata da sessão de ontem, é de que o tribunal poderá avaliar o mérito do que for julgado pelo Senado. O entendimento do STF é de que na Câmara há apenas admissão do pedido, mas que a tipificação do crime de responsabilidade é decidida pelo Senado. A decisão é coerente com o argumento de que impeachment, sem crime de responsabilidade, é incompatível com a Constituição. É quebra da soberania popular expressa no voto. Em suma, é golpe.
CONTAGEM. A sessão plenária já começou e o placar dos jornalões ainda dá margem muito apertada pelo impeachment. A Folha já anunciou que sua contagem, que chegou aos 342 votos necessários, recuou para 340. O placar do Estadão recuou de 346 para 344. O clima de “já ganhou” por parte da oposição, que existia até anteontem, não existe mais. Waldir Maranhão (PP/MA), nada menos que o Primeiro Vice-Presidente da Câmara, virou o voto e se posicionou contra o impeachment. Ele levou consigo outros 12 deputados do PP. As bancadas da Bahia e do Ceará reafirmaram apoio expressivo à Presidenta. Está-se articulando um movimento “nem Dilma nem Temer”, cujos membros se absteriam de votar (uma abstenção conta igual a um voto “não” nesse caso). A militância do PSB está pressionando muito a bancada do partido na Câmara, que se posicionou a favor do impeachment. A OEA entrou em cena criticando o processo no Brasil: “Deve-se julgar, a partir da decência pública, a indecente probidade e os atos criminosos, e não vice-versa”. Muitos votos são voláteis. A disputa segue voto a voto.
DEBATES. Nas falas de hoje, destaca-se a posição da defesa, expressa pelo Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, explicitando que não há crime de responsabilidade, e a fala da Deputada Benedita da Silva (PT/RJ), que destacou, de forma emocionante, o quanto os programas desenvolvidos pelos governos PT são importantes para a população negra e pobre. Nas falas contra o impeachment criticou-se também a sinalização de que a Lava-Jato e o combate à corrupção acabarão caso o impeachment sejam aprovado, e ainda a aliança Temer-Cunha. No polo da acusação, os deputados clamam em defesa dos valores da família, dos “homens de bem” e da propriedade. Há ainda críticas à política econômica, além de críticas à corrupção (cuja sinceridade é pouco crível, partindo de quem quer Eduardo Cunha vice-presidente da República).
O ATAQUE NÃO PARA. A pauta da CCJ do Senado foi divulgada antes do horário comum, cheia de projetos que representam retrocessos aos direitos humanos e à proteção ao meio ambiente, como a redução da maioridade penal e anistia de multas cominadas pelo Ibama. Seja qual for o resultado de domingo, a luta pela chefia do Executivo e pelas pautas essenciais à cidadania continuará fervendo.
RITO. Se rejeitado na Câmara, o processo de impeachment se encerra. Se aprovado, segue para o Senado:
1. Recebida pela Mesa do Senado a autorização da Câmara para instauração do processo, o documento será lido na sessão seguinte.
2. Após a leitura será votada a admissibilidade, por maioria simples, no Plenário no Senado. Não há prazo previsto para a votação da admissibilidade. A Consultoria do Senado sugeriu o dia 11 de maio, mas Renan não se comprometeu com a data. Ele sequer é obrigado a colocar o processo em votação.
3. Se for admitido o processo de impeachment, Dilma deve se afastar por 180 dias e Temer assume.
4. Se, decorrido este prazo e o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento da Presidente da República, sem prejuízo do prosseguimento regular do processo.
5. Admitido o processo, será eleita comissão, constituída por um quarto da composição do Senado, obedecida a proporcionalidade das representações partidárias.
6. A comissão encerrará seu trabalho com o fornecimento do libelo acusatório.
7. É marcado dia e hora para o julgamento, presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, e com presença da acusada.
8. A maioria necessária para aprovar o impeachment é de 2/3 (54 Senadores).
O Congresso em Notas é uma parceria do Cafezinho com o Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), ligado ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ.
Visite nosso site: http://congressoemnotas.tumblr.com/
MANU
16/04/2016 - 11h37
https://www.youtube.com/watch?v=U3_g09VYYXs
….
MANU
16/04/2016 - 11h32
https://www.youtube.com/watch?v=bEuDURbIpME
Joao Batista Martins
Você quer saber porque defendo a democracia, porque sempre apoei os governos PT mesmo com seus erros, por que uma vida salva da fome ou alguns pobres tento oportunidade valeu meu esforço, assista o video e chore…….
Jucelito Fernandes
16/04/2016 - 10h37
Trabalho numa empresa pública, e já combinei com a galera pra gente fazer um churrasco na segunda feira à noite pra comemorar a vitória da democracia. VIVA nossa presidenta Dilma Rousseff!!!!!! É LULA EM 2018!
Ben Alvez
16/04/2016 - 09h25
A foto mostra um sujeito falando e meia dúzia de papagaios de pirata atrás dele.
O que os papagaios fazem ali?
É apenas para sair na foto?
Pobres criaturas sem nome em busca da celebridade momentânea ;(
Baron de Lorraine
16/04/2016 - 08h47
A Folha de S. Paulo informa que “a bancada baiana transmitiu a Dilma Rousseff ‘muito axé’ de Mãe Stella, religiosa próxima de Jaques Wagner”.
Até recentemente, a bancada baiana só transmitia à presidente muito acarajé de Mãe Odebrecht.
eto
16/04/2016 - 09h30
Que babaquice.
Flavio Barbosa
16/04/2016 - 10h28
Eto, o baron de Lorraine é pago para escrever tolices……..
é um troll amestrado
Gustavo Ramos Mello
16/04/2016 - 06h15
Brava Gente Brasileira,e parabéns ao HISTÒRICO discurso de Benedita da Silva !!!
vitor augusto haddad
16/04/2016 - 03h40
Diria mais, “a cerca do impeachment não existe mais”…
vitor augusto haddad
16/04/2016 - 03h35
Diria mais, “a cerca do impeachment não existe mais”
A Fernandes
15/04/2016 - 23h45
Pronunciamento de Dilma
https://www.youtube.com/watch?v=EMpV9lDFWSo