Parece que o mundo já encheu o saco do pessimismo golpista da mídia brasileira.
A Copa do Mundo a desmascarou: ela joga contra o país. Pintou que a Copa seria um caos, e foi uma das melhores copas de todos os tempos.
Os barões da mídia só ficam felizes quando perdemos.
O êxtase dos êxtases foi a derrota de 7 X 1 para Alemanha.
Não houve uma grama de generosidade e compaixão pela tristeza nacional, e falamos de um jogo de futebol! A mídia fez de tudo para espezinhar o país e faturar com nossa derrota.
Só que o mundo precisa do Brasil.
Não interessa a nenhum país, nem aos EUA, nem à China, nem à Europa, que o país sofra um debacle econômico.
E todos sabem que somos uma democracia, e que, portanto, as políticas públicas domésticas são negociadas em meio ao tumulto e às controvérsias características de um regime político livre e democrático!
Tudo é mais difícil e mais lento numa democracia.
Em que países conspirações abertas contra o governo prosperariam livremente dentro do próprio Estado? Esse é apenas um dos vícios inerentes ao próprio sistema democrático. Existe liberdade e autonomia nos aparelhos de repressão, no judiciário e no Ministério Público: a mesma autonomia que lhes permite investigar com liberdade, lhes dá brecha para conspirar contra o governo.
A luta contra isso tem de se dar na política, e é por isso que cobramos políticas públicas de fomento à pluralidade na mídia, para que essa luta seja menos desigual.
O mundo sabe o que fizemos aqui nos últimos anos: 1) superamos a fome e a miséria em tempo recorde. 2) Descobrimos o pré-sal; 3) Triplicamos o número de jovens em universidades; 4) Iniciamos grandes obras de infraestrutura (que nunca tinham sido feitas).
Por isso o mundo resolveu ajudar o Brasil.
A China já nos ofereceu mais de R$ 200 bilhões para obras de infraestrutura, incluindo um trem bioceânico que irá integrar a América Latina e abrir, para o Brasil, o mercado asiático.
E agora o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, fez um elogio firme aos governos do PT: “nenhum outro país conseguiu”, disse ele, promover uma ascensão social de 30 milhões de pessoas “de forma tão rápida”.
Moreno alerta ainda que é um erro apostar contra o Brasil.
“O Brasil tem um potencial enorme. Um investidor com visão de longo prazo sabe que há ciclos econômicos, que há momentos bons e ruins. E o que importa é o que significa o Brasil como país: uma economia muito potente, com enormes possibilidades, que continuará progredindo”.
Pois é, Moreno, a gente sabe disso.
O negócio é que há setores poderosos no Brasil que, historicamente, faturam com nosso atraso. Não querem obras de infra-estrutura, querem apenas bancos.
Tanto é assim que ninguém liga para a destruição de empresas de engenharia e construção civil.
Mas ai daquele que tentar tocar num banco ou numa dessas máfias midiáticas!
FHC deu quase 100 bilhões para os bancos, no Proer, para salvá-los.
Já as empresas brasileiras que empregam milhares de pessoas e constróem hidrelétricas, plataformas, pontes e estradas, a mídia e seus tentáculos no Estado não se importam em destruí-las.
***
‘Não apostaria contra o Brasil’, diz presidente do BID
Por Márcia Bizzotto
De Bruxelas para a BBC Brasil
11 junho 2015
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) diz acreditar que a economia brasileira começará a se recuperar já em 2016, como resultado dos ajustes fiscais e do plano de infraestrutura anunciados recentemente pelo governo.
“Aplaudo o ajuste. O que o Brasil está fazendo é correto e me parece que veremos no próximo ano o início de uma recuperação. Tenho fé que, a partir do ano que vem, os efeitos desse ajuste comecem a ser visíveis e resultem em melhoras na economia brasileira”, afirmou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, em entrevista à BBC Brasil. Ele não estimou, no entanto, quanto o PIB brasileiro vá crescer no ano que vem.
Segundo a assessoria de imprensa do banco, diferentemente de outros órgãos, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, o BID não faz estimativas internas sobre o crescimento dos países, recorrendo, em contrapartida, aos dados fornecidos pelos bancos centrais.
A previsão de Moreno vai em linha com a do mercado brasileiro que calcula que o PIB vá crescer 1% no ano que vem, de acordo com o último boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC (Banco Central).
Ajustes
Segundo Moreno, a iniciativa do governo brasileiro “gera, e espero que gerará cada vez mais, credibilidade nos mercados, coisa que já está ocorrendo”.
O BID pretende contribuir para a recuperação com o lançamento de títulos em reais para financiar projetos de infraestrutura contemplados na segunda fase do chamado Programa de Investimento em Logística (PIL), atendendo ao pedido do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O pacote, anunciado na terça-feira, lista uma série de projetos a serem licitados, totalizando, segundo o governo brasileiro, R$ 198,4 bilhões em investimentos.
“Temos um enorme interesse (nessa iniciativa). Só precisamos avançar em um conjunto de autorizações das autoridades brasileiras para que possamos fazer esse tipo de emissão. Já obtivemos algumas dessas autorizações e estamos trabalhando no planejamento”, explicou.
A entidade poderá financiar projetos em distintas áreas, incluindo saneamento, portos e aeroportos, segundo Moreno.
‘Competitividade’
O presidente do BID defende que “todo esse investimento em infraestrutura vai servir ao Brasil para ganhar competitividade e gerar crescimento econômico ao mesmo tempo”.
“É um investimento inteligente”, assegurou. “É uma maneira de se preparar para essa época de mudanças e conflitos que vive a região latino-americana. Viemos de quase quatro anos com o crescimento em queda. Parece que o Brasil está fazendo o que deve para retomar esse crescimento”.
Questionado se o Brasil voltará a ser visto como o “gigante latino-americano” algum dia, Moreno afirmou que o país “é muito importante”.
“Eu não apostaria contra o Brasil. O Brasil tem um potencial enorme. Um investidor com visão de longo prazo sabe que há ciclos econômicos, que há momentos bons e ruins. E o que importa é o que significa o Brasil como país: uma economia muito potente, com enormes possibilidades, que continuará progredindo”.
Exemplo disso, disse ele, foi a ascensão social de cerca de 30 milhões de pessoas em cerca de uma década.
“Nenhum outro país conseguiu fazer isso de uma forma tão rápida”, observou.