Golpe midiático tenta bala de prata

Comentário do blog: como de praxe, a Lava Jato promove vazamentos seletivos com objetivo de intervir no debate político. Agora ela faz sua aposta mais ousada, depois da condução ilegal do presidente Lula. Vaza para a grande mídia uma das delações premiadas arrancadas à base de tortura de um dos executivos da OAS.

A matéria de Fernando Rodrigues, como é costume na imprensa, fala de provas, mas não as apresenta.

Sempre é bom lembrar que os executivos da Andrade Gutierrez já foram flagrados, num desses vazamentos descontrolados da Lava Jato, torcendo por Aécio Neves nas eleições de 2014. Ou seja, não é difícil imaginar que um executivo da Andrade Gutierrez entre no golpe, inclusive forjando documentos. Terão de provar muito bem provado, mas a força tarefa da Lava Jato não parece muito interessada em provas quanto mais na consistência das provas.

Aliás a Andrade Gutierrez pode ser facilmente ameaçada e forçada a entrar no golpe, em virtude de suas abundantes relações obscuras com a Cemig da era tucana.

Reproduzimos abaixo para registro histórico.

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Andrade Gutierrez entrega dados de doações não oficiais a Dilma em 2014

Executivo passou informação em delação premiada. Conteúdo será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral. Léo Pinheiro (OAS) lista 45 políticos em sua confissão

por Fernando Rodrigues, no UOL

Um importante executivo da empreiteira Andrade Gutierrez que fez delação premiada para a força-tarefa da Operação Lava Jato entregou fartos detalhes –inclusive comprovantes– sobre a campanha de 2014 de Dilma Rousseff.

Essa delação detalha as doações legais e as ilegais, separando umas das outras e dizendo como se davam essas duas modalidades de financiamento. Tudo está documentado e explicado.

A delação da Andrade Gutierrez para a Lava Jato, uma vez processada pela Justiça, pode inviabilizar o discurso recorrente da presidente Dilma Rousseff sobre sua campanha não ter recebido financiamento ilegal em 2014.

Já havia informações disponíveis a respeito de parte da delação da Andrade Gutierrez para a campanha de Dilma em 2010. Ocorre que como o 1º mandato da petista se encerrou em 31.dez.2014, a eventual ilegalidade não teria serventia para os atuais processos que pedem a cassação da presidente no Tribunal Superior Eleitoral.

Como tem sido a praxe, todas as informações que surgem na Lava Jato sobre doações de campanha são em algum momento compartilhadas com o TSE. A Justiça Eleitoral analisa vários pedidos de cassação da chapa presidencial vencedora de 2014, formada por Dilma Rousseff e Michel Temer.

No processo do TSE, todas as informações, cedo ou tarde, acabam se tornando públicas. Quando isso ocorrer, haverá contaminação do ambiente no Congresso –onde o impeachment começa a tramitar antes do final de março.

OAS
O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, lista 45 deputados federais e senadores na sua delação. As informações disponíveis até o momento são as de que há políticos envolvidos de todas as siglas do establishment, governistas e oposição.

Redação:
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