O cenário apocalíptico descrito pela mídia é tão dantesco que a gente fica até intimidado de dar alguma tímida notícia boa.
Outro dia, participei de um debate na Fiocruz, com alguns economistas, e eles me falaram sobre o Japão, que viveu recentemente, durante anos consecutivos, fortes déficits orçamentários: de 4,5,6 até 8%.
No Brasil, quando o déficit é de zero vírgula alguma coisa, e apenas num ano isolado, a mídia diz que o mundo vai acabar.
A dívida pública japonesa em 2014 correspondia a 230% do PIB, enquanto a do Brasil, menos de 60%.
O Japão enfrentou tsunami com vazamento radioativo. Tem terremotos. Não tem recursos naturais. Tem uma população envelhecida.
E o Brasil, com sua população jovem, riquíssimo em recursos naturais, com endividamento baixo, com reservas internacionais em nível recorde, é que está em crise terminal?
Bem, não me perguntem por que, mas segundo o Ibope e a CNI, o índice de expectativa do consumidor vem melhorando – timidamente – desde outubro, após ter chegado ao fundo do poço em setembro.