Campanha para fortalecer o Cafezinho!

Amigos e amigas, dentro de alguns dias, estrearemos o novo design, além de muitas outras novidades. Prometo que será uma reforma para melhor. O blog ficará mais funcional, mais simples, mais moderno, mais ágil. Terá uma aparência mais profissional sem perder o seu charme blog, a sua singeleza um pouco artesanal.

Tem só uma coisa que certamente não agradará a todos, mas integra uma das estratégias mais importantes para dar sustentabilidade ao blog. As Análises Diárias de Conjuntura serão fechadas para assinantes. Serão apenas as Análises – na verdade, eu comecei a fazê-las já pensando nisso. Todos os outros conteúdos do blog continuarão livres e gratuitos.

As análises de conjuntura serão publicadas às 15 horas, bem objetivas, com uma ou duas laudas.

Apesar da publicidade estar crescendo, as assinaturas continuam o principal subsídio do blog, e considero saudável que a sustentabilidade seja sempre diversificada: assinaturas, publicidade, projetos especiais (vídeos, reportagens, etc).

Então venho aqui repetir minha periódica campanha por mais assinaturas para o blog.

Não vou apelar para nenhum fatalismo dessa vez, tipo SOS Cafezinho, ou ameaçar com o fechamento do blog, porque isso é impossível. O mais trágico que pode acontecer com o Cafezinho é retroceder para um blogspot gratuito e bola pra frente.

Também é impossível o Cafezinho mudar de lado. É um blog de esquerda, que apoia os movimentos sociais, os sindicatos e todas as organizações que defendem a classe trabalhadora e os estudantes.

Da mesma forma, não vamos abandonar o governo Dilma ou o partido dos trabalhadores em seu momento mais difícil.

É muito fácil apoiar o governo quando este goza de popularidade nas alturas, como já aconteceu com Lula e com a própria Dilma. Aliás, na época, alertamos que Dilma não devia se deslumbrar com a alta popularidade. O importante, para qualquer governo ou partido, é construir um apoio orgânico e organizado, não um apoio de “ibope” e “datafolha”.

Quanto ao PT, a mesma coisa. O partido precisa se renovar, criar programas de transparência, democratizar-se, voltar às bases, capilarizar-se, reconquistar a juventude.

Como cidadão brasileiro e blogueiro de esquerda entendo a importância de ajudar o PT a reconstruir a sua imagem.

Não só o PT. Todos os partidos estão em crise e precisam ser melhorados.

Como o PSDB, por exemplo, sairá da armadilha de extrema-direita em que se meteu?

Acho extremamente arrogante, por parte de qualquer um, fazer previsões taxativas sobre o fim de algum partido. Um partido, quando é orgânico, nunca morre. Pode experimentar crises, ficar por baixo, ser perseguido, porque tudo na vida passa por ciclos. Mas sobreviverá – quiçá mais forte, em função da experiência.

Não cometerei o erro de repetir a estratégia fascista de alguns setores da oposição e criminalizar quem pensa diferente de mim. Não, o Cafezinho acredita na democracia, e por isso entende que podemos crescer ouvindo o outro.

Por outro lado, também não sou fatalista. Se derrubarem Dilma e fizerem algum derrotado eleitoral assumir seu lugar, terão cometido o pior de todos os erros, um erro que redimirá todos os erros da esquerda.

E se perseguirem os movimentos sociais, os sindicatos, os blogs, o que será uma consequência necessária da escalada autoritária (cujo primeiro passo seria o golpe), apenas estarão cavando um buraco mais profundo para serem enterrados pela história num momento seguinte.

Se hoje ainda conseguimos constranger os autoritários, os barões da mídia, com a lembrança do que eles fizeram “no verão passado”, a saber, as suas mentiras e conspirações para derrubar Jango, nosso poder aumentará em vinte vezes se eles patrocinarem, pela segunda vez em cinquenta anos, um outro golpe de Estado.

Tirar um partido do poder é muito fácil. Temos eleições de dois em dois anos. Votem em candidatos de outros partidos, assim são as regras do jogo democrático.

O momento é complexo, de crise, mas o Cafezinho acredita que o resolveremos nossas divergências políticas com debate, esclarecimento, informação e pesquisa.

A palavra crise é um dos vocábulos mais antigos e mais ricos do mundo ocidental.

A raiz de crise, “kri”, forma as palavras essenciais da nossa cultura política: crítica, crise, critério, crime, criminoso. Os vocábulos gregos originais remetiam todos ao sentido de “julgamento”, “seleção”, “depuração”.

Até mesmo “grito” vem da mesma raiz, e da palavra grega “kritzo”.

O vocábulo grego “krisis”, segundo o A.Bailly, dicionário grego-francês, significava: ação ou faculdade de distinguir; ação de escolher; ação de separar, dissenção; contestação em justiça, processo; fazer uma acusação; ação de decidir, de onde: decisão, julgamento; julgamento de uma luta. O significado que mais parece com o sentido atual da palavra, em português, é: fase decisiva de uma doença.

Por fim, krisis também significava: explicação ou interpretação de um sonho.

Todos esses significados – decisão judicial, escolha, fase decisiva de uma doença, e até mesmo interpretação de sonhos – conferem à palavra crise uma rica e complexa densidade semântica, sempre coerente com o sentido da raiz kri: de julgamento e escolha.

O momento de “krisis”, portanto, é o momento de fazer escolhas. Para isso, é preciso informação. E a imprensa parece cumprir a missão antes de desinformar e emburrecer.

O que eu sugiro, humildemente, é que os leitores e leitoras apostem num outro tipo de informação.

Em suma, sugiro que assinem o blog O Cafezinho.

A contrapartida, conforme já adiantei acima, será o acesso – mediante login e senha – à Análise Diária de Conjuntura.

Para assinar, entre na página Assine, ou clique aqui. Se já foi assinante ou esqueceu qual é o seu status atual, entre em contato com a Mônica Teixeira, secretária comercial do Cafezinho, pelo email assinatura@ocafezinho.com, ou pelo cel/whatsapp 5521995307519.

Use os mesmos contatos para tirar qualquer dúvida.

Apostar numa informação realmente livre, é apostar na democracia!

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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