Governo vai investir R$ 186 bilhões em infra-estrutura elétrica

Uma pena que o governo seja tão negligente em relação à comunicação, porque há tanta coisa para mostrar, mas não se mostra, ou se mostra mal.

Hoje, por exemplo, Dilma anuncia um novo e gigantesco programa de investimento em infra-estrutura elétrica, que consumirá quase R$ 200 bilhões.

A mídia, naturalmente, costuma abafar esse tipo de iniciativa, e o governo não tem criatividade para produzir uma comunicação que seria fundamental para trazer otimismo à população e aos investidores, ajudando a destravar a economia.

Tinha que produzir vídeos curtos, informais, lançar aplicativos para celular, patrocinar programas culturais, criar infográficos interativos, games, discursos poéticos para Dilma, criação de grupos temáticos de whatsapp. Fazer, enfim, uma grande ofensiva de comunicação no lançamento de cada novo programa de governo, usando ferramentas da alta tecnologia combinadas com técnicas de literatura e cinema.

De qualquer forma, mal comunicado ou não, trata-se de mais um desses programas que mostra um país se fortalecendo e se preparando para o futuro.

Quando vencermos essa mídia apocalíptica e golpista, que, ao invés de informar a população, usa o seu poder para manipular a opinião pública em função de seus interesses políticos, o Brasil poderá aprender a gostar mais de si mesmo, a conhecer mais a si mesmo. Aprenderá, por exemplo, que somos um país que tem desenvolvido, nos últimos anos, sua infra-estrutura de maneira extraordinária.

No Blog do Planalto.

Dilma lança programa que vai investir R$ 186 bi em energia elétrica até 2018

A presidenta Dilma Rousseff, lança nesta terça-feira (11), o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que prevê R$ 186 bilhões em investimentos para expansão da geração e transmissão elétrica no país, a serem contratados entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto.

O programa inclui também os projetos que vão ampliar a oferta de energia e fortalecer o sistema de transmissão para garantir mais energia aos brasileiros a preços competitivos com o mercado internacional, mantendo a matriz elétrica brasileira com predominância de fontes limpas e renováveis.

Serão contratados nesse período, por meio de leilões, R$ 116 bilhões em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão para fornecer mais energia aos brasileiros a preços competitivos com o mercado internacional, para prover ao país a energia necessária ao seu crescimento econômico, mantendo a matriz elétrica brasileira com predominância de fontes limpas e renováveis.

Geração

Dos novos projetos de geração de energia que devem ser contratados, o PIEE prevê que sejam investidos R$ 42 bilhões (até 2018) e outros R$ 74 bilhões (após 2018) para agregar ao sistema elétrico entre 25.000 MW e 31.500 MW. A expansão das energias renováveis – excluindo hidrelétrica e pequenas centrais hidrelétricas – corresponde a quase a metade da potência adicionada, ou entre 10.000 MW e 14.000 MW.

Transmissão

Na transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, com investimentos previstos de R$ 70 bilhões, sendo R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e os R$ 31 bilhões após esse período.

Consolidação

No lançamento, foi apresentada ainda a consolidação dos investimentos contratados em anos anteriores que terão etapas a serem executadas nesse quadriênio. São mais R$ 114 bilhões a serem executados no período (R$ 92 bilhões em geração e R$ 22 bilhões em transmissão), ampliando no curto prazo a oferta de energia. Na geração, entre 2015 e 2018 serão concluídos 35.022 MW, sendo quase 12 mil MW de energia eólica, solar e biomassa.

Quando somados os investimentos que terão execução entre 2015 e 2018, parte deles do Programa e parte provenientes dos projetos contratados anteriormente e ainda em execução, constata-se que o setor elétrico brasileiro concretizará investimentos de R$ 195 bilhões neste quadriênio, sendo R$ 134 bilhões em geração e R$ 61 bilhões em transmissão.

O PIEE consolida a base hidrotérmica do setor elétrico brasileiro, com ampliação da presença de gás natural, em substituição a combustíveis mais caros e mais poluentes, e com uma expansão crescente de outras fontes renováveis, além da hidrelétrica. O programa também aprofundará o caminho da diversificação energética, com a ampliação do uso da biomassa, da energia eólica, e da energia solar fotovoltaica.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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