Decisão atinge usinas com custo acima de R$ 420/ MWh
no Ministério de Minas e Energia
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, em sua reunião de fevereiro, realizada nesta quarta-feira (03), desligar as térmicas com custo variável unitário (CVU) acima de R$ 420/ MWh, com redução de cerca de R$ 720 milhões no custo de geração do país ao mês, a partir de 1º de março de 2016. A medida adotada, em reunião presidida pelo ministro Eduardo Braga, permitirá que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) troque a bandeira tarifária vermelha pela amarela.
Serão desligadas do despacho na base sete usinas, com capacidade instalada de cerca de 2 mil MW. São as seguintes Usinas Termelétricas: Campos, Mário Lago, Figueira, Sykue I, Cuiabá, Bahia I e Araucária. Essas usinas poderão ser despachadas eventualmente, para segurança do fornecimento elétrico.
Essa é a segunda vez que o CMSE decide pelo desligamento de térmicas mais caras, com reflexo de redução nos valores da conta de luz. Em agosto de 2015, foram retiradas do despacho de base as térmicas com o custo unitário acima de R$ 600/ MWh, o que permitiu redução da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh). Na semana passada, a Aneel reestruturou as bandeiras tarifárias e fixou para fevereiro uma bandeira vermelha de R$ 3,00 a cada 100 kWh. O custo de geração foi reduzido em R$ 1,1 bilhão ao mês com a medida, na ocasião.
A decisão foi tomada após análise dos integrantes do colegiado de que a situação dos reservatórios das hidrelétricas está mais favorável e que a expansão da geração, com a diversificação da matriz. O risco de déficit de energia no país é zero nos subsistemas analisados. De acordo com o CMSE, melhoraram as condições de suprimento energético em comparação ao mês passado, o que permite o desligamento de mais usinas térmicas na base do Sistema Interligado Nacional (SIN).