Lições de uma crise quase superada

Brasília- DF- Brasil- 22/10/2015- Sessão extraordinária para discussão e votação de diversos projetos. Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

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Análise Diária de Conjuntura – 22/10/2015

Por Miguel do Rosário, editor do Cafezinho

Bem ensinava Bezerra da Silva que “malandro demais, vira bicho”. A oposição jogou no lixo a oportunidade histórica de aproveitar o estranho e irritante silêncio político do governo pra oferecer soluções criativas aos problemas que enfrentamos. 

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Os cidadãos brasileiros, em especial nas grandes cidades, enfrentam problemas reais, alguns tão exasperantes que chega a surpreender a resignação popular. Não surpreende que a aprovação do governo tenha caído tanto. O que o governo tem a dizer acerca da mobilidade urbana? Por que o assunto não é prioritário no debate público, nas propagandas oficiais, no congresso, na imprensa?

Os programas sociais, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida beneficiaram milhões de pessoas, mas ainda assim não resolvem os problemas estruturais das grandes cidades. As manifestações de 2013 forçaram o governo federal a vir à publico abordar a questão. Por que não voltou a ela? Por que a presidência da república insiste na imagem do Minha Casa Minha Vida, que apesar de sua importância, perdeu o ideal progressista que tinha antes?

O pobre e a classe média não são conservadores em matéria de política econômica, nem a desconfiança contra programas sociais é necessariamente um preconceito de
direita. O brasileiro, porém, tem o orgulho americano, comum a nações emergentes, de querer sentir o seu sucesso como uma conquista pessoal, e não como fruto de uma política do governo.

Eduardo Cunha, aparentemente, recuou hoje em suas manobras pró-golpe, mas obviamente não porque teve um acesso de bom senso, mas porque sentiu a mudança dos ventos. Na capa do site da Câmara, está a notícia de que Cunha agora entende que pedaladas fiscais não são razão para impeachment. Tem que haver a participação pessoal da presidenta. Mas isso não quer dizer, em si, muita coisa, porque, se a oposição tivesse força pra dar o golpe, ela encontraria facilmente uma assinatura qualquer da presidenta que justificasse uma acusação de crime de responsabilidade fiscal.

Boa notícia para o governo, e sinal de que forças profundas no país estão despertando pra necessidade de estabilizar a política e pôr fim ao golpismo de setores da oposição ligados à mídia e à Aécio Neves, como o apoio de prefeitos e governadores à CPMF.

Falta o governo vencer sua ignorância e seu medo em relação às políticas públicas voltadas para comunicação social, que é um direito humano fundamental, sobretudo porque intimamente ligado às liberdades, à democracia, com grande influência sobre o comportamento das instituições judiciais.

As conspirações midiático-judiciais continuam vivas e oferecendo perigo a cidadãos, empresas, parlamentares e governos. Procuradores da Lava Jato vem participando de tertúlias golpistas da alta sociedade e o TCU tornou-se tão despudoradamente partidário que divulgou uma baixaria política criminosa: um documento que traz 13 razões pro congresso ratificar a rejeição das contas do governo.

Ora, Dilma não tocou em nossas reservas internacionais, enquanto FHC as secou em 1998, quando usou de uma política cambia irresponsável para se reeleger. Aquilo sim foi uma pedalada fiscal de proporções asiáticas!

Enfim, a crise política arrefeceu. Dilma está emergindo fortalecida do processo. Espera-se que tenha aprendido a lição e dar à política e à comunicação o valor central que merecem. O preço que o país paga, que todos pagamos, pela negligência a estes dois fatores foi doloroso
demais. [/s2If]

Redação:
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