Análise Diária de Conjuntura – 30/10/2015
A crise política amainou um pouco. A esperança do golpismo volta às conspirações midiático-judiciais. Os jornais estão cheios de notícias bombásticas sobre filho de Lula, amigo de Lula, etc.
No Globo, manchete simbólica dos tempos atuais:
No ano passado, a Polícia Federal apreendeu um helicóptero com meia tonelada de cocaína.
O helicóptero pertencia ao senador Zezé Perrela, grande amigo de Aécio Neves.
Por que a imprensa não deu notícias sobre o “amigo de Aécio”?
Depois de dez meses, é hora do governo começar a governar. Para governar, é preciso fazer política, não apenas na relação com partidos e parlamentares, mas sobretudo com a sociedade.
Qual o canal de comunicação política entre governo e sociedade? O Programa Dialoga pode ser legal, mas não é disso que eu falo.
Refiro-me a um canal político, onde o governo converse diariamente com a população, respondendo ao noticiário, oferecendo propostas, explicando os problemas econômicos.
Enquanto não montar um PAC da Comunicação, o governo vai continuar perdendo as batalhas políticas e o golpômetro continuará instável.
O golpe só não acontece porque há um sentimento de resistência democrática difuso na sociedade, que não tem permitido que isso ocorra.
As pessoas tem críticas ao governo, ao PT, à Dilma, mas porque querem algo melhor. PSDB, Cunha, DEM, é o pior, e para isso servem as urnas, para o povo dizer quem ele quer ou não.
O clima na Câmara continua tenso e radicalizado, mas porque setores do PSDB relutam em aceitar que o golpe morreu.
Ao governo, interessa aprovar os vetos presidenciais às pautas-bomba, um problema criado pela própria Câmara.
A tendência, no entanto, é que sejam aprovadas, visto que dois terços já o foram.
Isso acontecendo, a estabilidade política estará garantida.
Hoje eu participei de um debate com João Sicsú e Marcio Pochmann, no Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro.
O evento teve a participação de representantes dos principais movimentos sociais, como MTST, MST e Levante da Juventude (ligado ao MST).
A grande preocupação de todos é com o apagão político do governo. A política econômica é feita sem pensar no estrago que produz no conjunto dos movimentos sociais, dificultando a defesa do governo contra o golpe e contra a direita.
Não há diálogo. Não há cuidado. Não há comunicação.
Há grande preocupação ainda que o aumento do desemprego provoque o agravemento da crise política.
Pochmann mencionou a necessidade de refazer uma política industrial.
Sicsú atacou os erros da política econômica, enfatizando que não se trata de uma política do ministro da Fazenda, e sim de uma orientação do próprio Palácio do Planalto.
De maneira geral, todos concordam que vivemos uma situação esquizofrênica: defender o governo e Dilma e derrubar a sua política econômica.
É uma fórmula maluca, mas é a única fórmula encontrada pelos movimentos sociais para continuarem sustentando o governo.
Eles explicaram, porém, que o governo perderá base social e, com isso, se fragilizará ainda mais, se não construir uma política voltada para a manutenção do emprego, em especial voltada para a juventude, onde o desemprego hoje está mais de 40%.
Fred Brasil
31/10/2015 - 02h30
Quem elegeu um congresso cheio de gente escrota foi o povo e agora é ela que tem que descascar esse abacaxi. De um lado tem o governo e do outro pessoas contra o governo que tem praticado ações pra prejudicá-lo mesmo não se importando se isso vai prejudicar o país. Qual lado você escolhe??
Juliana Arquiteta
31/10/2015 - 02h08
E A BANDIDAGEM PETISTA???
JORNALISTAZINHO DE MERDA
SEU CHAPA BRANCA COMPRADO FDP
Roger Gilmour
30/10/2015 - 23h18
Verdade, Miguel. O governo tem – OBRIGATORIAMENTE – que ter um porta voz.
Gf Andrezão
30/10/2015 - 22h01
Força Dilma… Fale com seu povo… Estamos te esperando para dar virada…pra cima deste canalhas que querem o poder…só que aqui não…!!!!
Derli Ferreira
30/10/2015 - 19h46
O medo venceu a (d) esperança do PT.
A dirigente e o dirigente-mor não têm mais coragem de se dirigir à nação e vivem mandando recado em eventos internos do partido ou de apaniguados. Essa nau está à deriva, refém do PMDB e de Cunha.
Derli Ferreira
30/10/2015 - 19h46
O medo venceu a (d) esperança do PT.
A dirigente e o dirigente-mor não têm mais coragem de se dirigir à nação e vivem mandando recado em eventos internos do partido ou de apaniguados. Essa nau está à deriva, refém do PMDB e de Cunha.
Zildo Noh
30/10/2015 - 19h25
Cadê???
Zildo Noh
30/10/2015 - 19h25
Cadê???
Meire Souza
30/10/2015 - 18h10
Quem não se comunica, se trumbica (Chacrinha).
Paulo Machado
30/10/2015 - 17h49
O texto sintetiza como poucos o que penso do atual momento. 1)O governo precisa governar FATO 2) O governo precisa se comunicar melhor com a sociedade FATO 3) O governo precisa aplicar o programa e as propostas que foram escolhidas por milhões de brasileiros FATO. Mas acima de tudo o governo precisa ter coragem coisa que faltou até agora.
Zildo Noh
30/10/2015 - 19h27
Com respeito a Dilma, neste governo falta homem, como Requiao Ciro e costa, ir de frente contra os canalhas.
Zildo Noh
30/10/2015 - 19h27
Com respeito a Dilma, neste governo falta homem, como Requiao Ciro e costa, ir de frente contra os canalhas.
Nancy Soares
30/10/2015 - 17h47
Comunicação do PT zero.