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Esta semana, o jornalista Leonardo Sakamoto estampou a edição do semanário mineiro Edição do Brasil. Na capa, a manchete apresentava entrevista com suposta afirmação de que ele teria dito que “aposentados são ‘inúteis à sociedade’”. O curioso é que a publicação usou trechos de artigo publicado originalmente pelo comunicador há dois meses, em blog mantido pelo Uol, totalmente fora de contexto e sem o tom “irônico” usado por Sakamoto à época. A confusão resultou em transtornos, além de ameaça de morte.
Sakamoto falou sobre o caso pelas redes socais e, em novo texto divulgado pelo Uol, escreveu sobre “Dez impactos imediatos causados por uma mentira difundida pela rede”. Em um dos tópicos, o jornalista reproduz as ameaças que tem sofrido depois da capa do Edição do Brasil. Identificado como Júlio Cavalcante Fortes, de Rio Branco (AC), um internauta diz que Sakamoto deveria ser morto a tiros. “Vou distribuir este escarnio para todo o Brasil. E vamos aguardar no que vai dar. Gostaria muito de enfiar cinco balas 1.40 no meio da testa deste filho da puta para ele nunca mais falar mal dos idosos”, escreveu na mensagem divulgada em modo “público”.
Além disso, Sakamoto falou sobre pessoas que não o conhecem, mas acabaram compartilhando a capa do jornal indignadas, das mensagens de raiva que recebeu nos últimos dias, das montagens que têm circulado na rede com supostas frases ditas por ele e da tentativa em vão de tentar explicar que nada do que o jornal divulgou é verdade.
“As redes de ódio ignoram e continuam divulgando o conteúdo original. Como um desmentido não é lido com a mesma voracidade que uma acusação, e como as pessoas só leem título e foto na internet antes de comentar, a porrada continua. Na verdade, o conteúdo não mais importa, nem o desmentido, nem a informação. Passo a ser obrigado a provar de que não falei aquilo e não o contrário. É raiva, apenas raiva que flui”, escreveu Sakamoto.
Agora, ele comenta que está em busca de medidas judiciais cabíveis para o caso.