O governo dos Estados Unidos ouviu a gritaria dos coxinhas brasileiros, que gritam “vai pra Cuba” diante de qualquer manifestação de um pensamento progressista, e mandou as empresas norte-americanas fazerem negócios em… Cuba.
Mais que nunca, a decisão do governo brasileiro, de financiar o porto de Mariel, em Cuba, se revelou acertada. O Brasil estará em posição privilegiada, com um porto a 200 km do maior mercado do mundo, num país cujas operações comerciais, com os fins das anacrônicas sanções norte-americanas, deverão se multiplicar várias vezes nos próximos anos.
Quer dizer, o porto não é brasileiro, é cubano, mas foi construído por empresa brasileira, com financiamento do BNDES, então teremos sempre posição privilegiada por lá.
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Na Reuters Brasil.
EUA suavizam embargo e facilitam negócios com Cuba
sexta-feira, 18 de setembro de 2015 11:07 BRT Imprimir [-] Texto [+]
Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos emitiram nesta sexta-feira regulamentos que amenizam as restrições para empresas norte-americanas em busca de fazer negócios com Cuba e facilitam as viagens, em mais uma medida para suavizar o embargo comercial em um cenário de reatamento das relações com a ilha comunista.
As regras afetam viagens, telecomunicações, serviços de Internet, operações comerciais, setor bancário e as remessas de valores, e permitem que companhias dos EUA se estabeleçam em Cuba.
“Uma relação EUA-Cuba mais forte e aberta tem o potencial de criar oportunidades econômicas tanto para norte-americanos quanto para cubanos”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, em comunicado.
“Ao suavizar ainda mais estas sanções, os Estados Unidos estão ajudando a apoiar o esforço do povo cubano para conquistar a liberdade política e econômica necessária para construir uma Cuba democrática, próspera e estável”, afirmou.
O gesto surge no momento em que Washington e Havana trabalham para normalizar o relacionamento entre os dois ex-inimigos da Guerra Fria pela primeira vez em mais de um século.
Os regulamentos divulgados nesta sexta-feira são um acréscimo a outros que o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou em janeiro para aliviar o embargo de 53 anos contra Havana.
Segundo as novas regras, as empresas podem abrir escritórios, lojas e armazéns em Cuba. Elas ainda permitem a oferta de serviços de Internet e de telecomunicações entre as duas nações vizinhas.
Embora não alterem o procedimento de seleção para que quer viajar a Cuba, os regulamentos facilitam o trânsito de viajantes autorizados graças ao licenciamento de empresas de transporte, e também cancelam o limite das remessas de valores e possibilitam abrir e manter contas bancárias no país.
(Foto: Cubanos colocam bandeira de Cuba e EUA em prédio perto da embaixada norte-americana em Havana. 14/09/2015. Crédito REUTERS/Enrique De La Osa)
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