Vazamento de áudio de Temer mostra que além de ‘capitão do golpe’ é também um ‘golpista trapalhão’

Brasília - O vice-presidente Michel Temer recebe do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a Medalha do Mérito Legislativo 2015 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ironizou nesta segunda-feira (11), na sua página no Facebook, o vazamento do áudio em que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), fala sobre uma suposta aprovação do relatório do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e classificou Temer como “golpista trapalhão” e “capitão do golpe”

“Depois da patética cartinha enviada para a presidenta Dilma, agora o vice-decorativo faz um “discurso de estadista” e envia por whatsapp para deputados, já se preparando para sentar na cadeira da Presidência, dando o impeachment como fato consumado e se dirigindo à nação”, criticou Lindbergh.

Lindbergh Farias ainda relembra o fraco apoio do vice-presidente nas urnas — segundo a mais recente pesquisa Datafolha — e também a “trapalhada” do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que em 1985 sentou na cadeira de prefeito antes da hora, perdendo a eleição para Jânio Quadros.

“Cabe refrescar a memória de Temer com dois fatos bem relevantes: a pesquisa Datafolha de sábado, que mostrou que Temer teria apenas 1% de apoio caso enfrentasse as urnas; e a trapalhada do seu colega FHC, quando sentou antes da hora na cadeira de prefeito e perdeu no voto – e ainda teve que aturar Jânio Quadros, o candidato vencedor, passando desinfetante na cadeira durante a cerimônia de posse”.

Após o vazamento, a assessoria de imprensa de Michel Temer explicou que o áudio tratava-se de um treinamento de discurso do vice-presidente para o caso de uma eventual aprovação do processo de impeachment pelo plenário da Câmara.

O áudio deveria ter sido enviada apenas para uma pessoa, mas, por engano, foi remetido a um grupo de deputados do PMDB.

Mais tarde, Temer convocou jornalistas para comentar o assunto e declarou que a gravação foi um “equívoco” e explicou que a mesma foi feita em resposta a alguns “companheiros”, que perguntaram a ele se estava preparado para ocupar a Presidência da República.

 

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