O dia trouxe grandes e importantes derrotas para o golpismo.
Provavelmente enterrou o impeachment para todo o sempre.
As manobras de Eduardo Cunha foram quase todas derrubadas no Supremo Tribunal Federal (STF).
A chapa avulsa, jogada espertinha de Cunha para tirar poder das lideranças partidárias (na maioria anti-impeachment), foi derrubada no STF.
A Câmara terá que refazer a votação da comissão do impeachment, desta vez numa situação humilhante para a oposição, porque o STF criminalizou os procedimentos das alas golpistas alinhadas a Cunha.
Leonardo Picciani, da ala antigolpe do PMDB, reassumiu a liderança do partido na Câmara.
Todos gols da ala golpista da Câmara foram anulados. A partida recomeça do zero.
A nova comissão terá de ser formada por membros indicados pela liderança dos partidos.
Mais importante: STF decidiu que o Senado pode rejeitar um pedido de impeachment aprovado por uma comissão da Câmara.
No Senado, a maioria do governo e, sobretudo, a maioria antigolpe, é bem mais firme que na Câmara.
O governo ganhou segurança dupla contra o golpe: na Câmara, com a derrubada da chapa avulsa, e no Senado, com o empoderamento que lhe conferiu o STF.
As rodas da política registram uma reviravolta e passaram a girar rapidamente contra o golpe.
Os golpistas, além disso, ainda estão atônitos com a força das manifestações anti-golpe, que conseguiram ser maiores que as marchas coxinhas, mesmo numa conjuntura tão difícil.
O movimento antigolpe registrou vitória nas ruas, no STF e no Parlamento.
Cheque mate na oposição.
Hoje, um grupo de artistas esteve em Brasília, no Planato, na Câmara e no Senado, para se manifestar contra o impeachment.
O Congresso voltou a trabalhar em harmonia com o Executivo, restaurando um pouco da estabilidade política que o cunhismo midiático tentou destruir ao longo de todo o ano.
Hoje mesmo, o Congresso aprovou o Orçamento Federal para 2016.
O ano vai terminando com uma grande, histórica, épica vitória da legalidade contra o golpe.
Pra completar o quadro de boas notícias, o incompetente do Levy já anunciou, em reunião hoje do Conselho Monetário Nacional (CMN) sua saída do Ministério da Fazenda.
Em seu lugar deverá entrar alguém ligado ao setor produtivo, mais preocupado com empregos e atividade econômica.
O comentarista político da Globo, Merval Pereira, havia previsto que todos os ministros votariam alinhado com Edson Fachin.
Perdeu. Não aconteceu nada disso.
Chora Merval. Chora mais uma vez.
PS: a votação no STF, salvo engano, ficou assim:
A favor do voto aberto 5×5
Barroso, Weber, Fux e Carmen, Marco Aurélio X Fachin, Toffoli, Teori e Gilmar, Celso de Melo, Lewandowski
Poder do Senado 7×3
Barroso, Teori, Weber, Fux, Carmen, Marco Aurélio, Celso de Mello X Fachin, Toffoli, Gilmar, Lewandowski
Chapa única 6×4
Barroso, Teori, Weber, Fux, Carmen, Marco Aurelio X Fachin, Toffoli, Gilmar, Celso de Melo, Lewansdowski