Delatores voltam a afirmar que começaram a receber propinas na década de 90

A narrativa midiática, que tenta atribuir ao PT a invenção da corrupção na Petrobras, choca-se outra vez com relatos dos delatores.

Novas informações confirmam que a corrupção na estatal é um problema sistêmico que só começou a ser efetivamente combatido no governo Dilma.

Pena que esse combate esteja sendo manipulado com objetivos políticos espúrios, corrompido por vazamentos seletivos e narrativa golpista.

Mário Góes contou à Polícia Federal que incluiu o próprio filho na rede de ilícitos porque ‘nunca imaginou que pudesse ocorrer algum problema’

Por Valmar Hupsel Filho, Julia Affonso e Mateus Coutinho Para o Blogs Fausto Macedo

Em sua delação premiada, o lobista Mário Góes disse à Polícia Federal que achava que nunca teria problemas decorrentes da atividade ilícia que confessou ter praticado porque “pessoas poderosas e até o partido do governo” estariam sendo beneficiados do esquema. O delator não especificou quem seriam os ‘poderosos’.

VEJA OS 13 DEPOIMENTOS DE MÁRIO GÓES

Góes é apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como operador de propinas de empreiteiras junto à Diretoria de Serviços da Petrobrás, cujos beneficiários finais eram o diretor Renato Duque e o gerente Pedro Barusco, segundo os investigadores.

A afirmação foi feita quando Góes explicava porque havia envolvido o filho, que aparece como sócio de uma das empresas usadas pelo lobista no esquema de negócios ilícitos.

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Ele afirma que “nunca imaginou pudesse ocorrer algum problema quanto a essa atividade ligada a Pedro Barusco, uma vez que segundo ele pessoas poderosas e até o partido do próprio governo estaria sendo beneficiado por esse esquema”.

Mário Góes está preso desde fevereiro de 2015.

Os termos da sua delação premiada foram homologados nesta quinta-feira, 30, pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato.

O novo delator da Lava Jato já prestou 13 depoimentos, nos quais apontou valores pagos por empreiteiras ao gerente da diretoria de Serviços da Petrobrás e indicou os caminhos do dinheiro ilícito.

Ele admitiu que usou suas empresas, a RioMarine e a Phad Corporation, para repasse de propinas e lavagem de dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez para a Diretoria de Serviços da Petrobrás.

Liana Carvalho:
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