Ninguém pode negar que a Lava Jato marcou um golaço com a prisão de Delcídio do Amaral.
Independente das polêmicas jurídicas sobre a validade constitucional de sua prisão, a sua queda foi merecida.
Delcídio é um ladrão.
Senador, petista (um petista de origens tucanas e tendências atucanadas, mas petista), líder do governo, e ladrão.
Nesse tempo inteiro, a gente travando uma luta terrível para evitar um golpe, e Delcídio, ocupando um cargo estratégico, apenas cuidava de salvar a própria pele.
Ou seja, Delcídio não estava nem aí para o povo ou para a democracia.
Pensando em retrospectiva, era estranho que Delcídio não tenha dado uma entrevista contra o golpe, nem protagonizado nenhuma articulação mais visível em favor da presidenta.
Agora está explicado.
No entanto, menos mal que o senador tenha ao menos a dignidade de não aderir ao golpismo premiado dos procuradores da Lava Jato, que não escondem seu objetivo: destruir os partidos e organizações políticas dos trabalhadores, destruir a Petrobrás e, se isso for preciso para aniquilar o PT, destruir a economia brasileira.
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No Brasil 247.
DEFESA DE DELCÍDIO DESCARTA DELAÇÃO PREMIADA
Quem afirma é o assessor do parlamentar, Eduardo Marzagão; “Ninguém, em segundo nenhum; nem advogado, nem familiar; ninguém nunca cogitou ou propôs a ele que fizesse delação premiada”, afirmou Marzagão, tendo por base conversas com os advogados de defesa e com parentes do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi preso na semana passada.
1 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 12:20
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não pretende fazer acordo de delação premiada, de acordo com Eduardo Marzagão, assessor do parlamentar. Delcídio foi preso semana passada numa das fases da Operação Lava Jato.
“Ninguém, em segundo nenhum; nem advogado, nem familiar; ninguém nunca cogitou ou propôs a ele que fizesse delação premiada”, afirmou Marzagão, tendo por base conversas com os advogados de defesa e com parentes do senador.
Os advogados de defesa pretendem apresentar ainda esta semana um “pedido de relaxamento” da prisão, sob a justificativa de que o senador em nenhum momento tentou obstruir as investigações que estão sendo feitas em decorrência da Operação Lava Jato. Marzagão disse ainda que isso deve ser feito após o segundo depoimento do senador às autoridades, previsto para os próximos dias.
Na sexta-feira (27), Delcídio recebeu a visita da esposa, Maika do Amaral Gomez. Está prevista uma nova visita dela ainda esta semana. De acordo com o assessor, Delcídio tem sido “super bem tratado” na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 25, após ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Leitura
O senador tem dedicado parte do seu tempo à leitura. Atualmente está lendo o livro Brasil: Uma Biografia, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling. Nos primeiros dias leu o livro A Origem do Estado Islâmico, do jornalista irlandês Patrick Cockburn. Os dois livros foram presenteados por Marzagão.
Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para evitar a citação do nome do parlamentar nas investigações. Delcídio teria oferecido também ajuda política no Poder Judiciário em favor de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.