Foto: George Gianni/PSDB
Ao confirmar pela primeira vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é investigado pela Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol também divulgou o fato que motivou a abertura de inquérito; a representação inicial foi apresentada por um parlamentar tucano, o deputado Major Rocha (PSDB-AC), a partir de uma reportagem da revista Veja sobre uma suposta delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que não se materializou; a partir daí, a representação foi rejeitada pelos Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal até ser encaminhada pelo procurador-geral Rodrigo Janot à força-tarefa paranaense; no fim de semana, na festa de 36 anos do PT, Lula afirmou que MP se subordina aos interesses políticos de alguns veículos de comunicação
no Brasil 247
Nesta segunda-feira, o procurador Deltan Dallagnol confirmou, pela primeira vez, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo investigado no âmbito da Operação Lava Jato (leia mais aqui).
Dallagnol respondia a uma manifestação da defesa de Lula, que arguiu que o ex-presidente estaria sofrendo dupla investigação decorrente dos mesmos fatos: uma pelo MP federal, no caso da Lava Jato, e outra pelo MP estadual de São Paulo.
Ao defender que Lula seja investigado pela Lava Jato, Dallagnol argumentou que as ações são distintas e também apontou a origem do inquérito.
Ele nasceu a partir de uma representação apresentada por um parlamentar tucano, chamado Major Rocha (PSDB-AC), a partir de uma reportagem de Veja sobre uma suposta delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que acabou não se materializando.
A representação tucana foi primeiramente rejeitada pelo Ministério Público de São Paulo, que alegou não ter competência para investigar fatos relacionados à Lava Jato. De São Paulo, seguiu para o Ministério Público do Distrito Federal, que também afirmou não ser competente para o caso. De lá, subiu para o gabinete do procurador-geral Rodrigo Janot, de onde foi encaminhada para a força-tarefa da Lava Jato.
No último fim de semana, na festa de 36 anos do PT, o ex-presidente Lula afirmou que a oposição é hoje formada por dois “partidos”, Globo e Veja, e também acusou integrantes do Ministério Público de se subordinarem aos interesses políticos e econômicos desses meios de comunicação (leia mais aqui).
Confira, aqui, a manifestação da Lava Jato sobre a investigação contra Lula.