A hipocrisia da notícia abaixo é dupla: dos deputados e da imprensa que publica a matéria.
Em primeiro lugar, é preciso desintoxicar um pouco a reportagem de seu conteúdo golpista.
As entidades nomeadas agora apenas como "empresas da Lava Jato" são as principais indústrias de construção civil do país.
São o coração do nosso projeto de desenvolvimento, nas áreas de energia, logística e indústria de base.
Estão envolvidas em corrupção como todas as grandes empresas nacionais, inclusive as empresas de mídia que fazem matérias sobre elas.
Entretanto, as indústrias de construção civil, por serem associadas a um projeto de soberania nacional, precisam ser criminalizadas, assim como toda a classe política.
Por que o alvo a ser destruído é a soberania nacional. O Brasil não pode sonhar com desenvolvimento e soberania.
O Brasil, querem eles, precisa abaixar a cabeça e se submeter a uma papel inferior no cenário internacional.
A imprensa, como é de seu feitio, criminaliza toda a classe política porque recebeu verbas, oficialmente, das principais empresas de engenharia do país.
A hipocrisia também está nos deputados de oposição que querem cassar o mandato de Dilma Rousseff.
Quase todos os deputados receberam doações das empresas acusadas, pela República do Paraná, de patrocinar esquemas de corrupção.
A maioria deles tem problemas na Justiça.
É o triunfo da hipocrisia!
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Maioria da comissão do impeachment recebeu doações de empresas da Lava Jato
Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió 18/03/201606h00
A Câmara dos Deputados aprovou a criação da comissão especial do impeachment por 433 votos a favor e um contra
A Câmara dos Deputados aprovou a criação da comissão especial do impeachment por 433 votos a favor e um contra
Dos 65 deputados federais indicados nesta quinta-feira (17) para integrar a comissão que vai apreciar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, 40 receberam dinheiro de empresas investigadas ou de suas subsidiárias durante a campanha de 2014.
A eleição foi aberta, com chapa única, e teve 433 votos a favor contra um. A comissão tem quatro nomes de deputados investigados na Lava Jato.
Segundo as prestações de contas entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram R$ 8,9 milhões doados aos candidatos à Câmara ou a diretórios dos partidos que repassaram a campanha do parlamentar. Em valores atualizados, esse valor chega R$ 10 milhões.
Entre as bancadas dos partidos, apenas PSOL, Rede, PV, PROS e PEN indicaram nomes para a comissão que não receberam recursos. Ao todo, 24 partidos indicaram deputados proporcionalmente ao tamanho de suas bancadas na Câmara.
O deputado que mais recebeu dinheiro foi Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que recebeu R$ 732 mil. Vieira Lima é a favor do impeachment da presidente. O deputado Paulo Maluf (PP-SP), com R$ 648.940 doados pelas empresas. Maluf anunciou que votará contra o impeachment.
A comissão tem agora um prazo de funcionamento de até 15 sessões do plenário. Se passar pela comissão, a palavra final será dada pelo plenário da Câmara, em votação aberta e com chamada nominal.
A previsão é que a votação do plenário ocorra entre a segunda quinzena de abril e a primeira de maio. Segundo o blog do Fernando Rodrigues, a comissão terá pelo menos 31 votos contrários ao governo e 28 a favor.
Deputados da comissão de impeachment que receberam dinheiro de empresas envolvidas na Lava Jato. Em R$
PSDB
Bruno Covas (SP) – R$ 227.486
Jutahy Júnior (BA) – R$ 531.875
Nilson Leitão (MT) – R$ 511.550
Paulo Abi-Ackel (MG) – R$ 425.000
DEM
Mendonça Filho (PE) – R$ 250.000
Elmar Nascimento (BA) – R$ 201.580
PPS
Alex Manente (SP) – R$ 400
PSB
Fernando Coelho (PE) – R$ 30.000
Bebeto Galvão (BA) – R$ 50.000
Danilo Forte (CE) – R$ 400.000
SOLIDARIEDADE
Paulinho da Força (SP) – R$ 240.925,5
PSC
Eduardo Bolsonaro (SP) – R$ 567,27
Marco Feliciano (SP) – R$ 9.837,1
PRB
Jhonatan de Jesus (RR) – R$ 10.000
Marcelo Squassoni (SP) – R$ 770
PHS
Marcelo Aro (MG) – R$ 30.000
PSD
Paulo Magalhães (BA) – R$ 19.898,44
Marcos Montes (MG) – R$ 100.000
PMB
Weliton Prado (MG) – R$ 166.500
PDT
Flavio Nogueira (PI) R$ – 100.000
PMDB
Leonardo Picciani (RJ) – R$ 199.000
Washington Reis (RJ) – R$ 500.000
Osmar Terra (RS) – R$ 190.000
Lúcio Vieira Lima (BA) – R$ 732.000
PP
Aguinaldo Ribeiro (PB) – R$ 271.900
Jerônimo Goergen (RS) – R$ 100.000
Roberto Britto (BA) – R$ 7.423,59
Paulo Maluf (SP) – R$ 648.940
PTB
Benito Gama (BA) – R$ 211.890
PT
Arlindo Chinaglia (SP) – R$ 412.000
José Mentor (SP) – R$ 187.500
Paulo Teixeira (SP) R$ – 285.000
Vicente Cândido (SP) – R$ 254.125
Zé Geraldo (PA) – R$ 145.500
PTN
João Bacelar (BA) – R$ 4.493,66
PR
José Rocha (BA) – R$ 494.407,1
Edio Lopes (RR) – R$ 680.732
Maurício Quintella (AL) – R$ 350.000
PT do B
Sílvio Costa (PE) – R$ 100.000
Total – R$ 8.981.301