Com mais essa mega-operação da Polícia Federal (já perdi a conta de quantas foram deflagradas, apenas este ano), o governo Dilma bate – de longe! – um recorde histórico.
É o governo que mais tem combatido a verdadeira e grossa corrupção no país: a lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Como se sabe, o Brasil é o país com maior evasão de divisas no mundo.
***
PF prende quadrilha suspeita de desviar R$ 3 bilhões em lavagem de dinheiro
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Marcos Chagas
11/06/2015 10h01, São Paulo
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11) operação para conter a ação de uma quadrilha internacional suspeita de desviar, ao longo de três anos, em torno de R$ 3 bilhões em evasão de divisas e lavagem de dinheiro em vários países, incluindo o Reino Unido, a Venezuela, os Estados Unidos, o Brasil e Japão. Batizada de Operação Porto Victoria, foram cumpridos 11 mandados de prisão, dois mandados de condução coercitiva e 30 mandados de busca e apreensão em seis cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e em Curitiba (PR). Pelo menos 130 agentes participam da operação.
Polícia Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Segundo a PF, os envolvidos fraudavam importações e superfaturavam os produtos brasileirosMarcelo Camargo/Agência Brasil
A ação foi desencadeada no início da manhã, na capital paulista e nos municípios de Araras, Indaiatuba e Santa Bárbara do Oeste, além de Curitiba (PR) e na cidade de Resende, no Rio.
Os crimes foram descobertos a partir de investigação iniciada no ano passado, quando a Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega (ICE) solicitou que fossem apurados fatos envolvendo um brasileiro na organização criminosa. A PF identificou, entre outros esquemas, que a quadrilha tinha se especializado na retirada ilegal de divisas da Venezuela por meio de importações fictícias.
Essas importações eram feitas por empresas brasileiras criadas especialmente para a movimentação financeira e, por meio delas, os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5.000%, informou a PF. Com isso, as pessoas envolvidas justificavam a remessa dos valores da Venezuela para o Brasil. Na sequência, simulavam empréstimos e importações para mandar os recursos para Hong Kong e de lá o dinheiro era distribuído para contas em várias partes do mundo.
As operações fraudulentas contaram com o apoio de operadores do sistema financeiro e de corretoras de valores Arquivo/Agência Brasil
Ainda por meio de falsas importações por empresas brasileiras, a quadrilha enviava dólares ao exterior. A Polícia Federal explicou que, para isso, contavam com a conivência de operadores do sistema financeiro e corretoras de valores. A PF informou ainda que entre os crimes está o esquema conhecido como “dólar cabo”, executado no Brasil e no exterior, à margem do sistema oficial de remessa de divisas.
Os acusados irão responder pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e organização criminosa.