Deputado federal critica mandado de condução coercitiva da PF contra Lula
O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ, alertou em vídeo em sua página em rede social que mandado de condução coercitiva só acontece quando alguém é intimado a depor perante o juiz e não comparece. Para ele, a ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Lula na 24ª fase da Operação Lava Jato é um “sequestro”. O deputado ainda convocou a população para lutar contra o “golpe de Estado” que está em curso.
“Meus amigos, não nos iludamos. O que está em curso hoje aqui no Brasil é um golpe de Estado. Não aquele golpe clássico que os tanques vão para as ruas, as baionetas são apontadas, mas um golpe perpetrado pelo sistema de Justiça brasileiro, associado aos grandes meios de comunicação”, ressaltou o deputado.
“Golpe de estado não se assiste de braços cruzados. Ou nós reagimos, ou nós asseguramos a nossa democracia que custou tanto sangue, custou tantas vidas para ser conquistada, ou nós vamos entrar num retrocesso sem precedentes”, completou.
Damous esclareceu que é preciso corrigir o termo “condução coercitiva”, já que o ex-presidente Lula “jamais se negou a depor e sequer foi intimado a depor nessa Operação Lava Jato”. De acordo com o jurista e deputado, o “juiz Lava Jato” não é competente a apurar os fatos relativos a Atibaia, pedalinhos em Atibaia, e triplex “que não pertence ao presidente Lula em Guarujá”, pois isto é da competência da Justiça do Estado de São Paulo.
“Na verdade, o juiz Lava Jato, que hoje põe o país de joelhos, as instituições democráticas de joelhos, o que ele quer é fixar a sua competência para a investigação do presidente Lula e processamento do presidente Lula. Ele quer, com seus amigos nos grandes meios de comunicação, obrigar o Supremo Tribunal Federal a fixar a competência da República de Curitiba para investigar e processar o presidente Lula. Isso nós temos que barrar nas ruas.”
O deputado informou ainda que estava indo para São Paulo, junto com outras frentes, para organizar uma resistência e não permitir que o “golpe avance”. “O 13 de março vai ser igual a Marcha com Deus pela Família que aconteceu em 1964. Então, neste momento, nós temos que nos lembrar de Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola, e temos que barrar este golpe. Não podemos cometer os erros de gerações que nos precederam tendo ilusões de que o que está em marcha faz parte dos arranjos da democracia. Não! Nós estamos diante de um golpe de Estado”, alertou o jurista.
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