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As agressões na Avenida Paulista continuam

por Débora Lopes, na Vice Na tarde desta quinta-feira (17), quando foi anunciado que o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª. Vara Federal, pediu a suspensão da nomeação do ex-presidente Lula (PT) como ministro-chefe da Casa Civil, manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, se ajoelharam, rezaram e até mesmo beijaram o asfalto. O […]

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por Débora Lopes, na Vice

Na tarde desta quinta-feira (17), quando foi anunciado que o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª. Vara Federal, pediu a suspensão da nomeação do ex-presidente Lula (PT) como ministro-chefe da Casa Civil, manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, se ajoelharam, rezaram e até mesmo beijaram o asfalto. O protesto contra o governo ocupa a avenida desde as 18h30 da última quarta-feira (16). E as agressões também continuam.

Manifestantes rezando na Avenida Paulista. Foto: Felipe Larozza/VICE

Manifestantes rezando na Avenida Paulista. Foto: Felipe Larozza/VICE

Durante um evento pela manhã, o secretário de segurança pública do Estado, Alexandre de Moraes, informou que não houve ordem para a Polícia Militar permitir que o protesto continuasse sem aviso prévio.

O secretário Alexandre de Moraes. Foto: Felipe Larozza/VICE

O secretário Alexandre de Moraes. Foto: Felipe Larozza/VICE

Já na parte da tarde, enquanto dava entrevistas para a imprensa na Avenida Paulista, ele foi xingado de "ladrão", vaiado e teve de sair escoltado por seguranças e policiais.

O carro que transportava o secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, sendo chutado por manifestante. Foto: Felipe Larozza/VICE

O carro que transportava o secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, sendo chutado por manifestante. Foto: Felipe Larozza/VICE

Objetos foram arremessados em direção ao secretário, que entrou rapidamente em um carro preto. Manifestantes chutaram o automóvel. Procurada pela VICE, a Secretaria de Segurança Pública não comentou o ocorrido.

O publicitário Vinícius Vasconcellos sendo agredido por manifestantes pró-impeachment. Foto: Felipe Larozza/VICE

O publicitário Vinícius Vasconcellos sendo agredido por manifestantes pró-impeachment. Foto: Felipe Larozza/VICE

O publicitário Vinícius Vasconcellos*, que passava pelo local para ir a uma reunião de trabalho, também foi agredido. Acusado de ser petista por conta da roupa vermelha, ele foi xingado e recebeu chutes e tapas. "Inúmeras pessoas gritando que iam me matar e umas duas ou três pessoas tentando me tirar da confusão", relata. Vinícius afirma que, durante o ocorrido, foi chamado de "preto sujo".

Foto: Felipe Larozza/VICE

Foto: Felipe Larozza/VICE

Enquanto o publicitário ia embora, um homem de camiseta listrada foi atrás dele. Nesse momento, um jovem que estava na manifestação (de bermuda, tomando uma gravata na foto que abre esta reportagem) pediu que o conflito fosse evitado e acabou sendo rechaçado pelos presentes, que o acusaram de ser petista. A namorada dele foi agredida com um soco. Veja o vídeo neste link.

Foto: Felipe Larozza/VICE

Foto: Felipe Larozza/VICE

O jovem, que tentou revidar a agressão sofrida pela namorada, acabou levado pela viatura da Polícia Militar.

Alexandre Frota (no centro) foi ao protesto na Avenida Paulista. Foto: Felipe Larozza/VICE

Alexandre Frota (no centro) foi ao protesto na Avenida Paulista. Foto: Felipe Larozza/VICE

O ator e apresentador Alexandre Frota compareceu ao protesto cercado por homens que vestiam camisetas do grupo direitista Revoltados ON LINE.

Foto: Felipe Larozza/VICE

Foto: Felipe Larozza/VICE

O termo de posse de Lula para o ministério foi usado por manifestantes que, no local da assinatura da presidente Dilma Rousseff (PT), escreveram em vermelho a palavra "vergonha".

O advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, informou que o governo irá recorrer da decisão que suspende a posse de Lula como ministro.

*Atualização: anteriormente, a VICE havia informado que Vinícius Vasconcellos, que vestia uma roupa vermelha, havia sido escoltado por pessoas que estavam no ato e também pela polícia. A informação foi corrigida de acordo com o relato do publicitário, que afirma não ter tido ajuda policial.

 

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