Olha como funciona o golpe.
A mídia julga, condena e aplica a sentença aos réus, com apoio de um juiz amigo ao qual ela enche de “prêmios”, convites para regabofes, enchendo-lhe um ego já predisposto a isso.
Daí os juízes de tribunais superiores são esquadrinhados um a um.
Aqueles que não pactuam com o golpe vão sendo alvo, um a um, de assassinatos de reputação.
O ministro Sebastião Reis, do STJ, andou fazendo declarações contra os vazamentos seletivos da Lava Jato.
Pronto! Foi o suficiente para virar alvo da bandidagem golpista.
É uma maneira não apenas de intimidar os alvos escolhidos, como constitui uma advertência ameaçadora a todos os juízes. É uma maneira de criar uma atmosfera de medo.
E assim, com truculência, ameaça e chantagens, a meganhagem consegue o que quer.
Não é por outra razão que nenhum juiz do STJ ousa constestar os arbítrios de Sergio Moro ou dar habeas corpus a algum réu.
Está mais dificil conseguir habeas corpus hoje do que no tempo da ditadura.
No tempo da ditadura, a imprensa não tinha atingido o nível de delinquência que vemos hoje.
A chantagem atinge também ministros do STF, como se viu no julgamento do mensalão.
Repare na notícia abaixo, publicada no Jota, site que tenta se diferenciar da mídia tradicional, mas que precisa também entrar no jogo do golpe se quiser sobreviver.
A denúncia contra o ministro do STJ, tribunal que poderia revisar decisões arbitrárias, injustas ou mesmo delinquentes da Lava Jato (e são muitas), partiu da… Veja.
Gilmar Mendes, por exemplo. Há um monte de denúncias contra ele, assim como há denúncias contra inúmeros outros juízes pró-golpe, mas a máfia midiática, como sabemos, é seletiva.
Só ataca os juízes antigolpistas.
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Ministro Sebastião Reis do STJ é alvo de procedimento no STF
Por Felipe Recondo, no Jota.
O ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é alvo de procedimento aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com investigadores, a suspeita é de venda de decisão judicial. O processo está no gabinete da ministra Rosa Weber e tramita de forma oculta.
Ainda conforme pessoas próximas à investigação, indícios contra o ministro surgiram em operação da Polícia Federal. Também de acordo com investigadores, o caso não guarda relação com a Operação Lava Jato.
O JOTA confirmou a existência do procedimento e o nome do ministro Sebastião Reis com representantes do Poder Executivo e do Judiciário.
Este é o segundo procedimento aberto no STF para investigar um ministro do Superior Tribunal de Justiça. O ministro Benedito Gonçalves também é alvo de procedimento no Supremo.
As suspeitas contra o ministro Benedito Gonçalves foram levantadas em matéria publicada pela revista Veja a partir de relatório produzido pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Num dos trechos do relatório, a PF informava, sobre o ministro Benedito Gonçalves: “Como pode ser visto Léo Pinheiro mantinha contatos frequentes com o ministro Benedito Gonçalves, a ponto de o mesmo solicitar atendimento para seu filho, tendo Léo Pinheiro escalado para tal tarefa o advogado da OAS, Bruno Brasil”.
No domingo (o7/02), o jornalista Lauro Jardim, publicou em O Globo a informação de que outro ministro do STJ estaria sob investigação – além de Benedito Gonçalves.
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O ministro Sebastião Reis afirmou desconhecer o procedimento e disse não ter sido notificado de qualquer investigação.
“Eu não tenho nada o que falar porque não sei de nada. Você está me pegando de surpreso. Quem passou essa informação eu não sei. Se existe essa investigação eu não sei. Não tenho nada o que falar”, disse o ministro Sebastião Reis.