Aparentemente, há projetos presidenciais demais para um único PSDB, hoje dominado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG); seu colega Alvaro Dias foi o primeiro a puxar a fila, trocando o ninho tucano pelo PV, mas há ainda duas dissidências no forno; o senador José Serra (PSDB-SP) pode migrar para o PMDB e o governador Geraldo Alckmin namora o PSB; fragmentação da direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com Lula, seja com Ciro Gomes
no Brasil 247
O senador Alvaro Dias está oficialmente desfiliado do PSDB. Em busca de abertura por possibilidade de uma candidatura a presidente em 2018, o senador deve assinar nos próximos dias sua filiação ao PV. Já até gravou programa partidário na nova legenda (leia mais).
A debandada de Alvaro Dias do PSDB, anunciada há alguns meses, pode ser o início do enfraquecimento do maior partido de oposição ao governo, que aglomera muitos caciques dispostos a disputar a Presidência da República para apenas uma candidatura. Até o momento, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB e derrotado nas eleições do ano passado, lidera as disputas internas.
Além do senador paranaense, outros dois pesos pesados do PSDB estudam deixar o partido em busca de uma legenda que lhes garanta possibilidade de disputar a presidência: o primeiro é o senador José Serra (SP), que há mais de um ano mantém namoro com o PMDB, sonhando com uma candidatura.
O segundo é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que, por meio do seu vice, Márcio França, tem intensificado conversas sobre as chances de uma migração para o PSB. Sigla que desde 2014, após a morte de Eduardo Campos, abandonou sua ideologia de esquerda para apoiar a candidatura de Aécio Neves no segundo turno.
A fragmentação dos líderes do principal partido de direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com o ex-presidente Lula, ou com o ex-governador Ciro Gomes, cuja pré-candidatura será lançada no dia 22.