Ontem, pela terceira vez em duas semanas, as mulheres voltaram para as ruas.
Protestaram contra Eduardo Cunha e o projeto misógino de lei PL 5069, que dificulta o atendimento de mulheres que sofreram abuso sexual.
As mulheres estão unidas e não vão descansar.
Ontem o jornal The Guardian publicou uma reportagem sobre a campanha #primeiroassédio criada pelo coletivo feminista Think Olga.
A campanha, que fez com que mulheres corajosas contassem as histórias dos seus primeiros assédios, ganhou uma hashtag em inglês #firstharassment e, agora, corajosas do mundo todo compartilham seus causos.
Terríveis.
Também ontem, a vlogueira Jout Jout foi ao Jô Soares e driblou uma afirmação bastante preconceituosa do apresentador.
Jout Jout ganhou notoriedade com o vídeo “Não tira o batom vermelho”, onde reflete sobre relacionamentos abusivos.
A ideia do vídeo surgiu depois que uma amiga lhe contou que o namorado balançou um guardanapo na cara dela e disse para tirar o batom vermelho porque estava com cara de puta.
Jô Soares durante a entrevista disse: “Mas não dá para sair por aí com cara de puta”.
Quem viu a entrevista, percebeu o visível desconforto de Jout Jout com o apresentador. Ela respondeu: “Mas o que é ter cara de puta?”.
Nesta manhã, para fechar a semana bem conturbada, a cantora Clarice Falcão divulgou o clipe “Survivor”, uma versão da canção da banda “Destiny ‘s Child”.
O clipe conta com mulheres interagindo com um batom vermelho. (Talvez uma referência para o vídeo da vlogueira Jout Jout?)
Entre estas mulheres estão Luíse Bello, manager de conteúdo do Think Olga e a escritora Adriana Falcão, mãe de Clarice.
Assista abaixo o clipe de Clarice Falcão: