Comentário do blog: Os números são ótimos para o governo, porque revelam que a tese do impeachment não emplacou. Para ser socialmente possível, o impeachment precisa se tornar quase unanimidade nacional. Se 40% dos entrevistados se dizem contra o impeachment, então isso o inviabiliza.
***
Veja os resultados da 130ª Pesquisa CNT/MDA
Presidente da CNT, Clésio Andrade, falou sobre os resultados em entrevista coletiva à imprensa
na CNT
A 130ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 18 a 21 de fevereiro de 2016 e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff.
Aborda também a expectativa da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados sobre crise econômica e consumo, operação Lava Jato, eleições 2018, zika vírus e outros assuntos.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Avaliação do governo e do desempenho pessoal da presidente
Federal: A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff é positiva para 11,4% dos entrevistados, contra 62,4% de avaliação negativa. A aprovação do desempenho pessoal da presidente atinge 21,8% contra 73,9% de desaprovação.Estadual: 2,5% avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 20,1% como bom, 39,1% como regular, 13,7% como ruim e 19,9% como péssimo.Municipal: 6,1% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 23,2% como bom, 29,3% como regular, 13,1% como ruim e 26,2% como péssimo.
Expectativa (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 16,3%, vai piorar: 50,8%, vai ficar igual: 31,4%
Renda mensal: vai aumentar: 17,5%, vai diminuir: 29,0%, vai ficar igual: 51,8%
Saúde: vai melhorar: 15,4%, vai piorar: 48,0%, vai ficar igual: 35,6%
Educação: vai melhorar: 18,1%, vai piorar: 37,1%, vai ficar igual: 43,7%
Segurança pública: vai melhorar: 15,5%, vai piorar: 49,4%, vai ficar igual: 34,1%
CONJUNTURAIS
1º turno: Intenção de voto espontânea
Indecisos: 50,0%
1º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Aécio Neves 24,6%, Lula 19,1%, Marina Silva 14,7%,
Jair Bolsonaro 6,1%, Ciro Gomes 5,8%, Branco/Nulo: 19,6%, Indecisos: 10,1%
CENÁRIO 2: Lula 19,7%, Marina Silva 18,0%, Geraldo Alckmin 13,8%,
Ciro Gomes 7,4%, Jair Bolsonaro 6,3%, Branco/Nulo: 24,2%, Indecisos: 10,6%
CENÁRIO 3: Lula 19,7%, Marina Silva 17,8%, José Serra 14,5%,
Ciro Gomes 7,2%, Jair Bolsonaro 6,4%, Branco/Nulo: 24,1%, Indecisos: 10,3%
2º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Aécio Neves 40,6%, Lula 27,5%, Branco/Nulo: 25,7%,
Indecisos: 6,2%
CENÁRIO 2: Aécio Neves 43,1%, Ciro Gomes 16,7%, Branco/Nulo: 31,6%,
Indecisos: 8,6%
Indecisos: 7,6%
Indecisos: 8,4%
CENÁRIO 5: Marina Silva, 33,0%, Ciro Gomes 24,0%, Branco/Nulo: 33,7%,
Indecisos: 9,3%
CENÁRIO 6: Marina Silva, 36,6%, Lula 26,3%, Branco/Nulo: 30,0%,
Indecisos: 7,1%
Lava Jato e corrupção
88,6% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações no âmbito da operação Lava Jato e que envolvem a Petrobras. Nesse grupo, 67,8% consideram que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 70,3% acham que o ex-presidente Lula é culpado. 59,5% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. 75,7% consideram que o ex-presidente Lula poderá ser investigado.
Impeachment
55,6% são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. 40,3% não.
Crise
79,3% consideram que a presidente Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica. 64,1% avaliam que em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se encontra. 52,2% consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica e 44,1% consideram que é a crise política.
62,1% consideram que o principal motivo da crise política brasileira é a corrupção, 17,2% avaliam que a culpa é da gestão da presidente Dilma Rousseff e para 12,2% a culpa é do Congresso Nacional.
Consumo
Intenção nos próximos seis meses:
Viagens/gastos com lazer e cultura: diminuir o consumo (59,5%), aumentar o consumo (7,2%), manter o consumo (21,9%).
Alimentação fora do lar (lanchonetes, restaurantes, bares): diminuir o consumo (57,9%), aumentar o consumo (7,5%), manter o consumo (23,9%).
Artigos de vestuário (roupas, calçados): diminuir o consumo (53,6%), aumentar o consumo (8,5%), manter o consumo (36,8%).
Beleza/atividades esportivas (salão de beleza, manicure, academia): diminuir o consumo (45,8%), aumentar o consumo (8,1%), manter o consumo (30,7%).
Produtos em supermercado, açougue e padaria: diminuir o consumo (42,1%), aumentar o consumo (13,2%), manter o consumo (43,9%).
Combustível (abastecimento de carro ou moto): diminuir o consumo (36,9%), aumentar o consumo (13,2%), manter o consumo (28,5%).
Saúde (consultas médicas, farmácias, exames): diminuir o consumo (29,0%), aumentar o consumo (15,9%), manter o consumo (49,8%).
Área que percebeu ter ocorrido maior aumento de preços nos últimos seis meses:
Supermercado (54,5%), energia elétrica (53,5%) combustível (29,8%), impostos (26,4%), água (6,4%), saúde (5,0%), lazer (1,6%), serviços (cabeleireiro, manicure, mecânicos etc) (1,3%).
59,3% adiaram alguma compra/serviço por causa da crise.
Entre os que adiaram:
Eletrodoméstico (fogão, geladeira, máquina de lavar): 31,5%
Casa/Apartamento/Lote (construção, compra ou reforma): 30,1%
Cosméticos (perfume, batom, cremes): 4,9%
38,0% deixaram de pagar alguma conta em 2015 e/ou 2016 devido ao aumento de seus custos.
Emprego e renda
55,7% estão empregados no momento. 25,6% não estão empregados e não estão procurando emprego. 14,6% não estão empregados, mas estão procurando emprego.
53,7% temem ficar desempregados devido ao desaquecimento da economia brasileira. 82,4% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses.
51,2% disseram que gostariam de abrir um negócio próprio.
Zika vírus/Aedes aegypti
55,6% conhecem alguém que contraiu dengue, zika ou chikungunya nos últimos seis meses. 85,2% têm tomado alguma medida ou mudaram os hábitos para se proteger do Aedes aegypti. Entre os que tomaram alguma medida, 93,2% passaram a combater o foco do mosquito em casa e 30,6% passaram a fazer uso regular de repelente.
64,2% disseram que algum agente de saúde passou no seu domicílio, nos últimos seis meses, para procurar possíveis focos de proliferação de Aedes aegypti.
88,7% têm receio de pegar alguma das doenças transmitidas pelo mosquito (dengue, zika ou chikungunya).
Para 74,7%, o principal responsável pela proliferação do mosquito Aedes aegypti é a população, seguido das prefeituras (7,4%). Para 6,2%, o principal culpado é o governo federal e para 1,0%, os governos estaduais.
Para 49,3%, os cuidados necessários têm sido parcialmente tomados pelo governo federal para combater o Aedes aegypti.
24,4% consideram que o governo federal não tem tomado os cuidados necessários e 24,3% responderam que todos os cuidados necessários foram tomados.
Horário de verão
Nas regiões onde tem horário de verão (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), 50,0% acham que ele não interfere na rotina diária. Para 31,4%, o horário de verão atrapalha a rotina. E 18,5% dizem que melhora.
Para 49,3%, o horário de verão é necessário, pois ajuda a economizar energia elétrica no Brasil.
CONCLUSÃO
Os resultados da 130ª Pesquisa CNT/MDA mostram a manutenção de resultados negativos, porém com uma pequena redução em favor da presidente Dilma Rousseff.
A preocupação com os rumos da economia e o aumento dos preços permanecem em níveis elevados, fazendo com que a população diminua o consumo de bens e serviços, principalmente de itens não essenciais, dificultando ainda mais a retomada do crescimento. O desemprego mostra-se como fator de grande preocupação.
A população continua atenta aos acontecimentos que envolvem a operação Lava Jato, gerando reflexos negativos na avaliação tanto da Presidente da República quanto do ex-Presidente Lula.
(…)
Clique aqui para acessar a íntegra.
***