Os 70 Anos da Bomba Atômica dos EUA em Hiroshima
Por Arthur Poerner
Foi em 6 de agosto de 1945, há 70 anos, quando a ciência política ainda nem havia criado o conceito de terrorismo de Estado, que os Estados Unidos inauguraram o emprego bélico da energia atômica, com o lançamento da bomba sobre a cidade portuária japonesa de Hiroshima.
A guerra contra o Japão já estava ganha e a capitulação do imperador Hirohito se tornara iminente, mas, para os norte-americanos, era a oportunidade de testar o novo artefato.
E a verdade é que os resultados foram promissores: quase 80 mil pessoas mortas de imediato, boa parte delas simplesmente incinerada, sem falar das milhares que morreriam, aos poucos, dos efeitos da radiação, e 90% da cidade arrasados.
Para que não pairassem dúvidas sobre o êxito do experimento, ainda foi lançada, três dias depois, uma segunda bomba atômica, com similares consequências, na cidade de Nagasaki, uma espécie de centro do catolicismo japonês.
E acredito que foi a partir daí que Washington começou com a mania das listas comportamentais, em que distribui notas sobre os melhores e piores do mundo, por exemplo, no combate ao tráfico de pessoas, quesito em que Cuba, como diríamos nos tempos do ginasial, acaba de “passar de ano”.