Passar em concurso não é selo nem garantia de honestidade, nem de caráter, nem de sanidade mental, nem de compromisso com o bom senso, ou com o futuro, com a soberania, o desenvolvimento e a dignidade da Nação
por Mauro Santayana, no Esquerda Caviar
A República dos Burocratas e o Poder Político – I
Um procurador do Ministério Público, do Estado de Goiás, usando de argumentação e justificativa claramente políticas, que refletem – sem esconder apaixonada ojeriza – sua opinião a respeito do atual governo, manda tirar do ar a campanha das Olimpíadas.
Outro procurador, ligado à Operação Lava-Jato, afirma que é preciso, no contexto do trabalho realizado no âmbito da mesma operação, “refundar a República”.
Ora, não consta na Constituição Federal, que o Ministério Público, tenha entre suas atribuições, refletir a opinião pessoal – e muito menos partidária, que lhes é vetada – de seus membros, ou a de “refundar a República”.
A República, organizada enquanto Estado, fundamenta-se na Lei, e um de seus principais guardiões é, justamente, o Ministério Público, a quem cabe obedecer à Constituição Federal, até que esta, eventualmente, seja mudada em Assembleia Nacional Constituinte.
Se alguns procuradores do Ministério Público querem “refundar” a República, que, do modo que está, parece não ser de seu feitio, o caminho, em nosso atual regime, é outro:
Cabe-lhes lutar, como cidadãos, pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
E, depois, quem sabe favorecidos pela notoriedade alcançada pela espetacularização de certas “operações” em curso, abandonar a carreira e passar a exercer – o que também lhes é vetado enquanto não o façam – atividade político-partidária.
Candidatando-se, finalmente, ao posto de deputados constituintes, para mudar o texto constitucional, e, por meio deste, a Nação.
Há um estranho fenômeno, neste Brasil dos últimos tempos, que é o de que funcionários da estrutura do Estado se metam a querer tutelar politicamente a Nação, principalmente quando a atividade política lhes é – sábia e claramente – vetada pela própria carreira.
Falta-lhes mandato para fazê-lo, ou para “salvar o Brasil”, embora, aproveitando-se da criminalização geral da atividade política e de campanhas destinadas a angariar, de forma corporativa, apoio na opinião pública para suas teses – o que inclui tentar legislar indiretamente – eles continuem insistindo nisso, como se organizados estivessem em verdadeiros partidos.
Neste caminho, confundem-se – em alguns casos, quem sabe, propositadamente – alhos com bugalhos, e pretende-se transformar em crime o que não passam de atos inerentes à própria atividade política.
Esse é o caso, agora, por exemplo, do fato de a imprensa pretender transformar em denúncia a afirmação do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em sua peça contra o Deputado Wander Loubet, encaminhada ao STF, de que Lula teria dado pessoalmente “ascendência” ao Senador Fernando Collor, sobre a BR Distribuidora, em 2009, em troca de “apoio para o governo no Congresso”.
Ora, não é possível acreditar que o nobre Procurador tenha estranhado, ou queira transformar em fato excepcional e muito menos em crime – caso isso tenha mesmo ocorrido, o que já foi desmentido pelo ex-presidente – a nomeação de membros de um ou de outro partido para a diretoria de uma empresa pública, em um regime presidencialista de coalizão.
Crime existirá – e deve ser exemplarmente punido – se for efetivamente, inequivocamente, provado, o eventual desvio de dinheiro do erário pelos que foram, então, indicados, para cargos nessa empresa.
O resto é Política, no sentido de uma prática que vem se consolidando desde que os homens começaram a se reunir em comunidade, e, em nosso território, desde as Capitanias Hereditárias, quando, em troca também de apoio político a El Rey, na Metrópole, nobres eram indicados para a exploração de nossas riquezas; passando pelo Império, em que partidos e políticos eram apoiados ou indicados pelo imperador de turno em troca de fidelidade; pela República Velha; por Getúlio Vargas e o Estado Novo; por JK à época da construção de Brasília; pelo regime militar, que nomeava até prefeitos de capitais e senadores biônicos, pelo governo do próprio Fernando Collor; pelos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso, pelos governos de Lula e de Dilma Roussef, que não teriam como governar – sem apoio do Congresso ou de determinadas parcelas do eleitorado – se não tivessem assim agido.
Afinal, os partidos políticos existem para disputar, conquistar e ocupar o poder no Estado, para fazer obras ou levar, em troca de votos e de simpatia, por meio de projetos e programas, benefícios à população, e disputam e negociam entre si cargos e pedaços da estrutura pública para atingir tais objetivos.
Essa é a essência da Democracia – um regime imperfeito, cheio de defeitos, mas que ainda é o melhor que existe, entre aqueles que surgiram ao longo dos últimos 2.500 anos, e, fora isso, só existem, na maioria das vezes, ditaduras nuas, duras e cruas, em que a negociação é substituída pela vontade, o arbítrio e o terror dos ditadores.
Vivemos em tempos em que não basta destruir-se, institucionalmente, a Política, como se ela fosse alguma coisa à parte do país e da sociedade, e não um instrumento – o único que existe – para a busca do equilíbrio possível entre os vários setores sociais, grupos de interesse e a população.
Agora se pretende criminalizar também a prática política, como se alianças entre diferentes partidos ou a nomeação de pessoas para o preenchimento de cargos de confiança, ou a edição de medidas provisórias – destinadas a assegurar milhares de empregos em um momento de grave crise econômica internacional – fossem, em si mesmos, crimes, e não, como são em qualquer nação do mundo, atos normais e corriqueiros de negociação política e de gestão pública.
Obviamente, seria melhor que as agremiações políticas se reunissem apenas em torno de ideias, propostas e bandeiras e não de cargos, verbas, empresas, mas quem ocupa o poder tem a prerrogativa de indicar quem lhe aprouver ou contar com sua confiança e se for para se mudar isso, qualquer mudança terá que ser feita no Poder Legislativo, por deputados e senadores, que para isso são escolhidos, por meio do voto, por seus eleitores.
O que está ocorrendo hoje é que, com a cumplicidade de uma parte da mídia, voltada para a deseducação da população quanto ao Estado e à cidadania, há funcionários públicos que, longe de se submeter ao poder político – e na ausência de votos, que não têm – pensam que foram guiados pela mão de Deus na hora de preencher as respostas dos exames em que foram aprovados, tendo sido assim ungidos pelo altíssimo para assumir o destino de comandar o país e corrigir os problemas nacionais, que não são – e nunca deixarão de ser – poucos.
A situação chegou a tal ponto de surrealismo que alguns espertos e os imbecis que os secundam na internet, parecem querer dar a impressão de que a solução para o país seria acabar com as eleições e os partidos e fazer concurso para vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, ministros do Supremo Tribunal Federal – essa última “sugestão” se multiplica por centenas de sites e redes sociais – e para Presidente da República.
Substituindo, assim – como se tal delírio fosse de alguma forma possível – a soberania popular pela “meritocracia” e o suposto saber e competência de meia dúzia de iluminados que entraram muitos deles, na carreira pública, por ter dinheiro para pagar cursinhos e na base da decoreba para passar em exames – criados por empresas e instituições terceirizadas, que ruborizariam – pelo estilo e forma como são elaborados – um professor secundário dos anos 1950.
Afinal, para parte da burocracia atual – à qual se poderia acrescentar, sem medo de exagerar no erro, um “r” a mais, do ponto de vista de seu entendimento prático e histórico do que é e de como funcionam nosso sistema político e a própria Democracia – o povo brasileiro é visto como uma massa amorfa e ignorante, que não sabe, nem merece, votar, e que dá o tom do nível intelectual e de “competência” daqueles que chegam eleitos, ao Executivo e ao Legislativo.
Tudo lindo, maravilhoso.
Se não fossem, boa parte das vezes, péssimos os serviços prestados à população por essa mesma burocracia; se os cidadãos não estivessem conscientes da importância do direito de voto de quatro em quatro anos; se o artigo primeiro da Constituição Federal não rezasse que todo o poder – mesmo o dos burocratas de qualquer tipo – emana do Povo e em seu nome deve ser exercido; se não houvesse carreiras que pagam quase 100 vezes mais do que ganha um trabalhador da base da pirâmide social; se mais de 600 funcionários concursados não tivessem sido demitidos, no ano passado, a bem do serviço público, só na esfera federal, por crimes como prevaricação, peculato, extorsão, corrupção, etc.
Afinal, para o bem da população – que pode votar sem exigir diplomas de seus candidatos – passar em concurso – por mais que pensem o contrário muitos brasileiros – não é selo nem garantia de honestidade, nem de caráter, nem de sanidade mental, nem de compromisso com o bom senso, ou com o futuro, com a soberania, o desenvolvimento e a dignidade da Nação.
Ou passou a ser isso tudo, e não fomos informados disso?
Athos Rache
24/04/2016 - 13h47
Não é por aí!
Eliana Calmon contava uma malandragem diferente para A Quadrilha se instalar em altos postos do judiciário.
Dizia ela que a OAB era um perigo para o Brasil.
Mas ninguém quer saber, não é mesmo.
Talvez por isso tenham tomado um golpe.
Francisco Das Chagas Lemos
13/02/2016 - 23h14
Tem quadrilha especializada para abrir a janela.
Francisco Das Chagas Lemos
13/02/2016 - 23h13
Cafezinho, alguns entram pela janela.
Clayton Marçal
13/02/2016 - 12h46
Cara tudo o que sei deste atual governo é que não fizeram a reforma fiscal a partir de 2011 quando começou a queda na arrecadação tributária nacional por motivos extensos demais para postar aqui, além de não fazerem a reforma aumentaram os gastos principalmente com políticas de transferência de renda que diga-se de passagem beneficiou podres e ricos também! Um exemplo foi a isenção de IPI para a compra de automóveis com a justificativa de manter os empregos nas montadores. Sabíamos que esse imposto, além de fazer falta nos cofres públicos não iria poder ser abonado pra sempre; agora as montadoras demitiriam e ainda estão demitindo por causa da recessão e queda nas vendas! O PT sem foi contrário a privatizações, a excessiva cobrança de impostos sobre Empresas e famílias, rechaçava a política de liberalismo econômico, era inimigo histórico do PMBD, acusava os partidos de direita de clientelismo e fisiologismo politico, combatia a corrupção e agora tu queres me por goela abaixo que é ruim o Estado fazer concurso público pra preencher o seu quadro de pessoal, cara me desculpe mas você ta falando asneira. Um concursado pode até realmente não ser garantia de tudo o que foi escrito no texto, contudo se fores fazer as estatísticas de casos de corrupção de concursados verás que é uma quantidade que chamaríamos de desvio padrão, entretanto nos cargos comissionados e políticos a corrupção chega a proporçoes que fogem o que é minimamente aceitável em regras estatísticas e outra coisa o o servidor que passa num concurso sem meios fraudulentos está trabalhando por mérito e esforço próprio e tem um certo nível de conhecimento técnico. Hoje a maioria dos concursos exiegem nível superior e utiliza prova de títulos ( Mestrado e Doutorado).
PAULISTA INCONFORMADO
13/02/2016 - 08h48
Essa casta que ai esta , para passar num concurso fica estudando nesses cursos preparatórios da vida, cujos donos, não raro, são juristas aposentados que conhecem a máquina estatal. Esses semideuses , ficam 10 anos fazendo cursinho e decorando a matéria, e um dia não se sabe como passa noi concurso, e nesse país atrasado e reacionário vira semideus, com conhecimento jurídico decorado, sem estrutura humanitária, se acha o dono da república e ai vemos o que acontece hoje. Pobre, inteligente, dotado e conhecimento humanístico dificilmente passa nesses concursos, porque no futuro vão atrapalhar essa sociedade arcaica em que vivemos.
ica e, que vivemos
Alex Soares de Araujo
13/02/2016 - 03h05
Ótimo texto. Uma coisa é Estado, outra é Governo. Não se pode misturar. É por isso que servidores possuem estabilidade e os agentes políticos não, pelo contrário, possuem mandatos com início e fim.
Cilene Oliveira
13/02/2016 - 02h28
É uma pena que o inferno não exista…
Nelson Silvestre
13/02/2016 - 02h19
O problema esta nos autos salários pagos que esta fora da realidade brasileira. Uma coisa tenho de fazer uma critica construtiva contra o PT. O Lula em seu governo supervalorizou o salario do funcionalismo publico e co isso criou verdadeiros monstros. Agora tem que chupar a cana que plantou.
hb cwb
12/02/2016 - 22h36
Temos bons (maus) exemplos atualmente! Os deuses concursados do judiciário.
Silvia Maria Prezia Araujo
12/02/2016 - 23h42
Ótimo!
Francisco Bello
12/02/2016 - 20h11
A grande mágoa é que eles são concursados, não dá pra colocar lá aquele bando de sindicalistas safados.
Maria Eugênia Palmeiro
12/02/2016 - 19h14
Hehehe
Mario Gochi
12/02/2016 - 19h13
O maior problema foi a covardia do membros do Congresso em não aprovar lei que responsabilize os membros da instituição por seu erros, muitos dos quais causadores de danos a terceiros. Num regime democrático ninguém deve estar acima e livre da lei, nem mesmos os membros do MP. Em todas as atividades do Estado há responsabilização por erros de conduta dos seus agentes, só não há para os membros do MP.
Jorge Vasconcelos de Brito
12/02/2016 - 19h03
Mas não é mesmo!!! Mas também pode ter pessoas muito sérias entre os concursados que denunciam as injustiças, mesmos aquelas “legalizadas”, que não aceitam dar um jeitinho nas coisas earradas!!!
Vitor Vogel
12/02/2016 - 17h27
Douglas, Daniel Duarte
Daniel Duarte
13/02/2016 - 11h13
Excelentes argumentos!
Marcelo Rosa Moraes
12/02/2016 - 17h10
Temos que “refundar” é o Ministério Público, isso sim.
Vinicius Guimarães
12/02/2016 - 16h50
A questão é só uma, a meu ver: insurgir-se contra ou por em questão o instituto do concurso público é discurso coxinha. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Então vc quer evitar novas lava-jatos, fazendo do judiciário uma instituição sem concurso público? Não te parece querer eliminar a pulga da vaca dando um tiro na cabeça da vaca pra matar a pulga de fome?
Nelson Moz Antunes
13/02/2016 - 12h57
Vinicius, o texto não diz que é ruim o concurso público. Diz apenas que alguém aprovado não pode se sentir um Deua e não deve atuar politicamente. Tem que se respeitar o princípio da impessoalidade.
Vinicius Guimarães
13/02/2016 - 14h57
Sim, Nelson, mas quem é que disse que se sentir Deus e exorbitar de suas funções é uma decorrência ou exclusividade, ou efeito do concurso público? Quem age desse jeito agiria de qqer forma. Foi preconceito.
Nelson Moz Antunes
13/02/2016 - 18h20
Concordo. Concurso público é uma merda e eu posso falar isso porque sou estatutário concursado. Entra gente doida, entra gente preguiçosa e que não quer trabalhar. Mas é a melhor forma de evitar o apadrinhamento político.
Vinicius Guimarães
14/02/2016 - 00h42
Sim, é como as cotas, que não são lá nenhuma maravilha, nenhuma panacéia para lidar com a questão da desigualdade social/racial, mas é o que há, e funciona.
Igor Dioli Fernandes
12/02/2016 - 16h35
Se o cargo publico que é mérito de quem se preparou e passou pelas fases do certame provoca uma “excelente análise”, espero uma análise surreal sobre a praga dos Apadrinhados que ocupam funções sem conhecimento e que acabam por tornar o país nessa republiqueta bolivariana de sanguessugas e um imenso gargalo de dinheiro público sem fruto qualquer ao país.
Pedro Lucas
12/02/2016 - 16h32
Foto do perfil de um procurador da Republica
Fazendo homenagem para um soldado NAZISTA (seu avo)
Tarcísio Lima Verde Neto
12/02/2016 - 16h25
Felipe de Carvalho Diego Rolim Ah se o carnaval nao tivesse acabado.
Alexandre Maimoni
12/02/2016 - 16h22
Excelente análise
Maria Carvalho
12/02/2016 - 16h12
O que tem que acabar, o mais rápido possível, é a estabilidade do funcionário público e tantos cargos de confiança, porque eles entram por concurso e depois acham que não precisam fazer mais nada e que não têm compromisso com a ética e com quem paga os salários deles. Passam o serviço para estagiários e só trabalham ou prestam atenção em casos que podem levá-los a mídia, para, quem sabe, virem a ocupar algum cargo vitalício. O pior de tudo é que os procuradores federais, além de vultosos salários, ainda recebem “honorários” pelas causas ganhas, como se não fizesse parte de seu trabalho diário (e salário) defender o Estado. PELO FIM DA ESTABILIDADE DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO! CHEGA DE ENROLAÇÃO E DE TRAIÇÃO AO POVO QUE PAGA SEUS SALÁRIOS!
Vinicius
12/02/2016 - 14h23
Esse discurso é coxinha. Vc está no site errado. Esqueça os concursos em que vc tomou pau. Como diria Raul Seixas, encontre a sua tribo e … “TENTE OUTRA VEZ”…
Alex Soares de Araujo
13/02/2016 - 03h11
Se não fosse a estabilidade dos servidores, o Estado e os serviços públicos iriam parar a cada mudança de governo. Nonsense. Além disso existe avaliação de desempenho periódica.
Gerard L. P. Pereira
12/02/2016 - 16h11
Se não fosse a burocracia do estado o PT já teria transformado o Brasil numa republiqueta bolivariana, cheia de apaniguados comissionados, cujos únicos méritos seriam pertencer às fileiras do partido…
O Cafezinho
12/02/2016 - 16h28
Não. Estados tucanos tem muito mais indicados que gov federal. Pt é o partido que menos aparelha. Aparelha inclusive pouco demais eu diria
John Constantine
12/02/2016 - 16h42
Não acredito que a pessoa lê o texto (se leu o texto) e vem nos comentários e fala tanta besteira
Hugo Teo
13/02/2016 - 01h39
Pt não aparelha, apodera…
Paulo Cezar Francoski
13/02/2016 - 14h20
Para de falar tanta besteira Gerard, olha só um pouco atras no tempo, anos 90, só idiota engole FHC.
Francisco Das Chagas Lemos
13/02/2016 - 23h16
Gerard, vc precisa tomar a pílula da inteligência.
Gerard L. P. Pereira
14/02/2016 - 16h03
Nunca simpatizei com o PSDB, muito menos agora, o único partido que já defendi foi o PT, até o dia que ele chegou no poder e começou a roubar, e justificar seu roubo, como nunca antes se viu. Me admira muito que pessoas com o mínimo de informação ainda defendam essa quadrilha criada pelo Golberi do Couto e Silva, para atrapalhar a esquerda da época. Por falar nisso, vcs sabem quem foi Golberi, acho que não, vcs nem haviam nascido…
Gonçalves Casanova
12/02/2016 - 16h07
— Dão poder demais a algumas pessoas ou setores isolados.
Heber Valle
12/02/2016 - 16h06
IMAGINEMOS aqueles militantes , apadrinhados e membros de quadrilha que SÃO NOMEADOS COMISSIONADOS E/ou EM CARGO DE CONFIANÇA. QUAL SERIA A VERDADEIRA INTENÇÃO e ação DESTES PARASITAS?????????
Vinicius Guimarães
12/02/2016 - 15h59
Tem também a ditadura dos filhinhos de mamãe, que vivem à sombra da família e desistiram, desde tenra idade, da mera tentativa de fazer qualquer coisa que não seja viver ao abrigo da segurança do “negócio de família”. Cada um que faça seu exame de consciência. Entre as duas ditaduras, pelo menos a do concurso público tem algum viés de mérito, ainda que questionável. A dos filhinhos de mamãe, ou de papai, não. São só ilusão. Eis aí!
O Cafezinho
12/02/2016 - 16h27
Filhinhos da mamãe não tem poder de paralisar negócios ou prender ninguém. Pense.
Vinicius Guimarães
12/02/2016 - 16h29
Tem sim. Os Marinho são filhinhos de mamãe, e tem poder de mandar qualquer um pro Gólgota.
Ferreira Felipe
13/02/2016 - 21h26
Ambos podem estar no mesmo patamar…
Oswaldo Fernandes
13/02/2016 - 21h40
Não há muita diferença em ser “filhinho” de papai e resolver seguir a carreira da Magistratura pelo prestígio e pelos vencimentos, principalmente nos TJs país à fora, ou cuidar dos negócios da família.
Mas as pessoas precisam ter cuidado para não misturar os concursos para cargos de “poder político”, como magistratura, e os concurso para cargos das carreiras que dão sustento à atividade dos Poderes.
Verdade que o autor do texto sabe a diferença e não tratou dos servidores em sentido estrito, mas tem muito conservador aproveitando o texto para atacar os servidores como um todo, inclusive querendo acabar com garantias dos servidores, algo comum ao pensamento conservador e de Direita.
Vinicius
12/02/2016 - 13h55
Tem também a ditadura dos filhinhos de mamãe, que vivem à sombra da família e desistiram de qualquer tentativa de fazer qualquer coisa que não seja viver ao abrigo da segurança do “negócio de família”. Cada um que faça seu exame de consciência. Entre as duas ditaduras, pelo menos a do concurso público tem algum viés de mérito, ainda que questionável. A dos filhinhos de mamãe, ou de papai, não. São só ilusão. Eis aí!
Stone Gladstone
12/02/2016 - 15h53
Gostaria de saber o que eles tem a dizer a respeito da privatização ou terceirização do funcionalismo público.
Daniel De Melo Boreal
12/02/2016 - 15h51
bom artigo, e incluo, com intensão despretensiosa mas com a vivência de quem observou por muito tempo – por isso acho que posso agregar um comentário que reputo útil – a maneira como os institutos que fazem os concursos criam a tal etapa de “investigação da vida pregressa”, que é sempre anterior às provas orais. É uma montagem para investigar quem se adequaria à ideologia corporativa de um neoconservadorismo muito reacionário. Quando se trata de concurso para magistratura e promotoria (MP), isso chega a um nível de segregação ideológica, pois usam um mapeamento feito de coisas insignificantes da sua vida para “valorar suas respostas na fase oral do concurso”; aí nascem os mais puros e perigosos burocratas e com poder decisório de Império Estatal e na condição de proprietários do poder de denunciar e investigar.
Rosangela Merabet
12/02/2016 - 15h50
Rosangela Merabet
Jamicel Silva
12/02/2016 - 15h44
Bom são os cargos comissionados né…
Marcelo D’Emile
12/02/2016 - 15h59
Esses nem deveriam existir, já que se criou concurso justo pra não ter isso
Jamicel Silva
12/02/2016 - 16h01
Pois é…
Jamicel Silva
12/02/2016 - 16h01
Meritocracia passa longe…
Flávio Levi Moura
12/02/2016 - 15h44
Este é um problema mais complexo. Os concursos minimizaram bastante a lógica do privilégio, que sempre manteve o aparelho estatal como um simples apêndice empregatício das elites e da classe média, formando, inclusive, aquilo que o sociólogo FHC denominou de burguesia de estado. Mesmo no âmbito do judiciário e de todo aparato de repressão, os concursos representaram uma possibilidade de meritocracia socialmente referenciada, que até hoje incomoda bastante a elite. É fato que uma parcela do MP e do próprio judiciário, imbuídos pela ascensão social possibilitada por certos cargos, ou por sua própria origem de classe, transformam suas funções e prerrogativas em instrumento de disputa política favorável a direita.
Rodolpho Domingues
12/02/2016 - 15h39
existem muitos negros e mulheres concursados pq é a única oportunidade de trabalho que eles tem, já que o “mercado” é excludente, racista e machista… acho bom o autor do texto diminuir essa generalização…
Marcelo D’Emile
12/02/2016 - 15h58
Os negros não estão nos melhores cargos, basta verificar, geralmente são os técnicos, secretarias, etc.. Médicos, engenheiros, advogados são poucos por ex.
Rodolpho Domingues
12/02/2016 - 16h04
Marcelo D’Emile conheço vários… inclusive um que eu vou fazer tem cota… e sendo técnico, secretária, médico… não faz diferença nenhuma…
Marcelo D’Emile
14/02/2016 - 01h02
Desculpe, achei que os salários mudavam
Rodolpho Domingues
14/02/2016 - 01h05
Marcelo D’Emile e o que tem a ver o salário com o fato das minorias só conseguirem ser incluidas no mercado de trabalho pelo funcionalismo público?
Vanderlei Nunes
12/02/2016 - 15h37
Temos que acabar com essa vagabundagem.
Urbano Sinergia
12/02/2016 - 15h35
Há um estranho fenômeno, neste Brasil dos últimos tempos, que é o de que funcionários da estrutura do Estado se metam a querer tutelar politicamente a Nação, principalmente quando a atividade política lhes é – sábia e claramente – vetada pela própria carreira.
Falta-lhes mandato para fazê-lo, ou para “salvar o Brasil”, embora, aproveitando-se da criminalização geral da atividade política e de campanhas destinadas a angariar, de forma corporativa, apoio na opinião pública para suas teses – o que inclui tentar legislar indiretamente – eles continuem insistindo nisso, como se organizados estivessem em verdadeiros partidos.
Daniel De Melo Boreal
12/02/2016 - 15h42
boas considerações.