Mais uma vez preciso de vossa colaboração. Preciso que assistam à entrevista e dêem sua opinião, comentem, destaquem os pontos mais interessantes, critiquem, elogiem, etc.
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Transcrição da entrevista na íntegra:
Presidenta: Quero dizer que é uma reunião dos Brics com muito sucesso. Nós definimos, há um ano e meio, dois anos atrás, a formação do Banco de Desenvolvimento dos Brics e do Acordo Contingente de Reservas. E, nesse processo, o Brics tem uma grande preocupação em concretizar a parceria. Nesse processo, nós conseguimos, nesse período, construir as duas instituições. Ambas tiveram todos os seus processos aprovados pelos países, cada um dos países-membros. Depois, foi constituído tanto o Conselho de Governadores quanto o de Diretores. E agora foi escolhida, também, toda a alta administração do banco, que é composta por um presidente hindu, que é o primeiro, não é? E depois vai ser rodiziado, que é o senhor Kamath, e por quatro presidentes [vice-presidentes] dos outros países. O nosso representante é o Paulo Nogueira Batista, que integra, então, a direção do banco de forma permanente.
Além disso, o que eu acho que é importante destacar, é que nós assinamos, como suporte ao banco também, um acordo entre nossos bancos de desenvolvimento. E isso vai ser importante porque amplia o funding. E o funding, nós sabemos que tem uma escassez na área de infraestrutura. Sem investimento em infraestrutura, você não tem infraestrutura.
Qual é o grande obstáculo? Qual o grande gargalo, para qualquer país do mundo? É um funding de longo prazo. O que é o objetivo do banco, o novo banco dos Brics? É prover, ser uma das fontes. Não é a única, e ele não é substituto de nenhum outro banco. Ele é complementar. Assim como o Acordo Contingente de Reservas, que é a primeira iniciativa, no sentido de ter um instrumento regional, interregional, desculpa, de garantia da, vamos dizer assim, da estabilidade financeira. É um remédio contra a volatilidade financeira.
E, portanto, acredito que esses dois, o arranjo foi feito, já os bancos centrais de cada um dos cinco países Brics assinaram um acordo, ele está estruturado. Esses dois fatores, eu acho que são as principais realizações que a gente comemora nessa reunião. Ele vem da reunião de Fortaleza, foi na reunião de Fortaleza que nós definimos os prazos e as condições, quem seriam os primeiros, como é que se daria, e desembocou aqui, com esse resultado, que eu considero muito positivo.
Além disso, nós estabelecemos agora uma estratégia global de parceria, uma espécie de mapa do caminho, no que se refere às relações entre os Brics. Obviamente nosso foco é muito relações econômicas, mas, crescentemente, algumas questões têm estado na pauta. Eu quero destacar aqui uma que foi bastante enfatizada, tanto na reunião privada como no debate entre os presidentes, como também na reunião pública, eu acho que foi mencionada. Trata-se da questão da cooperação na área cultural. Os Brics consideram isso muito importante. E uma área específica foi: houve o compromisso de a gente aprofundar e fazer uma cooperação de forma mais intensa, para desembocar na próxima reunião, que é a área do cinema. Considerando que toda a indústria do entretenimento é uma indústria que agrega muito valor, que tem valor econômico, social e cultural, nós vamos convergir para uma cooperação forte, na área do cinema. E também considerando que vários países Brics têm uma tradição nessa área, tem Bollywood, há toda a indústria cinematográfica chinesa, tem a indústria russa, e nós também temos. Aliás, eu acredito que na América Latina, no Mercosul, está havendo uma grande… uma revigoração do cinema, como tanto o cinema brasileiro como o cinema argentino, o uruguaio, que tem tido, assim, uma produção intensa. Essas duas coisas se destacam.
Agora, a palavra está com vocês. Ah, e só uma coisa: eu fiz, ainda, várias reuniões bilaterais, com a China, com a Índia, com a África do Sul e com a Belarus.
Jornalista: Presidente, justamente com a bilateral que a senhora teve com o presidente da China. A senhora sabe que hoje continua havendo a degringolada da bolsa, o Brasil é um grande exportador…
Presidenta: Não é verdade. Hoje, a bolsa abriu e houve uma recuperação bastante significativa.
Jornalista: (inaudível)
Presidenta: Eu vi como se vê bolsa: ela vai e volta. Ela tinha tido um pico muito grande, certo? Agora… teve uma queda, agora teve uma recuperação. Vamos esperar que a recuperação seja sistemática e contínua.
Jornalista: Então, só a minha pergunta: a senhora teve então, uma encontro com o presidente da China, eu imagino que a senhora tenha conversado isso com ele, de toda maneira isso pode afetar ou não o Brasil? Ele deu alguma mensagem de tranquilidade que essa situação é passageira, transitória? Porque a China vai adotar medidas para estimular o crescimento, medidas contracíclicas? Qual foi a mensagem que a senhora tirou sobre esse tema específico do encontro bilateral?
Presidenta: Olha, eu achei o presidente, nessa questão, bastante tranquilo, não mostrava nenhuma grande preocupação a esse respeito, inclusive, assim, com clareza a respeito de que o mercado ia recuperar, a China tem suficiente recursos para assegurar isso. E a gente sabe como que é que funcionam mercados financeiros, não é?
Jornalista: A senhora está tranquila, não afeta em nada…
Presidenta: Eu estou bastante tranquila.
Jornalista: Presidente, (inaudível), do Estado de São Paulo. A entrevista que a senhora concedeu à Folha de São Paulo repercutiu muito no Brasil. O senador Aécio Neves disse que golpista é o PT e a oposição acusou a senhora de estar passando por cima das instituições brasileiras. Como é que a senhora responde a essas críticas?
Presidenta: Olha, primeiro eu acho que não se trata de eu ficar aqui debatendo o que aconteceu, o que deixou de acontecer. A verdade é a seguinte: Em momento algum da minha entrevista eu passei por cima de nenhuma instituição. Nem o TCU ainda deu um parecer definitivo sobre as minhas contas, sequer eles abriram a possibilidade de a gente explicar, e nós vamos nos explicar bem explicado, e a mesma coisa o TSE. Então, não passei por cima de nenhuma, nenhuma instituição. Nenhuma instituição se pronunciou. Nesse sentido, é estranho que pré-julguem porque, como eu estou te dizendo, não há uma decisão. Que estranho que se trate como se tendo havido uma decisão, quando não houve a decisão. E acho, também, que é importante que a imprensa esclareça isso, que instituição que você passa por cima quando, não há decisão, não tem como discutir uma decisão que não houve e não tem como pré-julgar, posto que não se sabe qual vai ser a decisão dessa instituição. Ao contrário, quem coloca como já tendo tido uma decisão, está cometendo, eu acho, um desserviço para a instituição, um desserviço para o TCU e para o TSE, porque não há nenhuma garantia que qualquer senador da República possa, muito menos o senhor Aécio Neves, possa pré-julgar quem quer que seja ou definir o que que uma instituição vai fazer ou não. Respeitar a institucionalidade, começa por respeitar as instituições, por respeitar as suas decisões e o seu caráter autônomo, soberano e independente. Então, eu quero dizer o seguinte: A gente não fica discutindo quem é ou quem não é golpista. Quem é golpista mostra, na prática, as suas tentativas, porque começa por isso: pré-julgar uma instituição. Não há dentro, nem do TCU, nem do TSE, a possibilidade de dizer qual vai ser a decisão, até porque o futuro é algo que ninguém controla, nem eu, nem ninguém.
Jornalista: Presidente, (inaudível), da Folha de São Paulo. Eu queria só esclarecer uma dúvida sobre o discurso da senhora aqui dentro. A senhora falou que o país está preparado para o resguardo de milhões de refugiados. A gente não entendeu muito os milhões, a gente queria só esclarecer isso (inaudível).
Presidenta: Eu me referi ao fato que nós, de uma certa forma, por exemplo, todos nós que temos nome de Pereira, o meu, o da minha avó, por exemplo, Coimbra, somos refugiados de alguma forma. O Brasil é um país que sempre acolheu, na sua história, refugiados. Os judeus que fugiram, por exemplo, da inquisição em Portugal. Eu tenho certeza que uma parte dos portugueses que foram para o Brasil, integravam… foram refugiados da inquisição. Eu tenho certeza que uma série de pessoas procuraram, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, o meu pai, procurou o Brasil porque o Brasil era um lugar que era… você se sentia protegido. Recentemente, 60 mil haitianos entraram no Brasil, nós somos um país que convivemos com isso, nós não achamos que ninguém deve ser punido ou deve sofrer as consequências de tentar ir para um país. E também tivemos uma atitude bastante, eu diria, cooperativa, com toda a população que quis vir via Síria. Então quero dizer o seguinte: nós sempre recebemos sim, milhões e milhões de pessoas, não é porque somos 200 milhões. Nós somos 200, mas eu quero dizer que essa tradição é uma tradição que nós preservamos.
Jornalista: …já teve os imigrantes que existem principalmente aqui na Europa, com todos os imigrantes que estão sendo resgatados, o Brasil pretende abrir barreira para eles?
Presidenta: Olha, eu não tenho nada… Eu acho que o tratamento das questões migratórias tem de ser feito não no âmbito da repressão. Nós temos de ver: por que esses migrantes vão para a Europa? Porque eles foram colonizados por países europeus, é por isso que eles vão, eles têm uma proximidade cultural. A mesma coisa é o que acontece conosco: por que os haitianos vão? Também tem uma proximidade geográfica. Então, você não resolve a questão das migrações, pura e simplesmente fazendo barreiras. As barreiras produzem catástrofes. Eu acho que a ONU – só um pouquinho – a ONU precisa tratar a questão da migração no mundo como uma questão séria, como um problema sério. E, aí, o Brasil está disposto a participar de uma ação concertada entre todos os países, no sentido de tratar essa questão de uma forma humana, de uma forma que seja, de fato, não preconceituosa e que não estigmatize pessoas.
Agora, essa não é uma questão que um país sozinho resolve. Essa é uma questão que eu acho fundamental. A reforma da ONU é justamente por isso, porque essa é uma questão que tem de ser resolvida num fórum de cooperação internacional.
Jornalista: Como a senhora recebeu a votação do Senado sobre o reajuste do mínimo, a senhora vai vetar?
Presidenta: Do reajuste de quê?
Jornalista: Das aposentadorias. Como é que vai ser daqui para frente?
Presidenta: Olha, eu não discuto veto assim, vou te explicar o porquê, senão fica meio esquisito. Eu não discuto veto, porque o veto tem implicações. Eu tenho de olhar toda a lei, eu tenho de ver do que se trata. Muitas vezes, inclusive, nós fizemos o seguinte, vou lembrar do Código Florestal: muitas vezes nós vetamos. Mas nós vetamos e botamos uma proposta na mesa. Vou dar outro exemplo: fator previdenciário. Vetamos e botamos uma proposta na mesa. Então, eu ainda não avaliei completamente isso e não vou poder, agora, te dar uma resposta.
Jornalista: Presidente, hoje foram divulgados novos índices negativos, em relação à economia brasileira: o FMI reduziu a sua expectativa, que era de menos 1% para menos 1,5%. E o desemprego chegou a 8,1% por cento, o maior índice em três anos. Nós já chegamos ao pior momento da crise, ao chamado “fundo do poço”? E quanto essas notícias negativas, ou cada vez piores, vão parar de surgir?
Presidenta: Olha, eu acho que o mundo está passando por um processo bastante complicado. Todas as estatísticas do FMI estão reduzindo para baixo, todas, em qualquer lugar do mundo. Vários países passam por crises muito graves. O Brasil, eu acredito, tem uma característica específica: nós, de fato, estamos passando por um momento extremamente duro. A preocupação do governo com essa questão é tanta, que nós lançamos há pouco o Programa de Proteção ao Emprego. Eu acredito que o Programa de Proteção ao Emprego, ele é bastante interessante pelo seguinte: sempre se construiu mecanismos de proteção ao desemprego. O que nós estamos fazendo – e, óbvio, não inventamos a roda, nós olhamos as melhores experiências internacionais. Consideramos que a melhor experiência internacional nessa matéria era alemã. E, por isso, construímos o Programa de Proteção ao Emprego, tentando garantir a presença das condições de recuperação. Por que nós fazemos isso? Porque a gente acha, que o Brasil tem, estruturalmente, fundamentos para se recuperar rápido. Não é só uma questão de eu achar ou não. Nós apostamos nisso, não porque temos uma visão rósea da situação, não temos não.
Nós achamos que o Brasil tem fundamentos sólidos, por quê? Nós sabemos que o que empurra a inflação é conjuntural, não é estrutural. A inflação está sendo empurrada pelo reajuste de preços relativos. Ninguém, no mundo, faz ou sofre uma desvalorização cambial como nós sofremos, sem efeitos inflacionários. Agora, ela não tem, não se espera que essa desvalorização cambial continue sistematicamente. Ela vai diminuir de intensidade. Você vai ter oscilações, mas é isso que o mundo espera. Além disso, o Brasil tem uma forte base de reservas, que nunca teve na vida. No passado, as crises pegavam o Brasil naquilo que o Simonsen, o ministro Simonsen dizia, que “a inflação aleija e o câmbio mata”. Eu acho que nós não vamos ser nem aleijados pela inflação, nem mortos pelo câmbio. Pelo contrário, eu acho que o Brasil vai recuperar as condições de competitividade que ele tem e isso já está expresso no aumento das exportações, que não é tanto devido, como alguns querem, por redução de importações. Não, eu acho que, inclusive, um trabalho que nós fazemos aqui nas bilaterais é ampliar a capacidade do Brasil exportar. Hoje por exemplo, nós definimos uma série de relações de alto nível, por exemplo, com a Índia, no sentido de aumentar e ampliar, tanto o nosso comércio, como os nossos investimentos. E também propusemos, entre nós, um fórum de CEOs.
Então, eu espero, e estamos fazendo e trabalhando diuturnamente para isso, que nós sairemos rápido dessa crise. Temos uma grande preocupação, porque, de fato, o que se vê é que acabou o superciclo das commodities. Isso, nós temos de ter certeza que acabou o superciclo das commodities. Então, a partir de agora, vai ter de, todos os países da América Latina, vão ter de fazer um grande esforço, no sentido de diversificar as suas atividades econômicas. E nós temos uma vantagem também. Nós temos uma economia diversificada. Ela não é uma economia só baseada em um produto, ou dois, ou três. Então, eu tenho a expectativa de que nós vamos ter uma recuperação rápida dessa situação adversa por que passamos.
Agora, não é consolo, mas ela é uma situação generalizada no mundo. A China tem, hoje, a menor taxa de crescimento dos últimos 25 anos. Você tem problemas em vários lugares do mundo. E a Europa não tem conseguido sair da crise. A boa notícia é que a recuperação americana, apesar de não ser aquilo que se esperava, ela continua firme. Então, espero que também essa situação internacional ajude, de forma importante, a todos os países do mundo, a ter uma saída maior da crise.
Jornalista: Presidente, a senhora acredita que essa situação econômica brasileira é resultado só de influência externa ou, como comandante, líder do país há mais de quatro anos, a senhora faz algum tipo de mea culpa? Houve algum erro na condução econômica do país?
Presidenta: Olha, é uma visão um tanto, eu diria, religiosa, essa do mea culpa. A questão não é essa, a questão é a seguinte: o Brasil está enfrentando um momento extremamente adverso, em termos de situação internacional, nós não estamos com o vento a favor. Ao mesmo tempo, nós enfrentamos a maior seca dos últimos tempos.
Você pegue todos os dados macroeconômicos e vai ver que houve uma aceleração imensa da perda de força em vários indicadores, vários indicadores. Em que período? Você tem de junho, de junho/julho de 2014 até agora. Um acentuado declínio entre outubro, novembro e dezembro, foi o acentuado declínio. Isso vale para qualquer índice que você for olhar, tanto os internos quanto os externos, tem uma combinação. Ninguém passa por uma seca da proporção que nós passamos, e que é engraçado, nós subestimamos, não é?
Outro dia o governador Alckmin me disse que na região de São Paulo, em 1953 houve a pior seca, e que 2014, segundo semestre de 2014, teve 50% menos que a pior seca, o nível de hidrologia. O Brasil é um pouco menos que isso. O Brasil teve uma hidrologia bastante ruim, mas eu acho que é algo em torno de 30, 35, 40%. Isso provocou duas coisas: um imenso, um imenso aumento no custo da energia e preço dos alimentos.
Outra coisa que aconteceu é o seguinte: nós fizemos de tudo para que as consequências da crise de 2008 não atingissem fortemente o Brasil. O que nós fizemos? Nós absorvemos todas as possibilidades, dentro do Orçamento da União. Então, nós fizemos: subsídio ao crédito para a indústria, generalizado, taxa de 2,5% no Programa de Sustentação do Investimento. Nós desoneramos, como se nunca se desonerou no Brasil impostos, para tentar fazer duas coisas: para tentar impedir que a política de ajuste dos Estados Unidos e da Europa, que foi feita em cima de salário dos trabalhadores e da renda impactasse a produtividade brasileira, no que se refere à competitividade, então, desoneramos imposto. Quando nós fazemos isso, nós perdemos receita e formos perdendo receita, e mantendo toda a política de incentivo, para diminuir o impacto da crise. Foi isso que nós fizemos.
Bom, tem alguns que criticam isso fortemente. Falam que nós exageramos, que não podíamos ter feito assim. Agora, esse “se” tem de discutir uma questão: se é assim, vamos perguntar quando é que essa crise teria nos atingido. Muito tempo antes.
Então, o que eu estou dizendo é o seguinte: agora nós não temos condição para continuar fazendo a mesma política anticíclica. O que nós fizemos? Vamos fazer um ajuste para reequilibrar o fiscal. Esse ajuste, dele fazem parte algumas medidas que são estruturais, que não é ajuste fiscal só, são estruturais, tinham de ser feitas em quaisquer circunstâncias, mas são boas por quê? O que que elas fazem? Elas diminuem os desequilíbrios em alguns segmentos.
Além disso, o que mais fizemos? Nós reduzimos desonerações de imposto. Nós não acabamos com elas, nós reduzimos. Então, algumas que estavam em 25 bilhões, nós estamos tentando passar para 10 bilhões. Outra coisa que nós fizemos: nós ampliamos os juros, nós aumentamos os juros. Não, eu não estou falando da Selic, eu estou falando dos juros, por exemplo, para o Plano Safra. O Plano Safra tinha juros baixíssimos. Nós demos uma calibrada nos juros. Eles, inclusive, continuam subsidiados, o problema é que o subsídio é menor, o problema, não, a vantagem é que o subsídio é menor. E assim sucessivamente, com várias coisas, mesmo com o financiamento de longo prazo. Nós recalibramos completamente. Por quê? Porque a crise dura mais do que nós, e nós não temos condições de manter o mesmo nível de incentivo.
A indústria não pode queixar: nós fizemos um programa de incentivo amplo para a indústria. Agora, nós reduzimos um pouco, porque o Brasil não segura, o Orçamento não segura. A queda na arrecadação não ocorreu só na União. Olhe os governadores, e vai ver que eles tiveram brutais quedas de arrecadação.
Gente, eu agradeço, porque eu tenho, agora, vou repetir: ela chama Organização de Cooperação de Xangai. É OCX. E a outra é: União Europeia Asiática. Por que eu estou falando isso, para finalizar? Porque eu acho que nós temos de intensificar relações comerciais com regiões do mundo com as quais nós não comercializamos na proporção que podemos. Então, são esses tipos de contato que vai permitir que a gente, depois, envie nossos ministros da Agricultura, de Ciência e Tecnologia, de Indústria e Comércio, para abrir, cada vez mais, os mercados.
Muito obrigada.
Nilton Aranda
11/07/2015 - 12h28
Respect! Excellent ….
Vinícius Machado Tumelero
11/07/2015 - 02h58
Vai se fuder falam de dois nomes da.lava jato e esquecem do PT bando de ladrões……
Acabaram com o país e ainda.tem coragem de comentar com orgulho esse governo!
Néya Pedroso
10/07/2015 - 23h47
Muito bom, esclarecedor.
Cora Silva
10/07/2015 - 23h04
Dilma 13
Nelson Roberto
10/07/2015 - 23h01
Essa oposição além de não ter obras e projetos, se aliou com o que de mais ruim de vira-latas no Brasil, uma Mídia (PIG) que não respeita nem seus leitores, uma Direita Fascista e Reacionária; única coisa em comum as três: “O Entreguismo”.
Vera Lucia C. Soares
10/07/2015 - 22h28
Boa entrevista. Fica o vexame da imprensa.
Querem é detonar tudo.
João Carlos Pontes
10/07/2015 - 19h55
Tenho o pressentimento que esse governo tá colocando o Brasil numa grande roubada. Não estão levando o país e o povo a sério. Acredito até que não seja de má fé e sim de falta de conhecimento e competência para tal.
Irani Campacci
10/07/2015 - 16h48
Orgulho de nossa presidenta.
Alan Wruck
10/07/2015 - 15h16
Uma pena nao termos jornalistas no mesmo nivel de lucidez que a presidente.
Roberto Locatelli
10/07/2015 - 11h23
Vou comentar sobre um erro muito comum que nós, ocidentais, cometemos e que foi cometido no discurso de Dilma: hindu é todo(a) aquele(a) que professa a religião Hinduísta; quem nasce na Índia é indiano. O Primeiro-Ministro da Índia não é hindu, mas sim sikh, isto é, ele é de religião e cultura Sikh. São os sikhs que usam turbante, os hindus não usam. Por baixo daquele turbante estão metros e metros de cabelo, já que os homens sikhs têm, por tradição, o hábito de jamais cortar os cabelos em toda a sua vida.
foo
10/07/2015 - 08h59
“Quero dizer que…”
“Olha…”
Os vícios de linguagem da Dilma refletem o descaso com que ela normalmente trata a comunicação do governo.
Lisbeth Salander
10/07/2015 - 08h13
Bom, so totalmente pro-PT, mas sinceramente, Dilma é muito prolixa. Discurso confuso… dificil pra quem nao esta informado sobre os BRICS entender do que se trata o discurso.
Parece estar bem cansada. Seja como for, assessoria de comunicacao serve pra cobrir essas questoes.
Os reporteres brasileiros realmente sao nojentos. A mulher na reuniao dos Brics, e o pessoal perguntando essas idiotices…
André Luiz Furtado
10/07/2015 - 10h37
Tentei publicar no blog e não consegui, então vai por aqui mesmo. Para mim, a parte mais importante é a que Dilma explica a relação entre a crise econômica global e as dificuldades econômicas brasileiras. Os blogueiros progressistas deveriam estar divulgando isso há bastante tempo ao invés de difundir, como se verdade indiscutível fosse, a existência de uma relação causal entre as dificuldades econômicas brasileiras e a política econômica do governo federal.
Essa está sendo uma falha grave de boa parte dos blogueiros progressistas. Grave porque tem consequências políticas bastante negativas: enfraquece profundamente a base de apoio popular ao governo que está sendo alvo de uma muito bem articulada estratégia golpista.
O cidadão comum que apoia o governo e se informa pelos blogs progressistas pensa 10 mil vezes antes de sair da sua zona de conforto para discutir com coxinhas e afins, pois pensará algo assim: “como eu vou passar pelo sério risco de ser ridicularizado ou até mesmo agredido por defender esse governo se até os blogueiros que o defendem dizem que a crise que vivemos é consequência da política econômica desse mesmo governo?”
Blogueiros progressistas, repensem o seu papel político e avaliem sua responsabilidade social.
É um erro dizer que a chuva de hoje foi causada pela dança da chuva de ontem, ainda que a chuva de hoje e a dança de ontem sejam dois fatos verdadeiros. A relação causal entre eles, que é o que importa, não foi demonstrada. E é um erro grave se tiver consequências políticas nefastas.
Tamosai
10/07/2015 - 01h54
Gostei do tom coloquial como se estivesse realmente conversando com um de nós. Melhorou muito. Vamos que vamos. É daí para a frente.
Lucia Rossini
10/07/2015 - 04h43
Excelente aula, bastante clareza e convicta dos resultados positivos, em razão de todas as medidas que foram tomadas …ou seja , situação totalmente sob controle…muito bom !!!
Joao
10/07/2015 - 01h32
Eu fiquei bastante impressionado pela clareza da explicação da crise. Me pergunto como isso não pode ser posto na tv pra explicar a população o que tá acontecendo…. i
Valter Cezar Andrade Jr
10/07/2015 - 03h44
Dilma é SHOW!!!! Os coxinhas piram!!!!!
Hannah da Terra
10/07/2015 - 03h12
DILMAIS
Júlio Gomes de Barros
10/07/2015 - 02h39
Espetacular Dilma!
Antonio Celso Salmaso
10/07/2015 - 02h35
Quanta abobrinha! Vangloriou-se de ter aumentado os juros da agricultura, esta mulher sapiens eh louca.
Leinig Perazolli
10/07/2015 - 03h00
Melhor louco, do que sem caráter…
Antonio Celso Salmaso
10/07/2015 - 03h07
Este eh teu melhor argumento para defender o governo da Dilma? Esta meio defasado neh?
Leinig Perazolli
10/07/2015 - 03h29
Fome nunca é defasado, decência tb não, pelo menos na minha casa. Mal caratismo e gente que se rende aos mais fortes, tb não defasam.
Roberto Locatelli
10/07/2015 - 13h07
Acho que, para o agronegócio, tem que aumentar juros, sim. Eles ganham bilhões, e contribuem muito pouco com o Brasil. Aí vai o cidadão comum usar o cheque especial do Itaú (aquele da Marina) e paga mil vezes mais juros do que o fazendeiro que gasta R$ 5.000,00 num jantar com a família.
Além disso, eles usam venenos proibidos, destroem o meio ambiente. No mínimo, eles têm que pagar juros como qualquer um.
Para a agricultura familiar, os juros são menores. E têm que ser mesmo.
Juliano Santos
10/07/2015 - 02h34
Explicou de forma didática! =)
Nilce Miranda
10/07/2015 - 02h12
Muito interessante a parte em que a Presidenta fala sobre os refugiados.
Simone Santos
10/07/2015 - 02h10
#DilmaEstouComVocê
Gerson Lima
10/07/2015 - 01h55
Boa entrevista, coerente e segura nas argumentações . O que chamou a atenção foi a pergunta da Globo (14:30): no encontro dos BRICS de lançamento do NBD vem o Kovalic perguntar quando que vai haver um assunto positivo para noticiar!!! Vai ser medíocre assim lá no projac!
Nilton Aranda
11/07/2015 - 12h47
Bom mesmo seria se ela respondesse: Assunto positivo para noticiar existe, tenho certeza que vc como um bom jornalista sabe disso, mas esses assuntos com certeza não favorecem seu empregador!
Marta Agustoni
10/07/2015 - 01h50
Excelente. Tranquila, ciente e sabedora das ações e consequências.
Lulu Pereira
10/07/2015 - 01h35
bicho, a entrevista tem boas informações, mas os repórteres são muito devagar e fica tudo en pasant. ela tá lá vendendo o nosso peixe, mas os caras mal perguntam sobre o brics e, realmente, em termos políticos e de propostas em geral, há pouca coisa. fica na superfície, meio que enrolando pra passar o tempo. ela, sem dúvida é uma pessoa séria e comprometida tecnicamente, mas entrar na conversinha do alckmin, me poupe, regulação da mídia, reformas estruturais, são assuntos que passam batido e lá se vai mais uma chance de tocar nesses temas.
Ana Letycia Crespo
10/07/2015 - 01h27
Tô moquinha
Lucileni Weiss Stadler
10/07/2015 - 01h25
Ela deu uma aula. Simples assim. Explicou e justificou as ações que seu governo precisou tomar; nem todas palatáveis, mas necessárias em situação de crise econômica mundial. Um orgulho ter a Dilma como presidenta.
Victor Cassoli
10/07/2015 - 01h46
ela já explicou isso umas 50 x, mas nunca publicam!!!
Lucileni Weiss Stadler
10/07/2015 - 02h45
Eu senti ela bem mais segura, não sei se por ser a área que ela domina, Economia.
Carlos Eduardo Koch
10/07/2015 - 03h13
Crise Mundial???
Eliana Infanti
10/07/2015 - 04h05
#Dilma
Lucia Rossini
10/07/2015 - 01h18
Essa é a minha Presidenta…porque opto pelos pobres, indigno-me frente à exclusão social , não me conformo com a injustiça e considero aberração a desigualdade social…portanto, bora lá…” tamo” juntas até 2018 !!! boraaaaaaaaaaa…
Sergio Messias Dos Santos
10/07/2015 - 01h04
Beto Richa governador PSDB caiu hoje na lava jato, Anastácia ex-governador PSDB emitiu cheques do governo de MG para YOUSSEF, DIlma esta nessa sinuca por doação legal, vai entender?
Carmem Witt
10/07/2015 - 02h10
o moro vai tira=los ,jajá….#Morotucanalhadetoga
Roberto Otrebor
10/07/2015 - 00h52
Numa das partes do vídeo (5 minutos e pouco): Cooperação na área cultural entre os países dos BRICS, com destaque pra área do cinema e entretenimento (mas a questão é bater na ideologia dominante dos EUA no cinema, ela não comenta isso mas a função é essa). O problema do Brasil é que a Globo domina a produção de cinema do país, então vira uma indústria nula.
Roberto Otrebor
10/07/2015 - 01h06
Acabou o superclico das commodities, países da América Latina precisam diversificar economia (18 e pouco).
Roberto Machado
10/07/2015 - 00h50
Pqp. Que merda.
Valdir Soultrain
10/07/2015 - 00h52
https://www.youtube.com/watch?v=UvGBvs9JbpM#t=55
Aureliano Fuciletto
10/07/2015 - 01h00
Para de olhar o espelho que passa
Roberto Otrebor
10/07/2015 - 01h03
O coxa não assistiu o vídeo e chama de merda. Populacho medonho, rs.
Aureliano Fuciletto
10/07/2015 - 01h04
Desqualificado total
Roberto Otrebor
10/07/2015 - 01h04
E tem gente na esquerda que fica com raiva quando a gente usa esses termos com a fascistada, estão ainda no “paz e amor” dos cemitérios.
Leinig Perazolli
10/07/2015 - 02h09
Não vai ter copa, o lula sabia…. Kkkk os inocentes vão ver a merda quando o ódio virar vergonha. Como diria o Zé povo marcado e feliz que quer ser colônia.
Victor Cassoli
10/07/2015 - 00h50
Achei boa!! Só q quase nada disso é publicado!!!
Eduardo Martim
10/07/2015 - 00h49
E quem quer ver isso?????
Valdir Soultrain
10/07/2015 - 00h52
https://www.youtube.com/watch?v=UvGBvs9JbpM#t=55
Leinig Perazolli
10/07/2015 - 02h06
Aqueles que não se deixam manipular facilmente, sendo contra ou a favor, depois de ver e conhecer os dois lados, estes querem ver sim. Agora os inocentes úteis totalmente doutrinados…. Sacou né coxinha?
Simone Santos
10/07/2015 - 02h11
Eu, por quê? Se não quer, é só vazar daqui
Nóslen Salem
10/07/2015 - 00h47
https://www.youtube.com/watch?v=rurqMv2fq6w&feature=em-uploademail