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Manchetômetro confirma golpismo midiático

O Manchetômetro é um instrumento excepcional para denunciarmos o golpismo midiático. Por isso mesmo, é de grande valia que os leitores comentem o texto, cobrando explicações mais detalhadas sobre os gráficos apresentados. Não tenham vergonha de suas dúvidas. Perguntem. O professor João Feres, autor do Manchetômetro, é um querido amigo do Cafezinho, e nos ajudará […]

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O Manchetômetro é um instrumento excepcional para denunciarmos o golpismo midiático.

Por isso mesmo, é de grande valia que os leitores comentem o texto, cobrando explicações mais detalhadas sobre os gráficos apresentados.

Não tenham vergonha de suas dúvidas. Perguntem. O professor João Feres, autor do Manchetômetro, é um querido amigo do Cafezinho, e nos ajudará a esclarecer qualquer coisa.

A matéria abaixo traz observações sobre algumas novidades do Manchetômetro; entre elas, um hotsite feito especialmente para monitorar o golpismo anti-governo do jornal O Globo.

***

Manchetômetro disseca o viés jornalístico de O Globo

O Manchetômetro acaba de publicar o hotsite do jornal O Globo (http://www.manchetometro.com.br/cobertura-2015-o-globo/) com análises que inovam em relação àquelas feitas anteriormente pelo site. A principal delas é o cálculo do Índice de Viés, calculado da seguinte maneira:

I.V. = (favoráveis-contrárias)/neutras

O Índice captura não somente a diferença entre favoráveis e contrárias, mas pondera esse valor em relação ao número de neutras. O viés medido é em relação à situação e, portanto, aglutina as valências atribuídas às matérias sobre Dilma, Governo Federal e PT. Quando calculamos o Índice de Viés para as matérias das capas, editoriais e colunas de opinião, obtemos um resultado peculiar, como mostra o gráfico abaixo:

manc

Quem acompanha as análises do Manchetômetro sobre a cobertura de O Globo, não deve ter se surpreendido com as três curvas na parte negativa do gráfico. O que chama atenção é a diferença entre elas. A capas são consistentemente agendadas com notícias negativas relativas a Dilma, governo e PT, mas editoriais e artigos de opinião são ainda mais enviesados.

É preciso atentar para as diferentes funções comunicativas, ou retóricas, de cada uma dessas seções. As capas são um sumário de tudo que vai no jornal, concentram as matérias e chamadas que os editores consideram mais importantes e, ao serem colocadas lá, têm seu poder comunicativo multiplicado. Na capa há uma combinação de chamadas para reportagens, que supostamente seriam mais descritivas, para artigos de opinião e mesmo para editoriais. Ou seja, seu conteúdo é de caráter misto.

Os editoriais transmitem a posição do jornal, da editoria, do dono. Em O Globo eles são fortemente enviesados contra a situação. Na semana que começou em 29 de março o I.V. atingiu um pico de -10, o que é praticamente o dobro do pico atingido pelo I.V. das capas. Não é segredo, contudo, que o jornal faz oposição ao governo.

O dado mais interessante é, sem sombra de dúvida, o I.V. dos artigos e colunas de opinião. Ele é quase sempre muito mais negativo do que o de capas e editoriais, atingindo no período o pico de -15 por duas vezes. Se o jornal fosse fiel a seu discurso de autojustificação e, de fato, praticasse a isenção e o equilíbrio na cobertura, ou seja, se ouvisse as várias partes, haveria matérias de opinião contrárias à situação, favoráveis e neutras. Mas o que temos é um viés fortíssimo em prol da oposição ao governo.

No hotsite há também outras três páginas com análises dos seguintes tópicos: “Cobertura da Presidência”, “Cobertura dos Partidos Políticos” e “Cobertura da Economia”. Os gráficos nessas páginas representam as valências dos textos (favoráveis, contrárias e neutras). Foram introduzidos gráficos que cobrem todo o período de trabalho do Manchetômetro, de janeiro de 2014 até o presente. Assim, podemos notar de que maneira a cobertura do Globo variou ao longo do tempo e dos eventos que marcaram nossa história recente. Chama atenção o gráfico de contrárias da presidente Dilma nas capas de O Globo: a despeito do zigzag da curva notamos um crescimento consistente da cobertura negativa

(http://www.manchetometro.com.br/cobertura-2015-o-globo/glb-15-cob-da-presidencia/).

Salvo melhor juízo, a cobertura de O Globo parece servir bem às forças políticas que fazem oposição ao governo.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Fabio Hideki

23/06/2015 - 08h32

Que tal os blogs progressistas lançarem uma campanha de financiamento coletivo para um documentário sobre o PIG ?

marco

22/06/2015 - 21h35

Caro senhor.Tenho para mim,desde muito,que quando a DIREITA faz muito alarde,suas possibilidades de GOLPES DE ESTADO,ficam sobremaneira escassas.Golpes de estado,sempre que o fazem,são invariavelmente,na calada da noite,e em quase total silêncio.Quando eles gritam,são impotentes e sentem medos!Não devemos portanto,nos assustar com tanto grito!

Henrique Dasilva

22/06/2015 - 18h27

Há algum tempo, o que eles(PiG) escreviam e falavam, era a ultima palavra. Hoje temos os blogs, que nos oferecem uma alternativa, como O Cafezinho, DCM, Conversa Afiada, Luís Nassif e outros!

Hasche

22/06/2015 - 12h20

Em qualquer jornal, é de se esperar que a presidência seja sempre a vidraça-mor.
E presidência só tem uma, portanto o Manchetômetro não possui nenhum parâmetro comparativo.
Entretanto, já que a equipe do Machetômetro aceita sugestões, eu sugeriria a criação do “Mentirômetro”.
Quantas mentiras (e suas graduações) são noticiadas pela grande mídia para os diferentes partidos, governantes e parlamentares?
Para quem diz que a Carta Capital é “a Veja do PT”, eu pergunto: quantas mentiras, invenções, exageros ou meias-verdades a Carta Capital já fez sobre o DEM ou PSDB?

    Miguel do Rosário

    22/06/2015 - 13h15

    Tem sim. Hà comparações com o presidente FHC.


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