É incrível.
Marina Silva é sempre capaz de nos surpreender com o tipo mais desprezível de trairagem.
Quando o país começa a respirar com a possibilidade de retomar o crescimento e vencer o processo de instabilidade política insuflado pelo golpismo de Eduardo Cunha e seus cúmplices na mídia e no parlamento, vem Marina Silva apostar em mais instabilidade e em mais golpe.
É a cara de Marina apoiar cassação da Dilma no TSE.
Ela não tem cara de golpe paraguaio, que é parlamentar. É sujo e violento, mas tem o verniz, ao menos, de uma participação popular, via seus representantes no congresso.
Marina tem cara de golpe hondurenho, que é ainda mais ardiloso e mais antidemocrático: o golpe judicial.
A coisa é mais grave porque Marina participou do processo eleitoral, e quase ganhou, não fosse tão inconsistente e tão fraca, curvando-se ao Pastor Malafaia ao primeiro embate.
Com Marina, não teríamos podido vencer, como vencemos até o momento, a onda de leis reacionárias que Eduardo Cunha tentou impingir ao país desde sua posse.
Além de ressentida e traíra, Marina agrega outro qualificativo à sua história política.
Golpista.
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No UOL.
(Estadão Notícias).
Marina diz que Dilma não tem mais liderança e defende processo de cassação do TSE
De Ribeirão Preto
07/01/2016 – 11h39
Ribeirão Preto – A ex-senadora e ex-candidata a presidente da República Marina Silva (Rede) retomou as críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que a adversária “não tem mais a liderança política no País nem maioria no Congresso”.
Marina disse que Dilma e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) são os responsáveis pelos desmandos geradores, na avaliação dela, da crise brasileira e defendeu o processo de cassação da chapa vitoriosa das eleições de 2014 como forma de afastá-los do cargo.
“No meu entendimento, o melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque teria a cassação da chapa com a comprovação de que o dinheiro da corrupção foi usado para a campanha do vice e da presidente”, afirmou Marina.
Como já tinha feito, a ex-senadora procurou não defender o processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados, mas discordou da tese do governo de que o procedimento aberto pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é golpe.
“Impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição, foi feito contra (o ex-presidente da República e atual senador, Fernando) Collor, foi pedido pelo PT várias vezes e eles achavam que não era golpe”, afirmou.
Marina disse que a Dilma “não disse a verdade” durante a campanha a presidente em 2014 sobre a economia brasileira, o que apenas agravou a situação do País no ano passado, o primeiro do segundo mandato dela.
“Se (Dilma) tivesse trabalhado com a verdade, assumiria que corríamos grave risco em relação aos inúmeros problemas que tivemos desde 2008. É engraçado porque (enquanto) países do mundo correram atrás para resolver a crise, disseram que era apenas uma marolinha e chegaram a dar lição de moral até para a Alemanha”, afirmou a ex-senadora, em uma crítica também ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das favoritas à eleição presidencial em 2018, segundo as mais recentes pesquisas de intenção, Marina disse que ainda não tem clareza se será novamente candidata. No entanto, ela voltou a criticar os ataques sofridos por ela durante o pleito de 2014, principalmente pelo PT, seu ex-partido político, e pela presidente Dilma.
“Diziam que, se eu ganhasse, o governo não teria maioria no Congresso e hoje a presidente não tem maioria. Diziam que, se eu ganhasse, eu iria tirar alimentos das pessoas pobres e isso ocorre com a inflação que atinge a mesa dos brasileiros. Diziam que, se eu ganhasse, iria acabar com Pronatec e Prouni e isso o atual governo está fazendo. As pessoas projetam em você o que vão fazer”, concluiu.