MTST pede: “Luta sem trégua contra a escalada fascista”

No GGN

O MTST pede “luta sem trégua contra a escalada fascista”, denunciando que está sendo alvo “dos mais sórdidos ataques pela mídia e pelas redes sociais com o objetivo claro de desqualificar a luta por moradias, a mobilização popular em defesa de uma sociedade justa e democrática e tentar insuflar a opinião pública contra militantes e dirigentes do movimento social”. Os ataques se intensificaram, segundo o movimento, após o conflito com o Movimento Brasil Livre (MBL), na última quarta (28), em frente ao Congresso Nacional.

Os militantes do MTST protestavam contra a aprovação da Lei Antiterrorismo, em frente ao prédio do Distrito Federal, em Brasília, quando um grupo de acampados do MBL, que estão no local em ato pelo impeachment da presidente da República, provocaram os manifestantes dos Sem Teto. De acordo com o MTST, a provocação ocorreu “covardemente”. “As duas manifestações são legítimas e fazem parte do jogo democrático. Tanto é que a militância do MTST só revidou depois de sofrer muitas ofensas pessoais e às suas condições sociais. E só revidou diante das atitudes preconceituosas e arrogantes do grupo do MBL”, publicou, em nota.

Entretanto, as ameaças não cessaram na quarta-feira. Após o conflito, os dirigentes e militantes do MTST afirmam que foram atacados e criminalizados. Eles afirmam que a escalada de ofensas “não é novidade”, a exemplo do que ocorreu no último mês com o líder do MST, João Pedro Stedile, o professor Mauro Iasi, dirigente do PCB; a professora Bia Abramides, dirigente da Apropuc; e Guilherme Boulos, da coordenação nacional do MTST.

“O modus operandi dessas brigadas é sempre o mesmo: tentam desqualificar os movimentos sociais e as organizações políticas de esquerda na mídia, atacam com ferocidade no Facebook, inclusive com ameaças de morte, destilam o anticomunismo e tentam criar a indisposição da opinião pública com as lutas de tais movimentos e de suas lideranças”, criticou Boulos.

Diante das ações, o movimento conclamou outros movimentos populares, sociais e democráticos a “uma luta sem trégua contra a escalada fascista que está sendo ensaiada por quem defende os privilégios das elites e o modelo neoliberal excludente”. “Precisamos urgentemente rechaçar as intimidações, as ameaças e as manobras que tentam frear a luta por direitos e conquistas dos trabalhadores e do povo”, defenderam.

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