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Engenharia nacional ameaçada

Ponte Rio Negro, Manaus. Foto: Chico Batata por Pedro Celestino, no Clube da Engenharia A crise que assola o mundo e o Brasil exige que se busque um consenso em torno de soluções, tendo por base o interesse nacional. Afinal, o que está em jogo não é o curto prazo, mas o Brasil das próximas décadas. […]

13 comentários
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Ponte Rio Negro, Manaus. Foto: Chico Batata

por Pedro Celestino, no Clube da Engenharia

A crise que assola o mundo e o Brasil exige que se busque um consenso em torno de soluções, tendo por base o interesse nacional. Afinal, o que está em jogo não é o curto prazo, mas o Brasil das próximas décadas.

Não existe nação forte sem empresas nacionais fortes. Essa compreensão esteve presente nos planos brasileiros de desenvolvimento desde os anos 30 do século passado. Em torno dela o país se industrializou e modernizou a sua agropecuária, combinando sempre o planejamento governamental e o vigor da iniciativa privada.

Nesse contexto a nossa engenharia se desenvolveu, através de projetistas, construtoras e montadoras, que responderam à demanda de dotar o país da infraestrutura que o levou, nos últimos 70 anos, ao grupo das 10 maiores economias do mundo.

Foram essas empresas que fizeram as rodovias, ferrovias, metrôs, hidrelétricas, portos, aeroportos, refinarias, indústrias de todo tipo, redes de água e de esgoto, habitações, etc. Em resumo, construíram e constroem o Brasil.

É claro que ainda falta muito a ser feito para que todos os brasileiros tenham uma vida mais digna. O Brasil ainda está em construção. Mas com certeza a destruição, que ora se pretende, das maiores construtoras nacionais não contribuirá para o país alcançar um patamar mais alto.

Ao longo de suas histórias, as empresas de engenharia nacionais produziram conhecimento e se tornaram detentoras de respeitabilidade técnica reconhecida no mundo inteiro. Tanto que várias delas trilharam o caminho da internacionalização e participam hoje de empreendimentos em mais de 40 países, entre os quais Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Portugal.

O mercado da exportação de serviços, com apoio de organismos financiadores, e em particular, do BNDES, é por elas disputado com êxito crescente. Entretanto, o que devia ser motivo de orgulho é colocado sob suspeição. Se o Presidente da República promove o Brasil no exterior, faz tráfico de influência. Se o BNDES concede financiamento à exportação de serviços, é criticado.

É hora, pois, de se desnudar os interesses que, sob a capa do necessário combate à corrupção endêmica (patrocinada por empresas que há décadas agem em conluio com políticos dos principais partidos), o que conta com o decidido apoio da sociedade, têm por objetivo destruir a engenharia nacional.

É o que já se viu quando a Mitsui japonesa, embora envolvida na Lava Jato, pôde adquirir participação na Gaspetro na Bacia das Almas, e agora ficou mais evidente a partir da oposição que fazem à Medida Provisória 703. Não se trata aqui de antagonizar empresas estrangeiras, tão somente de mostrar a diferença de critérios no trato da questão.

A MP 703 foi editada pelo Governo Federal para regulamentar acordos de leniência, nos quais as empresas serão punidas, arcarão com multas pesadas e terão de se comprometer com ajustes de conduta, mas continuarão habilitadas a participar de licitações, pois há a compreensão de que são estratégicas para o país.

Os acordos, no âmbito administrativo, não extinguem os processos criminais. Ou seja, quem cometeu crimes deve pagar por eles, mas sem que se fechem empresas, pois isso seria punir seus milhares de trabalhadores e jogar fora parte fundamental da nossa engenharia. Assim se procede na Europa e nos Estados Unidos, como atestam os casos recentes da Volkswagen e do Goldman Sachs, penalizados, mas preservados.

Com base na longa tradição, de 135 anos, de pensar o Brasil e de defender a engenharia nacional e as nossas empresas, que são artífices e depositárias da memória desse conhecimento, o Clube de Engenharia denuncia à sociedade o risco de destruição do que há de melhor na nossa engenharia.

Pedro Celestino é Presidente do Clube de Engenharia

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Comentários

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Euza Rocha

16/02/2016 - 00h36

O q eu falei ontem na reunião, alguém já viu essa ponte no JN?

Maurício Christovão

15/02/2016 - 22h39

Realmente não aconteceu nada…Nossos empreiteiros deveriam ser canonizado…

Eliézer Vieira Troni Troni

14/02/2016 - 23h15

Justiça mídia e oposição querem quebrar empresas nacionais para vende-las aos gringos e preço de bananais por isso querem o poder nem que custe a miséria do povo brasileiro novamente

Juliana Bellagamba Beheregaray

14/02/2016 - 20h40

Há de se modificar a forma de contratação e medição de grandes obras sem invocar partidarismos, pois o que vem desde sempre necessita de mudanças. Os consórcios mudam de nome mas as titulares são sempre as mesmas. Atrasam obra, não possuem imposições de multas, terceirizam, quarteirizam sempre a preço de banana. É hora de reverem o processo e, principalmente, excluírem a veia política e apaziguadora dos grandes contratos.

Deonisio Junges

14/02/2016 - 16h44

na verdade teriamos que defende as empresas ate pelo ero em devolve uma grana pro brasil mas puni e acaba jamais porque nesse pais jamais ninque faria uma obra sem paga probina ou tu paga ou ta fora isso venm a 50 anos nao e de hoje em 2002 o circo estava armado e quem nao se abragava se molhava unica esclusiva saida

Joaquim Corrêa

14/02/2016 - 16h13

Cesar Seara Neto, o que me dizes ?

Gidobaldo Silva Avelar Gil

14/02/2016 - 14h03

o grande problema do Brasil está sendo desenterrado que é as inversões de valores o principal deles é o que seria o terceiro poder passa a ser o primeiro no caso ganha os melhores salários,não precisa serem eleitos pelo povo, e ainda além de quebrar a engenharia nacional tem o poder de entregar seus restos mortais aos estrangeiros atendendo às ordens do grande capital especulativo ou o anticomunismo imaginário!

Andre Delage

14/02/2016 - 14h00

Ué cafezinho explica isso melhor ??
Temos excelentes engenheiros nossa engenharia e de ponta !
Por um acaso está defendendo as empreiteiras quem diria ?
Explique aí

Enio

14/02/2016 - 11h17

A oposição junto com a mídia lixo e justiceiros estão usando a justiça seletiva para detonar todas as empresas nacionais que são jurídicas, agora, não podem destruir as empresas nacionais, criar instabilidade, recessão e desemprego de milhões de trabalhadores para provocar um golpe no povo brasileiro, perderam as eleições de 2014 e as tetas secaram, no desespero de encobrir seus próprios crimes partiram para o ataque ao governo, não tinham projeto de governo e sim planos de entregas do patrimônio nacional em especial as grandes reservas minerais por ninharias em paraísos fiscais. Esses traidores jamais ganhariam eleições.

Roberto Moore

14/02/2016 - 12h59

Ta uma beleza alunos de engenharia que não sabem regra de três e fazem o curso no chamado ensino a distância. Ta dificil !!!

Enio

14/02/2016 - 10h11

A oposição, mídia lixo e justiceiros ferraram com muitas empresas nacionais de grande porte. Causaram recessão e desemprego de milhões de trabalhadores para tentar um golpe no povo brasileiro, um golpe na democracia.

    Vitor

    14/02/2016 - 10h25

    Verdade! Gastaram o que tinham e o que não tinham e detonaram as contas do país, gerando inflação, recessão nunca antes vista e aumento do desemprego!
    Malditos golpistas!
    Ainda bem que Dilminha Coração Valente está no comando da economia agora e nos salvará!

      Enio

      14/02/2016 - 10h55

      Essa elite criminosa tem MEEEEDO do povo brasileiro com Lula 2018. Tem MEEEEDO das urnas. #LulaEuConfio


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