O correspondente da Telesur no Brasil, Nacho Lemos, entrevistou alguns brasileiros sobre o escândalo de corrupção envolvendo dirigentes da CBF e o homem bomba J. Hawilla, sócio da Globo em várias empresas no Brasil.
Como já foi amplamente noticiado, Hawilla é um bandido confesso, preso pelo FBI nos Estados Unidos, onde ele também operava.
O caso tem gerado intenso debate sobre os direitos de transmissão do futebol brasileiro.
Os clubes brasileiros têm a chance de se libertar da relação assimétrica que mantém com a Globo, na qual estes se endividam cada vez mais enquanto a emissora ganha mais e mais dinheiro.
A matéria lembra que, na Argentina, o governo passou a deter, por lei, todos os direitos de transmissão dos jogos, e repassa os sinais para todos os canais.
Os argentinos podem ver todos os jogos pela internet, gratuitamente. Qualquer canal pode exibir os jogos que desejar.
Enquanto isso, no Brasil, às vezes jogos decisivos não são exibidos, quando isso não interessa à Globo; e os horários dos jogos são absurdamente agendados de acordo com os horários das novelas da emissora.
Além disso, agora se sabe que há um jogo sujo de corrupção por trás desses direitos de transmissão, que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal devem investigar, sem medo.
Este que vos escreve também falou à Telesur. Eu apareço no 1:26 minuto, no vídeo abaixo.
E a TV Brasil? Não vai fazer reportagens mais fortes sobre o escândalo da Fifa, estabelecendo as ligações entre a Globo e J. Hawilla, o homem bomba da Traffic, sócio dos Marinho em inúmeros empreendimentos televisivos?
Ou a TV Brasil também faz parte do cartel mafioso que caracteriza a mídia brasileira, cartel cuja regra número 1 é a proibição de falar em nosso Al Capone?