Até Gilmar concorda com Teori e Weber contra Eduardo Cunha

No Valor de hoje:

(…) Mendes concordou com a conclusão dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber de que os procedimentos para um processo de impeachment estão definidos na Lei 1.079 (…)

***

Esse é apenas um trecho. Claro que Gilmar não falou apenas isso. O título do artigo no Valor é estranho: “Ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo”, diz Gilmar Mendes

A Folha também deu destaque a esta parte da fala de Mendes, e que apenas repete o modus operandi de Mendes de falar, fora dos autos, sobre processos que ainda irá julgar.

Gilmar Mendes opera como um juiz político-partidário, sempre.

Estranho porque vemos um ministro do STF, que sempre se posiciou como um deus no olimpo do judiciário e sempre considerou o STF como este olimpo, de uma hora para outra menosprezando o próprio STF.

É claro que Dilma, para vencer o impeachment, terá que ter manter uma base mínima de apoio no parlamento, mas Gilmar está errado.

Segundo a Constituição, mesmo que 100% dos deputados fosse a favor do impeachment (o que não é o caso), mesmo assim não poderiam derrubar a presidente, sem que isso tivesse uma base legal.

O mandato da presidente da república não pertence aos deputados, porque não somos um parlamentarismo. O mandato da presidenta pertence ao povo brasileiro, que a elegeu.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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