Há pouco tempo, eu prometi aos leitores que publicaria, diariamente, uma ou duas notícias boas, tentando fazer um contraponto à pauta apocalíptica da mídia brasileira.
Não tenho cumprido a promessa, mas não é por falta de notícia.
É falta de tempo mesmo.
Segue uma excelente notícia, divulgada ontem.
O novo cabo submarino, ligando Brasil e Europa, ajudará a fortalecer as comunicações no Brasil, abrindo espaço para o aumento da banda larga em todo o país.
Trata-se de um cabo voltado especialmente para transmissão de dados, portanto beneficiará diretamente a internet brasileira.
No dia em que todo o Brasil possuir uma banda larga de qualidade, a preço acessível, a velha mídia será derrotada.
Segundo o ministro da Comunicação, Ricardo Berzoini, 98% da população brasileira terá acesso a banda larga até 2018.
Oxalá, ministro!
Oxalá!
Esperamos também que seja uma banda larga com velocidade decente, a preços populares.
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No Portal Brasil.
INFRAESTRUTURA
Novo cabo submarino irá conectar Brasil e Europa
Empresa brasileira responsável pela construção terá 35% de participação da Telebrás, 45% da espanhola Islalink e 20% de um terceiro acionista a ser definido; cabo vai ampliar capacidade de tráfego internacional
Publicado: 30/06/2015 00h00
Última modificação: 30/06/2015 18h48
Uma nova empresa brasileira vai viabilizar a construção de um cabo submarino que vai conectar a cidade de Fortaleza (CE) a Portugal. O documento que formaliza a criação da joint-venture que viabilizará a construção do cabo foi assinado nesta terça-feira (30) pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, pelo presidente da Telebrás, Jorge Bittar e por representantes da Islalink, em Brasília (DF).
A empresa terá 35% de participação da Telebras, 45% da espanhola IslaLink e 20% de um terceiro acionista nacional, ainda a ser definido. O empreendimento terá investimentos estimados de U$ 185 milhões. O cabo vai permitir a transmissão de 30 terabits por segundo e o acesso aos Pontos de Troca de Tráfego (PTTs) nas cidades de Frankfurt, Amsterdã, Londres e Paris. Segundo a Telebrás, o cabo também poderá ser ancorado na Guiana Francesa, Cabo Verde, nas Ilhas Canárias e em Madeira.
O acesso aos PTTs vai fortalecer a oferta das comunicações disponível no Brasil, principalmente em áreas onde há demanda de latência como saúde, computação em nuvem e mercado financeiro.
Graças à implantação da tecnologia, também será possível ampliar a troca de informações entre o bloco europeu e a América do Sul. O canal de comunicação vai beneficiar, por exemplo, o intercâmbio entre 1,4 mil instituições de pesquisa científica e educação da América do Sul – mais da metade delas no Brasil – e 3 mil na Europa. Entre outras áreas com grande demanda de banda estão a astrofísica, a cosmologia e a astronomia óptica.
O cabo submarino deve levar 18 meses para ser construído e a expectativa é que seus 5,9 mil km estejam prontos no início de 2018.