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Análise Diária de Conjuntura – 21/10/2015
A oposição tornou-se tão patética que agora pretende dar um golpe com base em supostas “pedaladas fiscais” feitas num ano que sequer terminou.
É assim. Os golpistas sabem que a Câmara e o TCU passaram décadas sem julgar, sem analisar, nenhuma conta de governo, e agora pretendem derrubar uma presidenta eleita, num país com 143 milhões de eleitores, com base numa análise “online” das contas públicas?[/s2If]
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No site da Câmara, sabemos que a oposição entrou com novo pedido de impeachment. Os deputados ameaçam inclusive desafiar o Supremo e levar à votação o pedido ao plenário. Neste caso, estarão enlameando ainda mais as suas iniciativas e enveredando para o banditismo político.
Como dizia Marina, é o poder pelo poder. Não se importam se a nata do pensamento jurídico no Brasil considera o seu estrategema um golpe. Não lhes interessa se a imprensa internacional já criticou a sua truculência antidemocrática. Não se preocupam com a desmoralização institucional a que a democracia brasileira estará sujeita se um impeachment mal ajambrado ocorrer.
Não tem planos para o Brasil.
O que eles tem a oferecer em termos de projetos? Qual seria a liderança que assumiria o país?
Os golpistas estão completamente enlouquecidos e não percebem o básico. O impeachment não afeta apenas o PT ou Dilma ou o governo. Afeta os milhões que participaram do processo eleitoral. Milhares, dezenas de milhares de acordos políticos são fechados durante a construção das candidaturas, todos vinculados ao resultado da eleição presidencial.
A eleição produz todo um sistema de alianças políticas complexas, delicadas, que não podem ser desfazidas por um corte sangrento no processo democrático.
Estamos diante de uma ameaça que agride profundamente a liberdade política dos indivíduos. Escolhemos nosso governante por conta de nosso julgamento moral e político. Não fomos comprados com dinheiro de campanha, acompanhamos os erros do nosso candidato e do governo, e mesmo assim os escolhemos, ou os rejeitamos. É um julgamento livre e subjetivo, e que corresponde ao que deveria ser a essência da nossa liberdade política, o centro nervoso de uma democracia.
Querem jogar tudo isso fora?
Até quando abusarão da nossa paciência?
Dilma tem enfrentado as conspirações midiático-judiciais com uma resignação e uma doçura sem igual. Ninguém pode acusá-la de desrespeito, verborragia, exagero, violência verbal. Com todos seus defeitos, Dilma se afirma como um de nossos governantes mais radicalmente republicanos e democráticos.
Sergio Moro continua em sua cruzada para manter executivos presos por tempo indeterminado, usando a prisão como forma de tortura psicológica para forçá-los a aceitar a delação premiada.
Mas a tática parece ter se esgotado. Quem tinha que delatar já delatou. Marcelo Odebrecht, o todo-poderoso da Odebrecht, não delatou até agora e já deixou claro que não o fará, apesar da campanha na imprensa.
Uma hora ou outra, as torturas não poderão seguir adiante.
Os procuradores da Lava Jato tentam, então, pressionar a Odebrecht através do vazamento criminoso de emails sigilosos, prejudicando deliberadamente companhia para que ela aceite participar da conspiração política na qual se converteu a Lava Jato.
O caso Eduardo Cunha serviu para desmoralizar a Lava Jato, porque as provas contra o deputado não vieram de delações, e sim de documentos assinados por ele enviados por autoridades suíças.
O que ninguém está falando, e a imprensa se negará a admitir, é que a degeneração moral da oposição está fazendo com que Dilma Rousseff se fortaleça politicamente.
Dilma era uma presidenta manca, fraca, com problemas políticos notórios, mas ao passar pela prova de fogo de tantos golpismos acumulados, está ganhando força.
Esta é a grande ironia, muito frequente em política.
Em sua ânsia para derrubar Dilma, a oposição a fortalece.
E quando este processo terminar – e terminará alguma hora – a imprensa brasileira também estará marcada pelo triste papel que, mais uma vez, desempenhou, ao não ter feito a necessária denúncia contra as tentativas de burlar a soberania do sufrágio universal.
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