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Manifesto contra a hegemonia do cinema americano e pelo empoderamento de mais mulheres no cinema

Por Priscila Miranda, no Facebook do Cafezinho. É uma luta urgente e necessária. A luta contra a hegemonia do cinema norte americano. Me chamo Priscila Miranda. Sou mulher nascida e criada no bairro da Penha, bisneta de escravos, e filha de mãe solteira. Apaixonada por cinema, cresci assistindo filme como conseguia e acompanhei o fechamento […]

6 comentários
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Por Priscila Miranda, no Facebook do Cafezinho.

É uma luta urgente e necessária. A luta contra a hegemonia do cinema norte americano.
Me chamo Priscila Miranda. Sou mulher nascida e criada no bairro da Penha, bisneta de escravos, e filha de mãe solteira. Apaixonada por cinema, cresci assistindo filme como conseguia e acompanhei o fechamento das salas de cinemas do lugar em que morava. Não existia internet e vi surgir o video cassete aos 8 anos.

Adulta resolvi fazer minha pequena revolução. Contrariando as estatísticas do mundo do audiovisual, 85% masculino seja da realização a exibição, 90% burguês. E quase 100% americanizado. Decidi contribuir para mudar o cenário, abri uma distribuidora de filmes, com a qual poderia difundir um cinema que julgo diferente e ferramenta fundamental para geração de mudanças. A Tucumán é uma distribuidora só de mulheres e não é qualquer mulher, é da baixada a mangueira. São todas guerreiras. Temos aqui uma geração oriunda das mudanças sociais do país e que comigo constrói esse lugar de um cinema diferente, esse lugar da pluralidade, o lugar em que tentamos dar acesso a obras que são engolidas pelo cinemão.

Essa semana lançaremos um dos melhores filmes dos últimos anos, um filme político, um filme criativo. Um filme que resgata o sonho chamado cinema. Peço que este filme seja a nossa bandeira, a nossa munição nessa batalha que travamos todos os dias contra a hegemonia de uma única narrativa, por mais diversidade de gênero, por mais salas exibidoras, por mais voz nas redes e mais liberdade.

As Mil e Uma Noites não poderia ser melhor bandeira para essa luta: é um filme de histórias reais e diversas, dá voz a diferentes personagens do povo português, é fabula, é surreal e extremamente político. E é narrado por uma astuta Sherazade, a de Miguel Gomes que durante o filme é várias, punk, gênio e sobretudo revolucionária.

Podemos mudar a realidade do enlatado em que a cultura se transforma e mudar isso é fácil, mudamos consumindo cultura, sabendo o que consumir.

Conspire, compartilhe o trailer desse nosso filme e de tantos outros que tentam fazer a diferença e assista, corre para o cinema. Essa mudança esta nas nossas mãos.” Dia 12 de novembro As Mil e Uma Noites de Miguel Gomes – em cartaz ?#?agoraequesaoelas?

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Miguel do Rosário

12/11/2015 - 17h33

Patético é você. O filme é português. Não tem incentivo de lei rouanet. E para aprender a curtir inclusive o lado bom do cinema americano, é preciso aprender a conhecer outras coisas legais de outros países.

Carlos Dias

12/11/2015 - 14h38

Gostei. Adoro tudo alternativo.

Steiger

12/11/2015 - 14h27

Corrigindo mensagem anterior:

Nunca lí tanta bobagem. O cinema norte-americano é hegemônico pq é bom, se fosse ruim não seria hegemônico. Quem sabe se seu filme for bom não vira um blockbuster?
No mínimo você deve ser mais uma comunista que vai precisar de um incentivo da Lei Rouanet pra lançar mais uma entre as tantas porcarias lançadas pelo cinema nacional.
Patético!

    Moacir

    14/11/2015 - 11h11

    O cinema americano é hegemônico porque o país é politica/econômica/culturalmente hegemônico. Hegemonia não é coisa que se improvise. E, ai dos vencidos!…

Steiger

12/11/2015 - 14h26

Nunca lí tanta bobagem. O cinema norte-americano é hegemônico pq é bom, se fosse ruim. Quem sabe se seu filme for bom não vira um blockbuster?
No mínimo você deve ser mais uma comunista que vai precisar de um incentivo da Lei Rouanet pra lançar mais uma entre as tantas porcarias lançadas pelo cinema nacional.
Patético!

    Mauricio Gomes

    12/11/2015 - 18h24

    Esse deve ser mais um que foi currado por um coleguinha comunista no recreio da escola, daí todo esse ódio. Se o comunista aparecer de novo, a criatura não vai aguentar de tanta emoção….hehe


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