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Paulo Skaf e os patos da Fiesp

por Altamiro Borges, no Blog do Miro O oportunista Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), deve estar com cara de nádega – ou de pato. Excitado com a conspiração do correntista suíço Eduardo Cunha, que manobrou na Câmara Federal para acelerar o processo do impeachment de Dilma, ele passou a […]

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por Altamiro Borges, no Blog do Miro

O oportunista Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), deve estar com cara de nádega – ou de pato. Excitado com a conspiração do correntista suíço Eduardo Cunha, que manobrou na Câmara Federal para acelerar o processo do impeachment de Dilma, ele passou a pregar abertamente a derrubada da presidenta. Distribuiu bonecos do “pato” – símbolo da campanha dos sonegadores contra os impostos – na marcha golpista da Avenida Paulista e ainda fez a Fiesp aprovar um documento pelo impeachment que relembra o sombrio período em que os industriais paulistas financiaram o golpe de 1964 e apoiaram os crimes da sanguinária ditadura militar.

Sua excitação, porém, durou pouco tempo. O Supremo Tribunal Federal derrotou o golpe do lobista e afastou a possibilidade do assalto ao poder do vice Michel Temer – que o falso peemedebista Paulo Skaf jura representar junto ao empresariado. Para piorar sua situação, o eterno derrotado em eleições – já perdeu duas seguidas para o governo de São Paulo – ainda foi criticado por seus pares. Segundo a Folha deste sábado (19), o industrial José Velloso Dias Cardoso, diretor da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), acha um equívoco a partidarização da Fiesp.

“Quem se posiciona num tema tão agudo quanto esse, logicamente que há polarização, e o outro lado vai te enxergar como inimigo, como adversário… Porque hoje os lados não estão respeitando quem tem a opinião contrária. Quem se posiciona corre esse risco”, afirmou. Ele lembrou que na Abimaq os dirigentes são proibidos de ter atuação partidária, diferentemente do que ocorre na Fiesp. A própria Folha registra que a discussão sobre o tema na entidade não foi tranquilo. “No decorrer do debate, um dos dirigentes afirmou que a Fiesp não deveria declarar-se a favor do impeachment, porque iria derrubar pontes com o governo – e acabou duramente criticado pela maioria dos presentes”.

O oportunista Paulo Skaf, famoso por golpear a democracia na própria Fiesp e por utilizar os recursos bilionários da entidade para seus projetos eleitorais, não conta com unanimidade na sua tese golpista do impeachment de Dilma. O que unifica os empresários paulistas – principalmente os sonegadores – é a luta contra os impostos. Daí a campanha do “pato”, em que eles tentam envolver os incautos, os verdadeiros patos, na guerra por menos tributos – para os ricos. Sobre o tema, vale conferir excelente artigo publicado na Folha  da semana passada por Laura Carvalho.

*****

Quem paga o pato?

A Fiesp oficializou na segunda-feira seu apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, fundada, segundo ela, em uma pesquisa que realizou com 0,7% das empresas do Estado.

A decisão da Fiesp já havia sido antecipada na véspera: símbolo de sua campanha pela redução de impostos, seu pato serviu para alegrar as muitas crianças que passeiam pela Paulista aos domingos.

Mas as ações da federação também servem para deixar clara a origem de vários dos erros de política econômica cometidos pelo governo Dilma desde seu primeiro mandato.

Os dados apresentados por Rodrigo Orair no “Texto para Discussão” número 2.117 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que a carga tributária brasileira, que subiu cinco pontos percentuais –de 27% para 32% do PIB– entre 1995 e 2002, chegou ao patamar de 33,7% em 2007, mas se manteve relativamente estável desde então.

O estudo esclarece, entretanto, que o que aumentou a arrecadação entre 2005 e 2014 foram os tributos sobre a folha de pagamentos e os rendimentos do trabalho, devido à expansão da massa salarial e do nível de emprego formal no período. Os impostos sobre o lucro das empresas e sobre bens e serviços, ao contrário, contribuíram para uma redução da carga tributária de 2,3 pontos percentuais.

Na realidade, o setor empresarial foi o maior beneficiado pela expansão fiscal do primeiro governo Dilma Rousseff, que se deu essencialmente pela via das desonerações tributárias e outras formas pouco criteriosas de subsídios às suas margens de lucro. Desonerações que, diferentemente dos numerosos itens aprovados no ajuste fiscal de 2015, que já bateram –direta ou indiretamente– no bolso dos trabalhadores, ainda não foram eliminadas pelo Congresso.

Além disso, assim como em quase todos os países da OCDE, até 1995 também se tributavam dividendos no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) no Brasil. De acordo com outra pesquisa recente de Orair e Gobetti do Ipea, essa isenção de IRPF sobre os lucros convertidos em renda pessoal é o principal fator que explica por que os brasileiros que ganham mais de R$ 1,3 milhão por ano pagam apenas 6,7% em impostos, em comparação a uma média de 11,8% pelos que ganham entre R$ 162,7 mil e R$ 325,4 mil.

Uma reforma tributária que vise reduzir impostos sobre o consumo e a produção, e elevar impostos progressivos sobre a renda e o patrimônio, seria muito bem-vinda. O mesmo vale para uma política industrial estratégica.

Esses não parecem, no entanto, ser os verdadeiros alvos da campanha “Não vou pagar o pato”, da Fiesp, que, aliás, vem sendo muito eficaz no cumprimento de seu objetivo. O pato quem vem pagando é o resto da população, ora cedendo suas fatias no bolo cada vez menor do Orçamento público, ora sofrendo as consequências da atuação política da entidade.

A federação pode não ter sido tão sincera quando, acusada pela Comissão Nacional da Verdade de seu envolvimento com os crimes da ditadura militar, declarou, por meio de nota oficial, que sua atuação tem se pautado pela defesa da democracia e do Estado de Direito.

Seus membros mais afoitos devem ser avisados de que, desta vez, podem não contar com o apoio nem do governo americano nem de nossas Forças Armadas para o desmonte das instituições democráticas brasileiras.

 

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Comentários

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Misael B. S. Filho

24/12/2015 - 02h28

Paulo Skaf é um laranja da parte podre dos Grandes Capitalistas de São Paulo, ele é pago para fazer o serviço sujo, empresário ele nunca foi é um incompetente e explorados do ramo imobiliário.

Maria Valvano Darwich

24/12/2015 - 01h47

Se fu!!! Kkk

Sergio Mallaco

23/12/2015 - 23h20

Dilma / LULA lá / Jandira

Luis Fernando Lopes

23/12/2015 - 21h11

Enquanto gasta milhões com seus patinhos omite centenas de demissões no SESI SENAI

    Wellington Lima

    24/12/2015 - 12h26

    Só falta descobrirem que os patinhos foram fabricados na China para defenderem a indústria nacional. Sei lá. Dessa gente pode-se esperar qualquer mico.

Leo Sérgio Campos

23/12/2015 - 17h57

Skafa demonstra que não quer o bem do Brasil. trabalha contra o desenvolvimento, e articula movimentos de empresas contra o governo, sai pra lá entrega a mordomia na federação , vcai fora.

Fernando Loureiro

23/12/2015 - 12h08

Não sei o que teria levado Mark Zuckerberg a comprar o WhatsApp. Sei que ele esta dando uma canseira nas telefônicas e no Skype. Creio que ele e Bill Gates têm claro que, se são bilionários, é pq houve uma demanda que possibilitou tal acúmulo de capital e tentam equalizar tal fato. O que a Fundação Bill e Melinda Gates faz na África não esta no gibi.
Não conheço nenhuma iniciativa do Senhor Jorge Paulo Lemann em prol da população do interior do nordeste brasileiro que enfrenta a maior crise hídrica dos últimos 5 anos.
Conheço a iniciativa do presidente da FIESP, Senhor Paulo Skaf, contra uma CPMF de 0,2%. É muita canalhice!!!!!

Vera Lucia Alves Milanez

23/12/2015 - 11h57

e como é feio , esse cara, tadinho!

Livia Cassandra

23/12/2015 - 11h55

O Skaf pateta
Botou um marreco
Em plena avenida
Feito pixuleco

Fingiu pro povo
Que era coisa séria
Fez papel de bobo
Batendo panela

Lá vai o Skaf
Pato aqui pato acolá
Não paga o pato
Mas o mico vai pagar

Rose Andrade

23/12/2015 - 10h09

POR ISSO ELES QUEREM O IMPEACHMENT ….

Rose Andrade

23/12/2015 - 10h09

POR ISSO ELES QUEREM O IMPEACHMENT ….

Gf Andrezão

23/12/2015 - 02h41

Esse skaf é uma piada..!!

Raquel Santos

22/12/2015 - 22h38

Ricardo Hatori

É isso. Quem apoia o impeachment são muitos; Patos.

Vc entendeu de outra forma?
Lembra durante a passeata PASSE LIVRE?

CARTAZ “SOMOS MUITOS CUNHAS”

POIS É QUEM APOIA O IMPEACHMENT O CARTAZ DEVE SER : SOMOS MUITOS PATOS

Para apoiar o impeachmemt apoiadp pelo FIESP só pode ser pato.

Entendeu ? Rsrsrsrs

Eu nao apoio o impedimento, portanto não sou pato.
Nao me dx manipular., Mídia, PSDB, PMDB…….É GOLPE SIM, NAO TENHO DÚVIDAS.

ABRAÇOS

Lucia Andrade

22/12/2015 - 22h32

Mariana Roberto

    Mariana Roberto

    22/12/2015 - 22h42

    com um povinho q nem esse q tem aqui nesse país, até eu iria para Paris kkkkkkkkkkkkkk

Ricardo Hatori

22/12/2015 - 22h07

Quando se fala em Fiesp, pense em quem são os industriais de SP, lembre-se de seus Partidos Políticos e pergunte-se se ela e eles apoiaram o golpe de 64 e a ditadura militar.
Só pergunte-se.
Fiesp e Rede Golpe (e demais do PiG) juntas?
É golpe!

Petralha Zuero

22/12/2015 - 21h42

Edson Mário

22/12/2015 - 21h04

https://www.youtube.com/watch?v=R7xRtSUunEY

Raquel Santos

22/12/2015 - 19h31

Acham que estão pagando o Pato.
Inocentes….São “O pato”

Na proxima passeata, deveriam carregar cartaz de Pato escrito somos muitos.

Eduardo Benzatti

22/12/2015 - 18h27

Sonegador de IPTU!

Diana De Castro Teles

22/12/2015 - 18h24

Qua qua qua qua não seria Paulo Squaf

Enio

22/12/2015 - 09h52

Skaf criou o patão de tróia.
O pato representa o tamanho do medo dos sonegadores com a implantação da CPMF, que fiscaliza todas as rotas do dinheiro bancário rumo aos paraísos fiscais e esquemas de lavagem de dinheiro. Os ricos sonegadores não querem pagar impostos devidos e querem que os patos paguem por eles.


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