Eita que a Polícia Federal descobriu de vez o caminho das pedras!
A PF anunciou hoje duas operações:
1) a Desiderato, contra a máfia de jaleco em Minas, que investiga desvios na distribuição de próteses dentárias pelo sistema público de saúde.
2) e a Operação Iscariotes, contra corrupção fiscal de várias empresas, em Alagoas.
Apesar das campanhas da mídia, o governo Dilma passará à história como aquele que mais combateu a corrupção, cortando impiedosamente na própria carne, dando autonomia inclusive a setores politicamente hostis da Polícia Federal.
Como disse Aldir Blanc, “nunca se apurou tanto”.
Dilma deverá registrar ainda outra marca importante: seu governo será, em toda a história, o que mais combateu a sonegação, um crime que sangra os cofres públicos em mais de R$ 500 bilhões por ano.
Se restou alguma inteligência política ao PT, ele poderá capitalizar esses feitos.
Basta fazer uns videozinhos, uns infográficos…
Bem melhor do que ficar choramingando contra a mídia.
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PF combate fraudes contra o Fisco em Maceió
02/06/2015
Maceió/AL – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (02) a Operação Iscariotes, com o objetivo combater suposto esquema de fraude contra a Receita Federal do Brasil, cometido por empresas que deixavam de recolher os impostos devidos, mediante a apresentação de títulos públicos sem valor algum, causando prejuízo milionário aos cofres públicos.
Foram cumpridos 08 mandados de busca e apreensão em Maceió.
O inquérito teve início com a delação premiada apresentada por um dos participantes do esquema à Polícia Federal. Segundo o delator, um conhecido advogado oferecia títulos públicos a grandes empresas devedoras do Fisco, como forma de quitação do débito. Ocorre que aqueles títulos não possuíam liquidez alguma e não podem ser utilizados para saldar dívidas, mas os empresários eram seduzidos pelo baixo valor oferecido pelos títulos, considerando o tamanho das dívidas com a Receita Federal.
A Santa Casa de Misericórdia de Maceió seria apenas uma de várias empresas em Alagoas que deixou de repassar os valores retidos no contracheque de seus empregados, pagando a contribuição previdenciária devida com os “títulos podres” oferecidos pelo advogado. Ainda segundo o delator, a Santa Casa de Misericórdia teria assumido papel preponderante na fraude ao emprestar seu bom nome ao advogado que, a pretexto de ludibriar outros empresários interessados nos baixos valores pagos pelos títulos, a apresentava como um de seus clientes, induzindo os interessados a acreditar na seriedade do negócio.
Os títulos eram negociados por 55% do valor da dívida da empresa com o Fisco. De acordo com o delator, o restante dos valores eram rateados entre os participantes. Somente em relação à Santa casa de Misericórdia, os valores envolvidos superam os R$ 20 milhões.
A Polícia Federal visa encontrar provas da fraude nas empresas e nas residências dos investigados, cujo esquema, caso confirmado, poderá sujeitar seus participantes a penas de reclusão, além da perda dos bens adquiridos em razão dos crimes supostamente cometidos.