Um juiz não deve perseguir ninguém.
Sua postura deve ser de inércia.
Quem acusa é o procurador.
Gilmar Mendes inverte os papeis.
Numa demonstração evidente de desespero, ele desrespeita a Constituição, a democracia e o Procurador Geral da República (PGR), ao enviar um novo pedido à PGR após o anterior ser arquivado.
Mas é coerente com a postura de quem não sabe perder.
Gilmar, um juiz histericamente tucano, não admite a derrota do PSDB nas urnas.
E tenta, reiteradamente, virar o jogo na base do tapetão.
Como não sabe perder, não aceita que o PGR arquive o seu pedido.
Para Gilmar, o próprio fato de ter de existir uma investigação sobre as contas já é um incômodo. Ele gostaria de condenar sumariamente, antes mesmo de qualquer direito à defesa, de preferência via decisão monocrática sua.
E qualquer crítica à Gilmar Mendes, é considerada fascismo.
Gilmar é uma das autoridades mais truculentas do país. Processa todo mundo que lhe critica nas redes. Ele pode atacar todo mundo. Pode ofender a presidenta da república, o PT, os réus, seus críticos.
Ninguém pode lhe criticar.
Haverá um momento, porém, que a arrogância de Gilmar será a sua derrota.
E este momento pode estar mais próximo do que ele imagina.
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Gilmar envia novo pedido à PGR e advogados apontam “evidente abuso”
Nesta terça-feira (1º/9), o ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), remeteu novo pedido de investigação contra a campanha da presidenta Dilma Rousseff ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Mendes deixou claro em seu novo pedido que não gostou do fato do procurador-geral ter arquivado pedido anterior. Janot justificou o arquivamento do pedido por entender que não há indícios mínimos para o prosseguimento da investigação e ressaltou que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral estão atuando como “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”, quando a Constituição definiu que os atores principais são os candidatos e os eleitores.
Descontente
“Esta corte bem cumprirá suas funções nesse âmbito especializado e não precisa receber lições nem do procurador-geral da República nem de quem quer que seja. Todavia, no que concerne aos crimes que surgem das apurações, o país depende da diligência da procuradoria para que as investigações e acusações sejam levadas a sério. Por isso, estou reiterando o ofício ao procurador para que prossiga a análise dos fatos devidamente noticiados nesse despacho”, disse Mendes.
Agravo regimental
A insistência de Mendes em reabrir o processo a todo custo levou os advogados da campanha eleitoral de 2014 da presidenta Dilma entraram com recurso para que o TSE reconsidere a decisão do ministro.
De acordo com os advogados, Gilmar Mendes tenta confundir a cabeça das pessoas ao incutir a ideia de irregularidades nas contas de Dilma. O agravo regimental apresentado pela defesa da presidenta ressalta que “é evidente abuso” o pedido do ministro.
“Nada há de novo no conteúdo do despacho que tem o claro objetivo, apenas e tão somente manter constante no imaginário dos cidadãos que as contas da campanha estão eivadas de vícios e irregularidades quando, em verdade, já foram amplamente analisadas e auditadas, como nunca antes de viu na história de nosso país”, argumenta os advogados, que enfatizam que as contas da campanha foram aprovadas pelo TSE justamente por não haver irregularidades.
Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações de agências