Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados
Deputados, senadores e representantes de movimentos sociais participaram há pouco do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia. O grupo rejeita a denúncia contra a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade, por entender que não há base legal para o pedido de impeachment.
O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), afirmou que a denúncia em análise em comissão especial não comprova o crime de responsabilidade: “Hoje está caracterizado que não há crime de responsabilidade, por isso impeachment é golpe.”
Para a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), “é inaceitável e paradoxal que uma presidente da República que não tenha nenhum tipo de denúncia, nenhum tipo de crime, não investigada, não denunciada, seja impedida por um monte de pessoas que estão sendo denunciadas e investigadas, como é o caso do presidente Eduardo Cunha”, afirmou.
“A Constituição brasileira e a democracia no Brasil correm perigo pela tentativa de desrespeito e de interrupção do processo democrático no nosso País”, afirmou o líder do governo no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE). Segundo ele, é necessário os movimentos sociais continuarem nas ruas até a votação da denúncia na Câmara. “Vamos chegar no dia desse impeachment com a opinião pública do nosso lado.”
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) disse que têm ocorrido agressões nas ruas a pessoas simplesmente por usar roupas vermelhas, independente de identidade política. “Quando o direito político de um está ameaçado, o direito político de todos está ameaçado.” Ele ressaltou que o impeachment como dispositivo é constitucional, mas o processo contra Dilma é um golpe.
Há pelo menos 170 deputados e 30 senadores de partidos da base, como PT, PCdoB e PDT, e da oposição, como PSB e Solidariedade, que fazem parte da frente, de acordo com a assessoria do PCdoB.
Edição – Luciana Cesar
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