Além dos investimentos do fundo chinês, o governo brasileiro, através principalmente do BNDES, investirá mais R$ 200 bilhões em projetos de infraestrutura.
O anúncio foi feito hoje pela presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
No evento, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, fez uma apresentação dos projetos. A íntegra da apresentação segue ao final do post. Eu separei alguns gráficos que achei mais interessantes.
Em primeiro lugar, o gráfico da ferrovia bioceânica.
A Globo já começou a tentar sabotar o projeto, de maneira que já está claro que o governo, se quiser levá-lo adiante terá que desenvolver uma estratégia de comunicação original. A Globo é aliada dos EUA, que nunca se interessaram em investir em infraestrutura no Brasil.
Recentemente, o senador José Serra, cujas reuniões com executivos da Chevron, nas quais prometeu acabar com o regime de partilha do petróleo, vazaram pelo Wikileaks, admitiu que jogou sujo para adiar, por tempo indeterminado, o projeto do trem-bala. A Globo também se posicionou, muito agressivamente, contra o trem-bala.
É incrível. Qualquer projeto que ponha em perigo a posição subalterna do Brasil, e que possa nos alçar a um patamar de país desenvolvido, é violentamente atacado pela Globo. E isso desde a fundação do jornal. Não é a tôa que uma das mais importantes enciclopédias dos Estados Unidos tenha se referido à Globo, em verbete sobre a mídia brasileira, como um jornal subsidiado pelos EUA.
Agora, que temos a chance de integrar a América Latina através da ferrovia bioceânica, e de quebra expandir e desenvolver uma indústria ferroviária no país (abrindo caminho para construirmos metrôs, vlts e trens balas em todo país), a nossa mídia colonizada vai fazer de tudo para sabotar o projeto.
Outros dois gráficos que gostaria de destacar ilustram bem a evolução sócio-econômica observada nos últimos anos, e que a mídia, em sua histeria de oposição, tenta apagar da nossa história.
O crescimento anual médio, nos últimos anos, do número de passageiros em vôos, foi de 7,2%. Em 15 anos, cresceu 154%!
A taxa de investimento também se manteve bastante alta nos últimos quatro anos, graças a enorme quantidade de projetos de infraestrutura realizados ou em andamento. Hidrelétricas, refinarias, estradas, portos, ferrovias, transposições, linhas de transmissão de energia, etc, tudo isso fez com que a média de investimento, em proporção do PIB, ficasse em 20,3%, em linha com economias democráticas com PIB parecido ao nosso, como França, Espanha, Alemanha, México.
Nada parecido com a China, cuja taxa de investimento, de 2010 a 2014, ficou em 46%. A China tem know how, recursos e vontade política de investir, e o fato de vir ao Brasil, com investimentos anunciados de quase R$ 200 bilhões, é um movimento geopolítico que corresponderá a um salto extraordinário na infraestrutura nacional.
Quer dizer, isso se conseguirmos vencer as conspirações midiáticas e seus tentáculos dentro do Estado. Não é preciso ser nenhum grande analista para prever que haverá sangrenta luta política para não deixar que esses projetos aconteçam. Só que eles vão acontecer, porque a força da história e os grandes interesses geopolíticos e econômicos, estão acima, felizmente, das picuinhas partidárias da nossa imprensa.