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Análise Diária de Conjuntura – Tarde – 13/01/2016
Os golpistas parecem não ter percebido, mas dois números divulgados ontem e hoje pelo IBGE abrem perspectivas pouco animadoras para a oposição, no flanco da guerra econômica.
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Um deles é a estimativa de que a safra brasileira deste ano deverá bater novo recorde e alcançar quase 210 milhões de toneladas.
A produção agrícola de cereais e leguminosas, mesmo altamente mecanizada, gera uma quantidade enorme de empregos, inclusive nas fábricas que produzem tratores e acessórios. A perspectiva de um bom volume a ser colhido este ano ajuda a compensar a crise em outros setores da economia.
A outra notícia importante é o aumento das vendas no varejo em novembro, na comparação com o mês anterior.
A comparação com 2014 é ruim, mas o aumento em novembro sinaliza o começo de uma virada.
Talvez 2016 não seja tão ruim como estimam (ou torcem) alguns operadores do mercado.
A agenda política se empobrece a cada dia, tomada por acusações chulas, baseadas em delações prolixas, teorias montadas às pressas e um vazamento indiscriminado de conversas privadas, de fazer inveja a NSA.
O líder da oposição, Aécio Neves, não perde uma oportunidade para açular o golpe. Derrotado o impeachment, resta ao golpismo pressionar os ministros do TSE, porque a cassação do mandato de Dilma é a última esperança de Aécio.
Caso o golpe hondurenho, via judiciário, tenha o mesmo destino do golpe paraguaio, via parlamento, Aécio Neves pode ser considerado carta fora do baralho da política nacional.
Quem assumirá seu lugar, na polarização com Lula, serão outros atores, como Marina Silva, na oposição, e Ciro Gomes, da própria base do governo.
A Lava Jato, por sua vez, vulgarizou-se.
As delações atingem todos os campos políticos, incluindo os US$ 100 milhões de propina para FHC, em apenas um negócio denunciado por Nestor Cerveró. Ou seja, não dá mais para continuar associando o “petrolão” exclusivamente ao PT.
O que a Lava Jato investiga são esquemas de corrupção generalizados em todos os ramos do Estado, e que ocorreram em diversos governos, e que não foram inventados nem organizados pelo PT.
Parte da atenção nacional agora se volta para o tensionamento em São Paulo, entre alguns importantes movimentos de rua, como o Movimento Passe Livre (MPL), e o aparato de segurança pública de São Paulo.
A cobertura da grande imprensa, por sua vez, também se torna notícia, na medida em que os apoiadores das manifestações percebem que a imprensa, ao contrário do que faz durante os protestos coxinhas, apoia a repressão policial e abafa as denúncias de violência das autoridades de segurança.
O governo de São Paulo parece ter entendido que os protestos do MPL, ao não contar com o mesmo apoio midiático e popular que tiveram em 2013, quando foram confundidos com protestos conservadores contra o PT, devem ser reprimidos com severidade, justamente porque, neste momento, a repressão dá votos.
É uma armadilha, porém, que pode se voltar contra os tucanos, porque o processo gera o acúmulo de imagens de violência, que recaem nas costas do governo paulista, consolidando ainda mais a imagem, para o PSDB, de exercer um poder autoritário, truculento e conservador.
As violências vistas nos estados de Paraná e São Paulo, contra professores, estudantes, jovens e agora, contra manifestantes do passe livre, não serão esquecidas.
(Foto dos Jornalistas Livres).
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